Re: Vítor Constâncio: o seu salário é demasiado elevado
ducklete Escreveu:O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, reconheceu ontem que o seu salário – cerca de 25 mil euros por mês – é demasiado elevado e defendeu mesmo uma redução dos vencimentos dos gestores públicos de topo. Reafirmou também a necessidade de contenção salarial.
Intervindo no âmbito das Semanas Sociais que a Igreja Católica está a promover em Braga, Vítor Constâncio confessou-se “incomodado” e decidiu reagir a uma provocação da presidente da Comissão Nacional de Justiça e Paz, Manuela Silva, que citou o caso do governador do Banco de Portugal ao alertar para “os altos níveis de remuneração de alguns gestores públicos que contrastam, fortemente, com a contenção salarial que em meios políticos e empresariais se defende como condição para se poder fazer face à competitividade externa e para suster o elevado défice das contas públicas”.
O salário mínimo, recorde-se, é de 385,9 euros, enquanto o Presidente da República aufere 7155 euros.
Na resposta, Vítor Constâncio reconheceu que Portugal é dos países europeus com piores indicadores ao nível da pobreza e concordou que os baixos salários são demasiado reduzidos e os salários elevados são demasiado altos, incluindo o seu próprio caso.
“Mas não foi minha decisão, nem resultado de qualquer negociação ou intervenção minha”, ressalvou Constâncio, para se afirmar “à vontade” para defender que os vencimentos excessivamente altos “devem ser reduzidos”. E aproveitou até para reafirmar a necessidade de contenção ao nível das remunerações, já que “a média salarial cresceu nos últimos anos em Portugal mais do que no resto dos países europeus e do que a produtividade do País”, o que tem acarretado problemas graves ao nível da competitividade, porque essa é uma das variantes fundamentais desde a Moeda Única. Apesar disso, mostrou-se confiante na viabilidade do modelo social europeu, em detrimento do modelo economicista americano.
'A MESA É PARA TODOS'
Jacques Delors defendeu ontem em Braga a criação de um Conselho de Segurança Económica, no âmbito Organização das Nações Unidas, que tenha por missão detectar e combater os mais importantes factores de desequilíbrio e as ameaças para o funcionamento harmonioso da economia mundial.
Para Delors, os países ricos não podem impedir o progresso e o desenvolvimento dos países pobres, sublinhando que “é preciso que nos apertemos à mesa para que toda a gente possa comer”. “Não podemos pregar ao domingo que é preciso ajudar os pobres e distribuir durante a semana panfletos contra o fim de leis proteccionistas e a concorrência dos países subdesenvolvidos”, afirmou.
Mário Fernandes (Braga)
Mentiroso!!!
Eu é que ganho pouco...
R. Martins