JA Escreveu:Seria bom para o papel, se fizessem o "split" para 1€.
Não concordo nada com isto!
Acho que foi uma das maiores asneiras que se fizeram na bolsa portuguesa foi precisamente a de fazerem stock splits de empreitada numa data de papéis cujas cotações não eram especialmente altas. Em resultado disso, houve várias acções que se tornaram penny-stocks - exemplos: Corticeira, Sonae e a inevitável PAD, havendo mais uma série de papéis que nos últimos anos cotaram abaixo dos 2 euros, como aconteceu com BCP, BPI e EDP, entre outros. E isto veio aumentar a liquidez da nossa praça? A resposta é clara: NÃO!
Em minha opinião, o benefício dum stock split é pura ilusão: à primeira vista, parece que o papel fica mais líquido por se transaccionarem mais acções, mas na prática o volume de negócios é o mesmo, porque cada acção vale muito menos. Com a agravante que o spread bid-ask fica aumenta imenso (para mais de 1% no caso das acções abaixo de 1 euro), o que desde logo torna os negócios nesses papéis menos interessantes. Veja-se o caso da PAD - se não tivesse havido stock split estaria agora a oscilar entre 1,40 e 1,45 em vez de andar nesta pasmaceira dos 28-29 que dura há meses... E no entanto conheço imensa gente que aposta nesse papel, pois o facto de estar a 28 cêntimos cria a ilusão de que está "barato".
Acho que os stock splits deveriam ser reservados aos papéis cujas cotações atingem valores de 50 euros, por exemplo, como aconteceu com a então Telecel, com a Brisa e com a PT.
Saudações,
Elias