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RPT-Sócrates diz mantém golden share PT, separa redes-Expres

MensagemEnviado: 6/3/2006 8:27
por luiz22
RPT-Sócrates diz mantém golden share PT, separa redes-Expresso

06/03/2006 07:26

(Repete notícia publicada duarnte o fim de semana)

LISBOA, 4 Mar (Reuters) - O Governo vai manter a golden share do Estado na Portugal Telecom (PT) , "com ou sem" a Sonae na PT, e vai também separar as redes de cobre e cabo, independentemente do sucesso da OPA em curso, disse o primeiro-ministro José Sócrates, em entrevista ao Expresso.

"Com a gestão de Belmiro, ou sem ela, queremos mantê-la (golden share), claro. Só assim defenderemos bem o interesse dos portugueses. Na PT vamos manter a golden share", afirmou José Sócrates na mesma entrevista.

Salientou que, seja qual for o resultado da pressão da União Europeia para o Estado abdicar da golden share, "o Estado tem de ter uma participação nestas empresas que lhe permita proteger o interesse público".

Sobre a OPA, reiterou que "o Governo só se pronuncia no final" mas sublinhou que "aconteça o que acontecer, quer a OPA tenha sucesso ou não, uma coisa vai resultar: vamos ter mais concorrência nas telecomunicações".

O primeiro-ministro lembrou que o Estado não é um accionista como qualquer outro e a sua posição será aquela que considerar ser o interesse geral.

José Sócrates confirmou ainda que a Sonae sondou o Governo para saber qual seria a sua posição em caso de OPA.

"Vai haver uma separação entre a rede de cobre e a de cabo. Para que haja preços mais baixos, em particular no sector das comunicações, tendo em conta, por exemplo, o acesso à banda larga", afirmou.

Explicou que a banda larga "é hoje a nossa electricidade e nós precisamos de garantir preços alinhados com os mais baixos da Europa", o que exige mais concorrência.

A Sonae lançou, através da Sonaecom , uma Oferta Pública de Aquisição sobre a PT e a PT Multimedia prevendo a possibilidade do Estado manter direitos especiais na PT.

A Sonae pretende, caso a OPA tenha sucesso, alienar uma das redes fixas de cobre ou de cabo, para permitir o surgimento de um novo operador forte e aumentar a concorrência no sector das comunicações em Portugal, com destaque para a banda larga.


((---Elisabete Tavares, Lisboa Editorial 351 21 3509205, lisbon.newsroom@reuters.com; Reuters Messaging: elisabete.tavares.reuters.com@reuters.net))