CALDEIRÃO DE BOLSA

Autostrade e Abertis estudam fusão
A concessionária de auto-estradas italiana Autostrade e a espanhola Abertis, que detém 10% da Brisa, estão a estudar a possibilidade de se fundirem, o que a concretizar-se criaria a maior concessionária da Europa em termos de valor de mercado, noticiou a Reuters.
Jornal de Negócios Online
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A concessionária de auto-estradas italiana Autostrade e a espanhola Abertis, que detém 10% da Brisa, estão a estudar a possibilidade de se fundirem, o que a concretizar-se criaria a maior concessionária da Europa em termos de valor de mercado, noticiou a Reuters.

A informação avançada pela agência Reuters, que cita fontes financeiras, afirma que o eventual negócio entre as duas concessionárias envolverá uma troca de acções, e que a Autostrade incorporará a Abertis

Uma das fontes contactada pela agência noticiosa afirma que as conversações deverão ter lugar durante o fim-de-semana, sendo de esperar uma comunicação ao mercado na próxima segunda-feira.

A Autostrade é controlada pela «holding» Schemavenototto, que é detida pela família italiana Benetton, através de uma participação superior a 50%. Segundo a mesma fonte, no caso do negócio se concretizar, a Schemavenototto passaria a deter a maior «fatia» do grupo resultante.

A concessionária de auto-estradas espanhola Abertis, que detém 10% do capital da Brisa, já é detentora de uma participação de 13,3% na Schemavenototto.

As acções da Abertis terminaram a sessão a ganhar 0,96%, para os 20,94 euros e os títulos da Autostrade ganharam 2% para os 22,98 euros.

OPA à Brisa custaria 9,60 euros por acção
UBS aumenta preço-alvo da Brisa de 8,50 para 9,30 euros
O banco de investimento suíço aumentou o preço-alvo da Brisa em 9% para os 9,30 euros, considerando que o balanço da concessionária pode acomodar mais dívida no valor de 2 mil milhões de euros. Uma OPA à Brisa, segundo os cálculos da UBS, iria custar 9,60 euros por acção.
Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt


O banco de investimento suíço aumentou o preço-alvo da Brisa em 9% para os 9,30 euros, considerando que o balanço da concessionária pode acomodar mais dívida no valor de 2 mil milhões de euros. Uma OPA à Brisa, segundo os cálculos da UBS, iria custar 9,60 euros por acção.

O analista Pedro Batista reviu em alta o «target» para a Brisa [Cot] de 8,50 para os 9,30 euros, depois de assumir novas previsões no modelo de avaliação da empresa.

A UBS está a assumir uma taxa de desconto de 6,5% e um crescimento do tráfego de ligeiros de 2%, assumindo igualmente uma alteração nos níveis de endividamento da empresa liderada por Vasco de Mello.

Segundo os cálculos da UBS, a concessionária de auto-estradas apresenta, no presente, um rácio da dívida sobre o EBITDA de 4,7 vezes, um múltiplo aquém das congéneres, cuja alavancagem coloca este rácio em 7 vezes.

Assumindo uma estrutura de endividamento para a Brisa idêntica à das empresa que ocorreram à privatização das auto-estradas em França, a UBS afirma que a Brisa, se for alvo de uma oferta pública de aquisição (OPA), seria comprada a 9,60 euros por acção.

Actualmente, a Brisa tem dívida contraída no valor de 1,87 mil milhões de euros, mas a casa de investimento diz que o balanço da empresa tem capacidade para acomodar mais 2 mil milhões de euros.

As acções da Brisa negociavam em queda de 0,73% para os 8,14 euros.

A empresa está a reagir negativamente à confirmação de que a Autoridade da Concorrência chumbou a operação de concentração entre a Brisa e a Auto-Estradas do Atlântico (AEA).