... ou, contra-reaccionários ?!
devastador Escreveu:Marcelo afirma que é preocupante o número de horas que as crianças portuguesas passam frente à televisão (4 horas e meia por dia e sete horas ao sábado e ao domingo!!!!). A telenovela "Morangos com açúcar" é mais importante do que conversar com os pais e do que o ESTUDO!!! E infelizmente isto é o que se passa nos agregados familiares com um menor grau cultural e económico (grande maioria da população)!!!
Preocupante ? Então a TVI presta um serviço de indesmentível utilidade pública e ainda é criticada ? Vejam a coisa pelo lado positivo, são menos 4,5 horas por dia que as criancinhas andam na rua a fazer patifarias. Os pais agradecem a sociedade agradece ... Não têm tempo para falar com os pais ? E isso não é óptimo para a maioria dos pais ? Quem é que pôs as TVs lá em casa ?
Medina Carreira (SIC notícias na sexta-feira às 11 horas da noite) afirmou que:
No estrangeiro os reformados não recebem subsídio de férias pois estão sempre de férias.
Em 1980 2 em cada 10 pessoas eram reformados ou funcionários públicos e agora 4 em cada 10 pessoas são reformados ou funcionários públicos. Isto para mim só tem uma explicação: a clientela partidária (na altura do Salazar não era esta vergonha).
Afirmou ainda que é preciso tomar medidas, reformas importantes relativamente aos gastos por parte dos estado pois caso contrário daqui a 10 anos o déficit será de 12%!!!!
Mais um iluminado extremista que julga que as sociedades são imutáveis ! O que funcionava e era verdade há 200 anos tem que funcionar agora ! Então o produto da demografia; aumento da esperança de vida, diminuição da natalidade, é fruto do compradrio político ? Será que o aumento da % de reformados não tem a ver com o aumento do desemprego, da esperança de vida ? Que soluções se podem esperar de Medina Carreira ? A legalização da eutanásia ?
A degradação moral do pais é de tal ordem que já se olha com inveja para as reformas dos velhos, em conjunto, como se o mundo fosse acabar depois de amanhã e as reformas jamais fossem necessárias !
Não será que em Portugal os reformados recebem subsídio de férias, para compensar o facto de as reformas serem baixas ?
Estamos em presença de um exemplo clássico do "dividir para reinar", a populaça em vez de reivindicar os seus direitos guerreia-se entre si !
Esta questão da sustentabilidade dos sistemas de reforma é um logro monumental que nos impingem através dos média. As classes dirigentes (grndes capitalistas e os seus lacaios políticos) fazem-no com assinalável sucesso, pois até já há jovens irresponsáveis a aceitar plácidamente que não iram ter reforma ... isto apesar de todos os meses pagarem para ela ... Quanta mansidão, senão mesmo cobardia ! O máximo que conseguem revoltar-se é apontar o dedo ao malandro do velhinho vizinho que recebe uma pensão de sobrevivência sem nunca ter descontado !
- Porque o mito da inevitabilidade da insustentabilidade dos pagamentos de reforma é um logro :
O que os políticos não dizem é que hoje em dia a capitalização é virtualmente inexistente. Todo o dinheiro que entregamos por conta da nossa reforma é logo delapidado, não tendo tempo para se "multiplicar". Qualquer análise comparativa com PPRs permite constatar que qualquer pessoa (contribuinte liquido) obteria melhores reformas com menos descontos durante menos tempo, se todo o cap
ital fosse constantemente investido de forma a capitalizar. Para se resolver o problema da pensões, tem que se fazer a separação total entre reformas resultantes de contribuições e pensões sociais. As resultantes de contribuições têm que ser capitalizadas desde o início e as outras têm que provir do orçamento geral do estado.
- Porque convém aos políticos convencer as pessoas de que o pagamento de reformas a prazo é insustentável :
O mundo encaminha-se alegremente para uma mudança de paradigma, onde o trabalho será muito mais irrelevante ... pura e simplesmente não haverá trabalho para enormes fatias da polpulação. Isto vai levar a que grandes quantidades de pessoas não gerem recursos durante a sua "vida activa" e por outro lado a riqueza concentrar-se-á num número cada vez menor de empresários.
Os estados actuais estão formatados para uma sociedade do trabalho (em oposição a uma sociedade do lazer) em que o seu financiamento se faz através da imposição universal de impostos. Ora como os estados não são capazes de transferir eficazmente a carga fiscal dos cidadãos individuais para as grandes empresas e grandes fortunas (cujos lobies fazem por isso), têm a necessidade extrema de convencer a populaça de que as pensões são um luxo inadmissível a prazo ...
Ninguém repara a a riqueza, global, mundial aumenta sem parar ? Porque haveriam as pessoas, individualmente de ter menores reformas ?
Numa fábrica, se um robôt acupa o lugar de um trabalhador, porque não há-de esse robôt, descontar para a reforma de um humano ?
Será moralmente correcto que politico, ao mesmo tempo que se apropria de uma % significativa do salário de um trabalhador, para fins de reforma, venha insinuar que pode vir a não pagar reforma a esse trabalhador ? E será normal as pessoas aceitarem isto plácidamente ?!
Pensem, nisto é só o vosso futuro que está em jogo ...