Página 1 de 2

MensagemEnviado: 22/5/2006 15:45
por The Mechanic
Há décadas que andamos a ser invadidos e "comidos" pelos espanhóis!
Seja através da aquisição de parte das nossas empresas, seja levando as nossas empresas à falência por fazerem melhor, seja inundando as nossas ruas com as suas lojas (Zara, Corte Inglês, e por aí fora), ficando com parte (grande, demasiado grande) da água dos nossos rios ou até levando os nossos futebolistas.

Agora tudo isso mudou!
Agora temos um novo Afonso Henriques!
Albertino de Figueiredo, presidente da AFINSA conseguiu enganar quase todos os espanhóis por quase todo o tempo e burlou-os em cerca de 1.005 milhões de euros!
Viva o Albertino, que nos devolveu o orgulho! Viva Portugal!
Façam-lhe uma estátua!
E quando um espanhol o chatear diga-lhe "Vai mas é comprar sêlos ó ... !"

MensagemEnviado: 12/5/2006 14:07
por rmachado
Nesta história toda só existe uma coisa que me agradou...

Nas investigações somos iguais aos espanhóis...

Lentas.. lentas...

;)

E mais se via que isto afinal era uma coisa para dar barraca...

Grandes valorizações em selos dos últimos 15 Anos??!?!?!?

MensagemEnviado: 12/5/2006 12:43
por Milestones
Eu faço colecção de selos Portugueses, tenho selos dos últimos 100 anos mas com algumas falhas significativas em alguns períodos. Acho que vai ser uma excelente oportunidade para completar décadas de 60 para a frente. :wink:

Tlz isto tdo acabe por ser uma boa oportunidade para quem conhece. :P

MensagemEnviado: 12/5/2006 12:35
por Rui12ld
A maioria dos selos que as empresas detêm são selos relativamente recentes (últimos 15 anos), pela minha experiência no mercado ninguem irá pegar naquilo. Se muitos dos selos (diria 95%) forem queimados talvez os restantes 5% tenham algum valor.

Como em qualquer mercado de arte/coleccionismo a tendência será para que o mais raro se valorize mais, pelo que os selos de há 20-30 anos podem não sofrer tanto.
Mesmo ai poderá acontecer que o mercado seja de tal maneira inundado que se assistam a desvalorizações significativas.

Abraço

MensagemEnviado: 12/5/2006 2:10
por OLDMAN
boxopen Escreveu:...Entretanto, no bananal ainda nem sequer "fechar o tasco" foram capazes...


:roll: Estas coisas não se fazem à pressa!... Devem estar a (pensar) discutir qual o Ministério ou a entidade que tem competência para intervir :lol:

MensagemEnviado: 12/5/2006 2:00
por boxopen
Ora eis como os espanhóis os têm no sítio: :twisted:
"Las asociaciones de consumidores asesorarán gratis a los afectados por el presunto fraude de Afinsa y Forum Filatélico"
http://www.20minutos.es/noticia/118062/ ... ilatelico/

Entretanto, no bananal ainda nem sequer "fechar o tasco" foram capazes: :evil:
"Afinsa continua a funcionar com normalidade em Portugal apesar da «insolvência absoluta» decretada em Espanha"
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlP ... tId=275802

MensagemEnviado: 11/5/2006 18:06
por pedras11
Portugueses terão dificuldade em reaver dinheiro
Os cerca de 12 mil clientes da Afinsa em Portugal poderão ter dificuldade em reaver o seu investimento em selos se for declarada a insolvência da casa-mãe em Espanha, afirmaram à Lusa vários especialistas.
Jornal de Negócios com Lusa


Os cerca de 12 mil clientes da Afinsa em Portugal poderão ter dificuldade em reaver o seu investimento em selos se for declarada a insolvência da casa-mãe em Espanha, afirmaram à Lusa vários especialistas.

O facto do investimento em bens tangíveis (selos, obras de arte, antiguidades) não estar regulado e não ser alvo da supervisão de entidades como o Banco de Portugal ou a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deixa desprotegidos esses investidores.

