Para ajudar o consumidor a fazer grandes poupanças, a DECO PROTESTE visitou 550 estabelecimentos e revela que, se optar pela loja certa, poderá poupar quase mil euros por ano. No campeonato dos preços mais baixos, as lojas de desconto são a opção mais barateira.
Na edição de Maio, a DECO PROTESTE publica o seu tradicional estudo de preços nos supermercados. No total, foram comparados mais de 63 mil preços, recolhidos em 111 localidades do Minho ao Algarve, sem esquecer as ilhas. Segundo aquela revista, “cerca de metade dos seus leitores afirmam que este tipo de estudo influencia, altera ou confirma a escolha do seu supermercado”. É, pois, fundamental saber quais os estabelecimentos que praticam os preços mais interessantes.
Dado que as pessoas compram vários tipos de produtos, a PRO TESTE formou dois cabazes:
* o cabaz 1 engloba 100 produtos, de características e marcas bem definidas, vendidas na maioria dos supermercados (por exemplo, um litro de leite meio gordo).
* o cabaz 2 , que abrange 81 produtos, destina-se a quem entra num supermercado, olha para a prateleira e escolhe o produto mais barato.
Preços mais baixos no Norte
Os supermercados foram classificados por tipo de consumo (se apenas compra produtos de mercearia ou drogaria, se costuma comprar fruta e legumes no supermercado, etc.) e por região. Para encher o total do cabaz 1, o Intermarché, de Guimarães, conquistou o título de campeão dos preços mais baixos, revela a revista dos consumidores. Na segunda posição, seguem-se o Minipreço, de Barcelos, o Continente, de Guimarães, e o Modelo, no Barreiro. Ainda no pódio, as lojas de desconto Minipreço, de Aveiro e Ílhavo, os Modelo, de Porto Alto e Setúbal, o Jumbo, de Vila Nova de Gaia, e o Continente, de Viana do Castelo, ocupam o terceiro lugar.
Quanto a preços baixos, estamos perante o domínio do Norte: dos 10 supermercados mais baratos, três são do distrito de Braga, dois de Aveiro, um do Porto e um de Viana do Castelo. Dos que sobram, dois são de Setúbal e um de Lisboa. “Se os melhores preços se instalam no Norte, os mais elevados preferem o Sul”, conclui a DECO PROTESTE. Dos 100 estabelecimentos que ocupam as últimas posições, só 8 se situam a norte de Aveiro. No pódio dos mais caros, encontram-se os supermercados Novo Mundo, super G (ambos em Lisboa) e o Sipel, em Albufeira (Faro).
Para as cidades ou localidades que não foram visitadas, a DECO PROTESTE determinou ainda quais as cadeias de estabelecimentos mais baratas. Os hipermercados Continente são a melhor opção para encher o cabaz 1.
O Minipreço subiu ao segundo posto, conseguindo uma recuperação notável. A cadeia Modelo arrecadou a terceira medalha. Já as cadeias Jumbo, Novo horizonte e Carpan caíram para a quarta posição.
Já no cabaz 2, a cadeia Plus manteve o primeiro lugar. Por sua vez, as lojas Lidl mantiveram-se claramente isoladas na segunda posição. O melhor hipermercado (Carrefour) volta a conquistar a terceira posição, demarcando-se do Continente e Jumbo.
Vale a pena espionar a concorrência
Braga continua a ser a região onde pode fazer as compras mais baratas. A região do Porto mantém o segundo posto e Lisboa caiu para o terceiro lugar, acompanhada por Setúbal. A viver dias de forte concorrência, seguem-se Aveiro, Viana do Castelo e Vila Real. Estas duas regiões parecem ter despertado para a concorrência, após vários anos classificadas com das mais caras. Entre as regiões mais caras, continuam a encontrar-se Guarda e Viseu, acompanhadas por Beja e Bragança.
As diferenças de preço numa mesma cidade são enormes. Faro, Lisboa e Setúbal são os distritos onde os preços variam mais. “O consumidor terá de escolher cuidadosamente o sítio onde vai fazer as suas compras. Porquê pagar mais quando pode obter o mesmo por muito menos dinheiro? Se optar pelo supermercado mais barato, poderá poupar quase mil euros por ano”, alerta a DECO PROTESTE. Eis um exemplo desta situação para um consumidor em Albufeira (Faro): supondo que gasta 250 euros por mês em compras e o supermercado onde costuma ir é um dos mais caros (Sipel, na Avenida 25 de Abril), se optar pelo mais barato (Continente, no Algarve Shopping), pode poupar mais de 76 euros todos os meses. Feitas as contas para o cabaz 1, ao fim do ano, poupará cerca de 912 euros.
Aquela revista de consumidores apresenta ainda outro caso, mas em Lisboa. Supondo que gasta 250 euros no A. C. Santos (na Avenida 5 de Outubro), se optar pelo Pingo Doce (na mesma avenida), irá poupar todos os meses mais de 53 euros, ou seja, quase 640 euros por ano. Como mostra este exemplo, para poupar centenas de euros, basta fazer mais alguns metros ou entrar na loja do outro lado da rua.
No final do artigo, a DECO PROTESTE salienta que este estudo permite reduzir seriamente a factura das compras de cada consumidor, valendo a pena procurar nas páginas centrais da sua edição de Maio a cadeia ou a morada do estabelecimento que, perto da sua casa, pratica os preços mais interessantes.
| PRO TESTE n.º 258 – Maio de 2005 – Páginas 27 a 38 |
21.04.2005