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Tarifas electricas com dias contados

MensagemEnviado: 4/3/2006 16:04
por Açor3
novo diploma para o sector eléctrico, em vigor há um mês, prevê a possibilidade de deixar de haver um comercializador sujeito a regulação, nomeadamente em matéria tarifária, quando o mercado liberalizado estiver em pleno. Ainda que não aponte datas, o decreto abre assim a porta à implementação de um sistema semelhante ao que vigora nos combustíveis ou gás engarrafado, por exemplo, em que os operadores são livres de fixarem preços, em função dos custos das matérias-primas.

Em causa está a criação do comercializador de último recurso (CUR) - papel que deverá começar por ser desempenhado pela EDP -, obrigado a garantir o fornecimento eléctrico "aos consumidores, nomeadamente aos mais frágeis". O CUR, sujeito à regulação da Entidade Reguladora do Sector Energético (ERSE), só actuará, contudo, "enquanto o mercado liberalizado não estiver a funcionar com plena eficácia e eficiência".

Ou seja quando se entender que a liberalização está a funcionar em pleno, o CUR pode acabar, restando aos consumidores fazer contratos com as empresas que actuam no regime livre - e que fixam preços segundo as regras de mercado. Para já, apenas os consumidores empresariais e os serviços são livres de optar por um fornecedor em regime de preços livres. Para os domésticos, a possibilidade de escolha começa a vigorar a 4 de Setembro.

"Se se verificar que daqui a alguns anos o sistema liberalizado funciona, por que é que esta figura [CUR] não pode ser extinta?", disse fonte oficial do Ministério da Economia. Já a ERSE disse não fazer "comentários a decretos do Governo".

Para Nuno Ribeiro da Silva, especialista em energia, a extinção do CUR só deverá ocorrer "numa lógica de longo-prazo e num quadro de verdadeira concorrência", mas a subida dos preços da electricidade vai ser "inevitável" no futuro, dentro e fora do sistema regulado, em linha com os preços das matérias-primas.

Este ano, o aumento de tarifas para os domésticos fixado pela ERSE foi de 1,2%, mas o presidente do organismo alertou que, se não fosse a imposição legal de limitar as subidas à inflação e se se tivessem repercutido todos os custos do sistema, o agravamento teria sido de 14%. Mas, a partir de 2007, a limitação da inflação acaba, ficando ainda os domésticos a suportar os sobrecustos das renováveis (cujas tarifas são subsidiadas) o que poderá, no actual quadro de preços do petróleo, levar a tarifa a subir 17%, segundo a Deco.

António Sá da Costa, da Associação dos Produtores de Renováveis, sublinha que a liberalização e eventual fim do CUR poderão, contudo, ter efeitos positivos, porque "terá de fazer-se uma gestão da produção mais eficiente". Já Jorge Morgado, da Deco, está "preocupado" com o fim do CUR, que pode ser "uma porta aberta para se desarticular o poder do regulador". O responsável lembra que as telecomunicações e os combustíveis estão já totalmente liberalizados e que os efeitos nos preços "foram os que temos visto".

"Inverdade" no decreto, diz a Deco

MensagemEnviado: 4/3/2006 13:42
por Açor3
Primeiro tomada de mais valias.Depois não há como entrar novamente quando se preveêm resultados como estes e por isso nada melhor que primeiro baixar a cotação.Agora tudo aponta que em breve ultrapasse os 3 euros e porquê?Especulação em volta do sector energético,a EDP está em importantes concursos,bom dividendo e finalmente privatização da parte que falta ainda este ano.Bons negócios. :P :P

MensagemEnviado: 4/3/2006 12:24
por Grão a Grão
Que pensas desta queda da edp no dia de ontem?

Os resultados são apresentados dia 7 deste mês. És da opinião de que os resultados serão suficientemente positivos para fazer esta acção ultrapassar os 2,99 euros?

Um abraço.

Lucros EDP

MensagemEnviado: 3/3/2006 20:32
por Açor3
Os analistas do Banif consideram que os lucros da EDP devem alcançar os 967 milhões de euros, impulsionados pelos ganhos de capital de 398 milhões da venda de 14,3% da Galp.
O Banif avança ainda que decidiu classificar os ganhos de capital de 398 milhões vindos da Galp como resultados não-recorrentes, mesmo que a EDP afirme que serão classificados acima do nível do EBITDA. Adiantam ainda que esta situação pode provocar alguma controvérsia em torno dos resultados já que o EBITDA em vez de ser de 2,448 milhões de euros seria os 2,050 milhões que estimam.

Quanto à sua politica de remuneração, O Banif prevê que o dividendo seja de 0,10 euros por acção ou de 3,4%, uma vez que a EDP deve utilizar os ganhos com a Galp para cortar a dívida em vez de aumentar os dividendos.

Para já, o banco mantém a sua recomendação de neutral a curto prazo inalterada. «Já que a EDP continua a ter um ângulo especulativo podendo haver alguma pressão de compra mais para a frente, é preciso reconhecer que há alguma incerteza no que diz respeito à nova estratégia de administração da empresa e, mais importante, riscos regulatórios em Espanha terem aumentado, mesmo que a EDP seja menos afectada que as suas concorrentes espanholas», adiantam.

O preço alvo anterior do Banif para a eléctrica era de 2,50 euros, e para já consideram-no sob revisão.

As acções da EDP fecharam hoje a perder 1,02% para os 2,92 euros.