A falta de regulação neste negócio, tanto em Portugal como em Espanha, implica também que as empresas que actuam neste ramo não sejam obrigadas a constituir fundos de garantia que cubram os investimentos efectuados em caso de insolvência, explicou à Lusa o presidente da Associação Portuguesa de Direito do Consumo, Mário Frota.

A directora da Afinsa em Portugal, em declarações à agência Lusa admitiu a inexistência desse fundo, que é obrigatório para qualquer instituição financeira e permite cobrir parte dos investimentos em caso de insolvência.

O jurista da DECO - Associação de Defesa do Consumidor, Pedro Moreira, aconselha os investidores portugueses a dirigirem-se à Afinsa no sentido de reaverem o seu dinheiro, caso o contrato já tenha terminado, ou a tentar negociar a antecipação do fim do contrato.

A directora da Afinsa em Portugal, Maria do Carmo Lencastre, afirmou à Lusa que a empresa tem capacidade para liquidar os contratos dentro dos prazos, desde que as autoridades o permitam, e acredita que não será declarada a insolvência.

No caso de ser decretada a insolvência da empresa, a filial portuguesa, enquanto agente comercial, será também declarada insolvente.

Segundo Pedro Moreira, a DECO teve acesso a contratos que provam que a Afinsa em Portugal funciona como "agente comercial", sendo os contratos estabelecidos com a Afinsa Espanha.

A Lusa teve também acesso a contratos que comprovam que os contratos são firmados com a Afinsa Espanha.

O advogado João Caiado Guerreiro, especialista em Direito de Negócios, afirma que tratando-se de um agente comercial, assim que for declarada a insolvência em Espanha a filial em Portugal será também considerada insolvente.

Nesse caso, restará aos investidores portugueses processar a empresa em Portugal e em Espanha e serem declarados credores.

Pedro Moreira afirmou à Lusa que os investidores portugueses assinaram com a Afinsa um contrato de depósito que lhes deverá dar direito de preferência sobre outros credores.

Assim, e ao serem considerados credores preferenciais terão direito a reaver judicialmente os seus investimentos antes de qualquer outra entidade.

"De qualquer forma, se não existir dinheiro para todos, temos um problema grave", sublinhou.

Mário Frota acredita também que os investidores "não tem segurança nenhuma e que uma eventual exigência de responsabilidade ao Governo vai cair em saco roto".

A Procuradoria Anti-Corrupção espanhola acusou hoje a Afinsa e cinco dos seus dirigentes de burla, falsificação documental, vários delitos contra a Fazenda Pública, insolvência punível e administração desleal.

A Procuradoria considera também que a Afinsa está numa situação de "absoluta insolvência", com um "défice patrimonial" de 1.105 milhões de euros.

João Caiado Guerreiro defende ainda que as autoridades portuguesas responsáveis pela defesa dos interesses públicos "deveriam estar mais atentas" a este tipo de investimento.

O Banco de Portugal e a CMVM num comunicado conjunto datado de 17 de Janeiro alertavam para a actividade de recolha de fundos desenvolvidas por uma série de entidades que se dedicavam ao "investimento em bens tangíveis".

Recordavam que essas actividades escapam ao seu âmbito de supervisão e destacavam, "entre outras consequências", o facto de "o dinheiro e os bens entregues às entidades em causa" não estarem "abrangidos pelos sistemas de indemnização que protegem os fundos e os valores mobiliários confiados às instituições de crédito".

Também explicavam que "as eventuais reclamações a apresentar pelos clientes dessas entidades devem ser promovidas junto dos sistemas gerais de protecção dos consumidores ou dos tribunais".

Foi esse comunicado que deu origem à investigação em curso desde 2005 em Portugal, a cargo do Ministério Público e que, até ao momento, não apurou elementos que permitam relacionar os factos ao caso ocorrido em Espanha, confirmou hoje fonte da Procuradoria-Geral da República à agência Lusa.

