Enviado: 7/11/2002 23:17
Atenção modulator, o Clube de Investidores de que aqui se fala é completamente diferente de um Clube de Business Algels!
Há várias outras diferenças, mas estas são as essenciais. Resulta que no primeiro caso se entrega a alguém dinheiro para gerir e obter retorno e no segundo se investe directamente, por decisão própria e após aprofundado processo negocial, num determinado negócio em cujo potencial de crescimento se acredita. No caso dos Business Angels, o investimento é normalmente feito a vários anos e o investidor não raramente tem uma postura "hands on", isto é, participa ou, pelo menos, aconselha nas decisões estratégicas do negócio.
Logicamente, os benefícios fiscais no segundo caso serão à partida mais extensos do que no primeiro. Aliás, o link que dás para a dgci apenas vem confirmar isso mesmo: Aplica-se aos investimentos feitos através de clubes de investidores a mesma política fiscal que aos investidores privados. Nada mais.
Não estou com isto a dizer que a figura dos Clubes de Investidores não esteja prevista no quadro jurídico português, estou apenas a afirmar que se estão a comparar duas coisas completamente diferentes e que, por se tratar de uma actividade do sector financeiro, existe certamente regulamentação muito apertada quanto ao assunto, como muito bem o Ulisses aponta. Mas eu não estudei a legislação aplicável...
Uma última nota, neste post já bem longo, sobre o Clube de Business Angels que é indicado: Trata-se de uma iniciativa do Prof. Francisco Banha, homem de há muito ligado à intermediação de investimentos em pequenas empresas com elevado potencial de crescimento. No entanto, ao que julgo saber, esta iniciativa em concreto nunca conseguiu verdadeiramente levantar voo e, em boa verdade, continua a não existir em Portugal um verdadeiro Clube de Business Angels operacional. O que é mau para o empreendedorismo... Em contrapartida, o Reino Unido está cheio deles. Porquê? Porque os incentivos fiscais para este tipo de investimento são verdadeiramente atractivos!
Um abraço
Pedro
- :arrow: Desde logo, porque os objectos dos investimentos são completamente díspares. Investimentos em bolsa no primeiro caso, investimentos em start-ups com elevado potencial de crescimento no segundo;
Em segundo lugar, porque o formato do Clube também é completamente diferente: No primeiro caso tratar-se-ia de antregar dinheiro a esse Clube para ele gerir e investir (e isto é uma actividade reservada ao sector financeiro e estritamente regulada, na defesa do interesse dos aforradores) e no segundo caso trata-se de uma mera actividade de detecção, análise e "matching" entre investidores e empreendedores
Há várias outras diferenças, mas estas são as essenciais. Resulta que no primeiro caso se entrega a alguém dinheiro para gerir e obter retorno e no segundo se investe directamente, por decisão própria e após aprofundado processo negocial, num determinado negócio em cujo potencial de crescimento se acredita. No caso dos Business Angels, o investimento é normalmente feito a vários anos e o investidor não raramente tem uma postura "hands on", isto é, participa ou, pelo menos, aconselha nas decisões estratégicas do negócio.
Logicamente, os benefícios fiscais no segundo caso serão à partida mais extensos do que no primeiro. Aliás, o link que dás para a dgci apenas vem confirmar isso mesmo: Aplica-se aos investimentos feitos através de clubes de investidores a mesma política fiscal que aos investidores privados. Nada mais.
Não estou com isto a dizer que a figura dos Clubes de Investidores não esteja prevista no quadro jurídico português, estou apenas a afirmar que se estão a comparar duas coisas completamente diferentes e que, por se tratar de uma actividade do sector financeiro, existe certamente regulamentação muito apertada quanto ao assunto, como muito bem o Ulisses aponta. Mas eu não estudei a legislação aplicável...
Uma última nota, neste post já bem longo, sobre o Clube de Business Angels que é indicado: Trata-se de uma iniciativa do Prof. Francisco Banha, homem de há muito ligado à intermediação de investimentos em pequenas empresas com elevado potencial de crescimento. No entanto, ao que julgo saber, esta iniciativa em concreto nunca conseguiu verdadeiramente levantar voo e, em boa verdade, continua a não existir em Portugal um verdadeiro Clube de Business Angels operacional. O que é mau para o empreendedorismo... Em contrapartida, o Reino Unido está cheio deles. Porquê? Porque os incentivos fiscais para este tipo de investimento são verdadeiramente atractivos!
Um abraço
Pedro