Incognitus Escreveu:Notem ainda que é IRRELEVANTE se uma pessoa compriu ou não a lei e se fez ou não os descontinhos todos.
O que interessa aqui é se os descontinhos chegam ou não para pagar a própria reforma, no caso desta ser elevada. Ou acham que a diferença nasce nas árvores?
De acordo com a sua teoria implícita, a culpa é do aumento da esperança de vida! Pois é, os pensionistas que antes não viviam mais de meia dúzia de anos após a reforma, agora nunca mais "gastam as pilhas"...
Por iso, meu caro, a sua solução deverá ser a Segurança Social anunciar algo como: "Antes de se reformar faça bem as contas, porque se morrer antes de se acabar o dinheiro (dos seus descontos, claro!), não devolvemos; mas se tal não acontecer...nós tratamos o problema!"
Já antevejo muitos velhinhos a esconderem-se da fiscalização com medo de serem...eliminados!?.. ou como seria?...

"...Ou acham que a diferença nasce nas árvores"
E não serão só os de pensões elevadas, também os das pensões mínimas, que durante anos e anos, de acordo ou não com o patrão, não fizeram descontos

... os rurais... os beneficiários das pensões sociais...
Nesta sua teoria uma pandemia, tipo gripe das aves, será muito bem vinda! sempre ajuda a resolver uma parte do problema, tratando de um dos grupos mais vulneráveis, não é?
Mas mais! os descontos para a segurança social não servem só para pagar as pensões. Também os abonos de família, o subsídio de desemprego, o de nascimento, o de funeral,..., as creches públicas, lares de idosos,..., habitação social, equipamentos sociais para deficientes, crianças abandonadas...
E aqui cumpre-se, e bem, o papel do Estado Social, pois quem mais beneficia não é certamante quem mais desconta!
Mas será que o Estado é eficaz a rentabilizar os descontos arrecadados, nem funcionou o fundo de estabilização financeira? Porque é que até hoje nunca vingou a regra do plafonamento? Porque nunca se permitiu aos contribuintes optar entregar o valor dos seus descontos, acima de determinado montante, a uma seguradora, tipo contrato privado como o PPR por exemplo, ficando a Seg. Social responsável apenas pela pensão até um valor pré-determinado?
Sabe porquê? Estudos feitos concluiram que é apenas por uma razão: são os maiores contribuintes que ainda vão sustentando o sistema, porque o valor actual das suas contribuições é significativamente superior ao valor actual dos benefícios auferidos!