MensagemEnviado: 11/5/2006 15:35
por MarcoAntonio
Penso que o artigo tem um «typo» e onde se lê «fornecer» deverá ler-se «fornecedor» (assim o texto fará sentido).

MensagemEnviado: 11/5/2006 15:33
por MarcoAntonio
The Mechanic Escreveu:Pelo que li , quem quiser reaver neste momento o dinheiro investido só o poderá fazer sob duas formas :

1 - a Afinsa diz que está a devolver em Dinheiro , os pedidos de resgate respeitantes aos contractos vencidos . Quem tivesse contractos de ,por ex. 8 anos , só ao fim de 3 poderá mexer nos depositos , em termos monetários . Quem tivesses contracto que vencessem por esta altura , poderia reaver o dinheiro .

2 - Em Selos . A qualquer altura , as pessoas poderão reaver os valores , que serviam pra comprar selos , na forma daquilo em que investiram ( selos ) .


Isto é , deve haver gente sem destino assustada e a querer reaver o seu dinheiro , mas só alguns poderão fazê-lo . Outros poderão ir buscar os seus selos . Outros esperarão a ver o que acontece e que mal advirá para a empresa .

Lembro que o Governo Espanhol , desde 2003 , se " descartou " em termos de Seguros face a este tipo de investimentos , pelo que , quem não puder reaver o seu atraves da Afinsa , não o poderá reaver de todo .

Corrijam-me se estiver errado .

Um abraço ,

The Mechanic


Quem optar por reaver os selos (que penso que ficavam à guarda destas empresas) recuperará na melhor das hipóteses uns 8% do valor investido neles. Mas tenderá a ser menos se os investidores nestes selos os tentarem colocar no mercado de seguida...

Pata-Hari no Comunicado da Acusação Escreveu:...
Refere que a empresa comprava selos ao fornecer por 08 por cento do valor real que constava nos seus catálogos e que posteriormente os vendia aos seus clientes com uma margem de 1.150 por cento de lucro.
...

re

MensagemEnviado: 11/5/2006 15:08
por Infoo
pronto.... parece que a situação descarrilou totalmente... temos uma "semi-Enron" à espanhola...

pareceia séria, enorme no ramo a nível mundial, sem nódoa ou mácula, numa de "tudo bem e bonito" até que..... o esquema rebenta devido a investigações judiciais e.. é o que se está a ver

bem podem dizer que "onde estavam as entidades reguladoras?", quando estava fora do esquema normal de uma entidade sob a "tutela" da cnvm e cmvm... notem que mesmo nos States uma Enron, com o "controlo" a que estaria sujeita conseguiu fintar as entidades reguladores durante muitos anos.

MensagemEnviado: 11/5/2006 13:47
por César
The Mechanic Escreveu:ps - Ó César , não é nada contra ti , mas foste o que apareceu em ultimo ...


The Mechanic estás perdoado! :mrgreen: :wink:

MensagemEnviado: 11/5/2006 11:38
por JAOR
pedras11 Escreveu:
Buraco chega aos 1,4 mil milhões de euros
Fórum Filatélico já não tem recursos para fazer face aos compromissos com os clientes
O Fórum Filatélico reconheceu ontem que a empresa tem um buraco de 1,4 mil milhões de euros, revela o jornal «Expansión» na edição de hoje, citando um porta-voz da empresa de selos envolvida na investigação das autoridades espanholas, por suspeita de burla.
Susana Domingos
sdomingos@mediafin.pt


O Fórum Filatélico reconheceu ontem que a empresa tem um buraco de 1,4 mil milhões de euros, revela o jornal «Expansión» na edição de hoje, citando um porta-voz da empresa de selos envolvida na investigação das autoridades espanholas, por suspeita de burla.

A empresa revelou ao jornal que, com a intervenção judicial se quebrou a cadeia de captação de novos investidores, pelo que já não tem recursos suficientes para fazer face ao compromisso de recompra de selos aos clientes a um preço pré-definido.

