Caldeirão da Bolsa

Resposta do BCP ao Wall Street Journal

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Resposta do BCP ao Wall Street Journal

por josecarlosvalente » 4/5/2006 18:11

"O BCP diz que o artigo do «Wall Street Journal» (que acusa os administradores de encher os bolsos à custa dos accionistas) é uma interpretação especulativa acerca do sistema de compensações dos membros do conselho de administração do banco. Sobre o programa de «stock options», diz que os administradores «não têm por hábito realizar mais-valias à custa da alienação de acções do banco».

O «The Wall Street Journal», na coluna «Breakingviews» disse no final da semana passada que os administradores do Banco Comercial Português (BCP) [Cot] estão a «encher os bolsos» à custa dos accionistas. Segundo o mesmo órgão, cada administrador vai ganhar mais 6 milhões com a compra do BPI.

Em resposta, o banco liderado por Paulo Teixeira Pinto vem dizer que o artigo «elabora uma interpretação especulativa acerca do sistema de compensações dos membros do conselho de administração do banco».

A instituição bancária, num comunicado enviado à CMVM, descreve a actual política de remuneração, e acrescenta que um dos factores ponderados na decisão sobre a componente de remuneração individual é «a posição accionista detida e o investimento realizado no exercício em acções BCP».

Neste sentido, o banco diz que os administradores «não têm por hábito realizar mais-valias à custa da alienação de acções do banco».

A coluna de «breakingviews», publicada no jornal norte-americano, e com um título «Esquema de enriquecer dos banqueiros do BCP à custa dos accionistas», afirmava que o plano de remuneração variável do BCP implica que os nove administradores fiquem com até 10% dos lucros.

«A particularidade deste plano de remuneração é que a percentagem dos lucros que vai para os administradores não cai, mesmo se o BCP emitir mais acções» para realizar aquisições, algumas das quais «desastrosas», segundo o mesmo órgão.

Em resposta, o BCP vem dizer que a remuneração variável que se pode estimar para 2009 será, em qualquer cenário, inferior a 4% ou a 2,5%, dos resultados do exercício (nos cenários sem e com a compra do BPI).

A instituição, no mesmo documento de resposta ao «Wall Street Journal» vem também dizer que nunca foi «prática do BCP o estabelecimento de programas de "stock options", ou outra forma de pagamento em acções do banco, que permitam a qualquer administrador retirar vantagem da evolução da respectiva cotação, ou beneficiar do aproveitamento de picos de preços especialmente favoráveis».

Na terça-feira, o deputado Francisco Louçã solicitou que lhe fossem enviados dados sobre o número de acções que os administradores adquiriram no âmbito do programa de «stock options».

Este pedido foi realizado depois do deputado ter questionado o presidente da CMVM sobre o «crime perfeito de abuso de informação», que resulta da coincidência entre a data de execução do programa e o lançamento da OPA sobre o BPI."

in "Negócios"


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