O desfasamento de 1,4 mil milhões de euros resulta da diferença entre os compromissos de recompra de selos aos clientes (num montante global que ronda os 5.250 milhões de euros) e os contratos de venda já confirmados pela entrada de novos clientes (de 2.804 milhões de euros), no período compreendido entre 2006 e 2010.

Fontes judiciais revelaram ao jornal espanhol que hoje serão deduzidas as acusações que pendem sobre a Afinsa. O "Expansión" revela ainda que as contas da Afinsa e do Fórum Filatélico só foram congeladas ontem à tarde, um dia e meio depois da intervenção judicial nas duas empresas


:shock: :shock: :shock: :shock:

ou talvez não seja de admirar...porreiro, afinal a deles não é muito diferente da nossa...

Cmpts

MensagemEnviado: 11/5/2006 11:34
por pedras11
Buraco chega aos 1,4 mil milhões de euros
Fórum Filatélico já não tem recursos para fazer face aos compromissos com os clientes
O Fórum Filatélico reconheceu ontem que a empresa tem um buraco de 1,4 mil milhões de euros, revela o jornal «Expansión» na edição de hoje, citando um porta-voz da empresa de selos envolvida na investigação das autoridades espanholas, por suspeita de burla.
Susana Domingos
sdomingos@mediafin.pt


O Fórum Filatélico reconheceu ontem que a empresa tem um buraco de 1,4 mil milhões de euros, revela o jornal «Expansión» na edição de hoje, citando um porta-voz da empresa de selos envolvida na investigação das autoridades espanholas, por suspeita de burla.

A empresa revelou ao jornal que, com a intervenção judicial se quebrou a cadeia de captação de novos investidores, pelo que já não tem recursos suficientes para fazer face ao compromisso de recompra de selos aos clientes a um preço pré-definido.

O desfasamento de 1,4 mil milhões de euros resulta da diferença entre os compromissos de recompra de selos aos clientes (num montante global que ronda os 5.250 milhões de euros) e os contratos de venda já confirmados pela entrada de novos clientes (de 2.804 milhões de euros), no período compreendido entre 2006 e 2010.

Fontes judiciais revelaram ao jornal espanhol que hoje serão deduzidas as acusações que pendem sobre a Afinsa. O "Expansión" revela ainda que as contas da Afinsa e do Fórum Filatélico só foram congeladas ontem à tarde, um dia e meio depois da intervenção judicial nas duas empresas

MensagemEnviado: 11/5/2006 11:29
por The Mechanic
" ...aí, o Incognitus é tão bom ..." , " ...o Incognitus é tão lindo ... " , "... tão fofo e tão redondinho ... "

Se o admiras assim tanto por que não o convidas pra jantar ?!


Eu tambem acho o Incognitus um gajo inteligente e que percebe muito do mundo financeiro , mas não lhe ando a mandar beijinhos...

O Incognitus já é grande e não precisa de moços de recados . É uma pessoa que se falarmos bem com ele ,até é muito racional . Desta vez esticou-se aqui no Caldeirão e foi apagado , banido ou sêi lá .

E DEPOIS ?!

Eu tambem já fui e aguentei-me à bronca . Não andei aí dum lado pro outro a gritar que o " Ulisses é mau ... " e o " ...MarcoAntonio não quer brincar comigo... " e a " ...Pata nem me conhece ... " !

Eu até nem me interessava esta coisa dos selos . Mas interessei-me pelo assunto em sí , devido à sua dimensão e ao impacto que tem e vái ter na nossa sociedade .

E até queria discuti-lo um pouco mais da forma como se faz aqui habitualmente no Caldeirão . Com uma saudável troca de opiniões .

Mas aparece sempre alguem , NOVAMENTE , com o assunto do " eu não disse " e o " Incognitus merece uma medalha "e mái não sêi quê !!!
Depois , a Administração vê-se obrigada a meter o cadeado e um gajo perde a oportunidade de continuar com a são discussão sobre o assunto em sí , que é o que interessa !!!

A mim interessa-me lá saber se foi o Ulisses ou o Incognitus ou o Zétó do MM que fez " a denuncia " , ou " avisou " ou " é o mais bonito " .
Vão ganhar alguma Condecoração por isso ?!
O Jorge Sampaio até já se foi embora , que era o gajo das medalhas ...

DEixem-se lá de discussões que já chateia , até a um paz d`alma como eu ...


Um abraço ,

The Mechanic

ps - Ó César , não é nada contra ti , mas foste o que apareceu em ultimo ...

MensagemEnviado: 11/5/2006 11:16
por pedras11
Investigação em Espanha
Afinsa e Fórum Filatélico criaram sociedades fantasma e traficaram selos falsos
A Afinsa e o Fóum Filatélico, as duas empresas de investimentos em selos envolvidas numa alegada burla a cerca de 350 mil clientes só no país vizinho, criaram uma rede de sociedades fantasma no estrangeiro e comercializavam selos falsos, revela a edição de hoje do «El País».
Susana Domingos
sdomingos@mediafin.pt


A Afinsa e o Fóum Filatélico, as duas empresas de investimentos em selos envolvidas numa alegada burla a cerca de 350 mil clientes só no país vizinho, criaram uma rede de sociedades fantasma no estrangeiro e comercializavam selos falsos, revela a edição de hoje do «El País».

Segundo o jornal espanhol, a investigação iniciada em 1998 e reactivada por uma denúncia interposta por um particular em Julho de 2005 no Tribunal de Justiça de Madrid, revelou que ambas as empresas tinham desenvolvido sofisticadas estratégias ilegais.

A Afinsa e o Fórum Filatélico criaram uma rede de sociedades fantasma e sobrevalorizaram selos que vendiam aos clientes, que chegavam a ser transaccionados 900% acima do seu valor de mercado, adianta a mesma publicação.

O buraco financeiro, estimado em 3,5 mil milhões de euros (2,4 mil milhões do Fórum e 1,1 mil milhões da Afinsa) só podia ser sustentado com a afluência de novos investimentos que permitiam pagar as rentabilidades vencidas.

Em Espanha, os investigadores do processo enviaram à Casa da Moeda do país selos resgatados das instalações das duas empresas para determinar se são ou não falsos.

Primeiras investigações sobre Afinsa e Fórum Filatélico

As investigações tiveram início em Espanha porque as compras que se realizavam no estrangeiro não coincidiam com as vendas efectuadas em Espanha. O desfasamento levou os investigadores até aos intermediários que sobre-estimavam os preços nas duas sociedades filatélicas que controlam o mercado, revelaram fontes ao "El País".

O jornal explica que esta ligação não foi fácil de estabelecer, uma vez que grande parte dos intermediários das duas empresas se encontram no estrangeiro, em particular nos EUA, Alemanha e Reino Unido.

A Afinsa e a Fórum Filatélico começaram a levantar suspeita porque não declaravam todas as compras e vendas dos seus clientes com valores superiores a 3.000 euros, como exige a lei espanhola.

No caso do Fórum Filatélico, existiam diferentes práticas, uma das quais correspondia em pagar um preço que não correspondia ao dos selos adquiridos. Questionados os responsáveis da empresa revelaram que tinham destruído uma parte dos selos adquiridos, uma explicação que nunca convenceu a Administração Tributária espanhola, adianta o "El País".

MensagemEnviado: 11/5/2006 11:03
por César
Esta história denuncia a pedra angular do esquema em que assenta o modelo de negócia da Afinsa e do Fórum Filatélico. Como explicou ao Jornal de Negócios, o administrador do "Think Finance" um "site" português que vem a alertar para este esquema de investimento em selos há largos meses, "o problema não está nos selos, mas sim em garantir-se uma rendibilidade substancialmente acima daquela que se consegue obter no mercado sem risco". "A questão central destes esquemas é que já acumularam dívidas para com os clientes muito superiores à sua situação líquida. Porém, tal não seria um problema, se essas dívidas estivessem no balanço dessas entidades. Mas não estão, pelo que se conclui que a soma dos activos e a situação líquida não permite fazer-lhes face", acrescentou.

"As empresas pagam ao cliente a mais-valia prometida e nestes esquemas não há quem se queixe. Até tudo implodir", adiantou o mesmo especialista.


Uma vez mais e independentemente de o Incognitus não ser administrador do Caldeirao devemos dar os parabéns por se ter dedicado de forma tão séria ao assunto!
Ainda vais aparecer na televisão! :mrgreen:

MensagemEnviado: 11/5/2006 10:56
por pedras11
Investidores ignoraram os sinais de burla nos selos
Num artigo recente da conceituada revista financeira norte-americana “Barrons”, um jornalista conta a história de como se dirigiu a Vicente Martin Peña, executivo de topo da Afinsa Bienes Tangibles, para que analisasse fotocópias de dois conjuntos de selos e lhe dissesse quanto poderiam valer.
Agostinho Leite
agleite@mediafin.pt

Carla Pedro
cpedro@mediafin.pt


Num artigo recente da conceituada revista financeira norte-americana "Barrons", um jornalista conta a história de como se dirigiu a Vicente Martin Peña, executivo de topo da Afinsa Bienes Tangibles, para que analisasse fotocópias de dois conjuntos de selos e lhe dissesse quanto poderiam valer.

Um tinha sido emitido na Bulgária, em 1980, e o outro em Ingermanland, um enclave finlandês na Rússia, em 1920. "São demasiado recentes para que possam ser considerados um investimento", disse Peña, salientando que "nunca" os compraria.

"Existem muitas pessoas a vender coisas no mercado filatélico que não têm quaisquer escrúpulos e que se aproveitam dos compradores que não percebem muito do assunto", acrescentou Peña ao jornalista da "Barrons", para depois perguntar: "A quem é que os comprou?" "Foi a si", respondeu-lhe o jornalista, mostrando dois contratos da Afinsa para as referidas séries. Os contratos indicavam que cada conjunto tinha sido vendido por 600 euros na altura e estavam assinados por... Vicente Martin Peña.

Esta história denuncia a pedra angular do esquema em que assenta o modelo de negócia da Afinsa e do Fórum Filatélico. Como explicou ao Jornal de Negócios, o administrador do "Think Finance" – um "site" português que vem a alertar para este esquema de investimento em selos há largos meses –, "o problema não está nos selos, mas sim em garantir-se uma rendibilidade substancialmente acima daquela que se consegue obter no mercado sem risco". "A questão central destes esquemas é que já acumularam dívidas para com os clientes muito superiores à sua situação líquida. Porém, tal não seria um problema, se essas dívidas estivessem no balanço dessas entidades. Mas não estão, pelo que se conclui que a soma dos activos e a situação líquida não permite fazer-lhes face", acrescentou.

"As empresas pagam ao cliente a mais-valia prometida e nestes esquemas não há quem se queixe. Até tudo implodir", adiantou o mesmo especialista. De acordo com o "Financial Times", num artigo em Setembro último, esse buraco já existia e, portanto, era uma questão de tempo até as empresas envolvidas na alegada burla ruírem. Em Janeiro deste ano, o presidente da Associação Internacional dos Peritos em Filatelia, José M. Sempere, alertou para "o falso investimento filatélico", acusando "inúmeras falsidades" da "propaganda comercial das empresas de investimento em bens tangíveis, concretamente de filatelia".

Qualquer investidor mais atento tinha argumentos fortes para pensar duas vezes antes de se meter neste esquema. Bastava comparar a disparidade gritante entre os preços dos selos no catálogo da Fórum Filatélico e o seu real valor de mercado, afixado em "sites" ou catálogos da especialidade (ver ilustração em baixo). A totalidade das séries valorizada pela Fórum Filatélico – de 1956 a 1992, ininterruptamente, sob o tema Europa – era de 87.371 euros no início deste ano, quando a mesma colecção era passível de ser comprada em estado novo, em vários locais, por cerca de 7.900 euros (11 vezes menos). Quando a esmola é grande...

MensagemEnviado: 11/5/2006 10:52
por Anacart
Basicamente é isso mas dentro da "lógica" do negócio não será "reaver o dinheiro" mas sim revender os selos à AFINSA. O reaver o dinheiro faria destas empresas instituições financeiras com as consequências que se conhecem!

MensagemEnviado: 11/5/2006 10:21
por The Mechanic
Pelo que li , quem quiser reaver neste momento o dinheiro investido só o poderá fazer sob duas formas :

1 - a Afinsa diz que está a devolver em Dinheiro , os pedidos de resgate respeitantes aos contractos vencidos . Quem tivesse contractos de ,por ex. 8 anos , só ao fim de 3 poderá mexer nos depositos , em termos monetários . Quem tivesses contracto que vencessem por esta altura , poderia reaver o dinheiro .

2 - Em Selos . A qualquer altura , as pessoas poderão reaver os valores , que serviam pra comprar selos , na forma daquilo em que investiram ( selos ) .


Isto é , deve haver gente sem destino assustada e a querer reaver o seu dinheiro , mas só alguns poderão fazê-lo . Outros poderão ir buscar os seus selos . Outros esperarão a ver o que acontece e que mal advirá para a empresa .

Lembro que o Governo Espanhol , desde 2003 , se " descartou " em termos de Seguros face a este tipo de investimentos , pelo que , quem não puder reaver o seu atraves da Afinsa , não o poderá reaver de todo .

Corrijam-me se estiver errado .

Um abraço ,

The Mechanic

MensagemEnviado: 11/5/2006 9:08
por pedras11
Em Espanha havia meia aldeia investida...




Escândalo no Negócio de Filatelia > 2006-05-11 06:30

“Febre do selo” atraiu aldeias inteiras em Espanha

B. Carreño/Expansión


Colmenar de Oreja tem cerca de oito mil habitantes, quase metade com dinheiro investido nos selos. Cerca de 900 famílias afectadas.

Cerca de 50 quilómetros a sul de Madrid, Colmenar de Oreja tem uma ‘Plaza Mayor’ sngular, com uma igreja do século XIII e uma das sucursais da Afinsa mais bem sucedidas de Espanha. A aldeia – que no início do século XX era a terceira maior da Comunidade Madrid – conta com oito mil habitantes recenseados, dos quais quase metade tinha poupanças familiares investidas nos selos da empresa.

(Para obter mais informação, consulte a edição em papel do Diário Económico)

MensagemEnviado: 11/5/2006 9:06
por pedras11
Portugal > 2006-05-11 06:30

Caso dos selos afecta vinte mil

Sílvia de Oliveira


As duas empresas de bens tangíveis, a Afinsa e o Forum Filatélico, têm em Portugal cerca de 20 mil clientes, movimentando cerca de 200 milhões de euros, apurou o Diário Económico.

O dia de ontem foi marcado por uma forte afluência de investidores às duas empresas, que têm instalações em Lisboa e no Porto. A Afinsa Portugal veio a público afirmar que irá honrar os compromissos assumidos.
Este é apenas um dos cerca de 20 mil clientes que a Afinsa e o Fórum Filatélico têm em Portugal e que, ontem, acordaram com as notícias sobre o “escândalo” que rebentou, na véspera, em Espanha. Acusadas de vários crimes, entre os quais, fraude e branqueamento de capitais – em Portugal, as investigações ainda decorrem –, as duas empresas garantem que honrarão os seus compromissos, mas isso parece não ser suficiente para sossegar os seus clientes. No caso de insolvência da Afinsa ou do Fórum Filatélico, não existe para estes investidores, ao contrário dos que aplicam as suas poupanças em depósitos ou em acções, qualquer fundo que lhes garanta a recuperação do seu dinheiro.

(Para obter mais informação, consulte a edição em papel do Diário Económico)

MensagemEnviado: 11/5/2006 9:01
por The Mechanic
"Pirâmide" dos selos movimenta 100 milhões em Portugal
A “pirâmide” da Afinsa movimentava, entre todos os seus intermediários, abaixo dos 100 milhões de euros só em Portugal. A este valor há a somar a operação do Forum Filatélico, que mais que duplicou a facturação, noticia hoje o Jornal de Negócios.

--------------------------------------------------------------------------------

Susana Domingos
sdomingos@mediafin.pt


A "pirâmide" da Afinsa movimentava, entre todos os seus intermediários, abaixo dos 100 milhões de euros só em Portugal. A este valor há a somar a operação do Forum Filatélico, que mais que duplicou a facturação, noticia hoje o Jornal de Negócios.

O volume de negócios do Fórum Filatélico, uma das duas empresas envolvidas em Espanha numa investigação policial por suspeita de burla e crimes fiscais, ascendia em 2004 a cerca de 4,5 milhões de euros, o que representa um crescimento de 128,5% face ao ano anterior, apurou o Jornal de Negócios.

A Afinsa, a outra empresa também envolvida no escândalo, não dispõe dos dados exclusivamente para Portugal, mas os valores não deverão andar muito longe dos obtidos pela sua rival.a empresa tem 12 mil clientes e é preciso notar que este volume de negócios não representa o montante investido pelos portugueses nos selos, um valor que, explicou Maria do Carmo Lencastre, gerente da Afinsa em Portugal, é inferior a 100 milhões de euros no nosso país.




...ai , caramba ! - diria o meu amigo Bart .

É muita guita ! Se calhar , realmente , por este Forum passa muita gente que lá tinha investimentos ...
Era curioso saber os seus anseios agora ( sem que viesses depois logo um urso a dizer " taj a ver ?! " , é claro ).


Um abraço ,

The Mechanic

Viva o correio electrónico!!!

MensagemEnviado: 11/5/2006 1:31
por bolso vazio
Olá!
Tava-se mesmo a ver que este negócio não podia ser bom, o pessoal agora manda mails.
Lamber selos não da com nada...
:lol: :lol: :lol:
Cumps!

MensagemEnviado: 11/5/2006 0:41
por castelbranco
Ulisses Pereira Escreveu:Voltando ao cerne da questão. Seria interessante saber se alguém conhece um cliente da Afinsa, por exemplo, há 15 ou 20 anos atrás.

Porque fico com a nítida sensação que a empresa nasce de uma forma "limpa", com investimentos em filatelia, sem garantias de qualquer taxa. Provavelmente ,mais tarde, com o sucesso do negócio, acharam que podiam garantir uma taxa fixa e, a partir daí, foram começando a aperceber-se de que seria possível manter ali um ciclo apenas com a injecção de novo capital.

Seria muito interessante perceber-se qual o ponto de transição, ou seja, o momento em que a empresa começou a entrar num verdadeiro esquema de Ponzi.

Um abraço,
Ulisses


eu por acaso tenho um amigo que trabalha ou trabalhava para a afinsa (que por sinal fartou-se de me contactar para entrar com algum capital naquele negocio tendo sido a ultima vez em fevereiro passado tendo eu sempre recusado) mas trabalha lá há pouco tempo talvez á cerca de um ano, como tal não conheço nem nunca ouvi falar de alguem que tivesse tido qualquer experiencia nessa coisa.

abraços

MensagemEnviado: 10/5/2006 23:17
por Ulisses Pereira
Voltando ao cerne da questão. Seria interessante saber se alguém conhece um cliente da Afinsa, por exemplo, há 15 ou 20 anos atrás.

Porque fico com a nítida sensação que a empresa nasce de uma forma "limpa", com investimentos em filatelia, sem garantias de qualquer taxa. Provavelmente ,mais tarde, com o sucesso do negócio, acharam que podiam garantir uma taxa fixa e, a partir daí, foram começando a aperceber-se de que seria possível manter ali um ciclo apenas com a injecção de novo capital.

Seria muito interessante perceber-se qual o ponto de transição, ou seja, o momento em que a empresa começou a entrar num verdadeiro esquema de Ponzi.

Um abraço,
Ulisses