Audiências a partir de Fevereiro determinantes para a SICOs analistas estão de olhos postos nas audiências televisivas da SIC em Fevereiro e nos meses seguintes aguardando para ver se a estação da Impresa consegue recuperar quota de mercado com a nova a grelha de programas apresentada pela equipa liderada por Francisco Penim.
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Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt Os analistas estão de olhos postos nas audiências televisivas da SIC em Fevereiro e nos meses seguintes aguardando para ver se a estação da Impresa consegue recuperar quota de mercado com a nova a grelha de programas apresentada pela equipa liderada por Francisco Penim.
Ontem foram divulgadas as audiências de Janeiro, mês em que a SIC voltou a perder para a TVI, estação da Media Capital. A estação de televisão TVI continuou a liderar as audiências televisivas em Janeiro, quer no horário nobre quer em termos de audiências diárias.
«Fevereiro deve ser o mês chave para aceder a algum tipo de reacção com a SIC a lançar o programa noticioso de manhã e a sua primeira série [Sete vidas] e concurso [Pegar ou largar] no fim-de-semana», segundo o analista Tiago Veiga Anjos do BPI.
«Deverá ser muito importante ver o que poderá acontecer nos próximos meses», numa altura em que tanto a TVI como a SIC já lançaram os novos programas para o horário nobre, segundo a nota de «research» do Espírito Santo Reseacrh (ESR), que considera que se deve «continuar a ver a TVI muito forte no horário nobre».
Ambas as casas de investimento mantiveram a recomendação e o preço-alvo para a Impresa. O BPI recomeda «reduzir» e um preço-alvo de 6,30 euros para a Impresa e o ESR tem uma recomendação de «neutral» e um preço-alvo de 5,20 euros.
A Lisbon Brokers reiterou a recomendação e o preço-alvo para as acções da Impresa considerando que apesar dos dados das audiências ontem divulgados serem «extremamente negativos» para a empresa de «media», vão dar «o beneficio da dúvida e tempo» para que a nova equipa da SIC consiga inverter a tendência de perda de quota de mercado.
«Apesar de não termos dúvidas de que a Impresa é o nosso ‘Top Pick’ no sector dos ‘media’ em Portugal para 2006, pensamos que os investidores precisam de substituir a esperança de que a nova equipa de programação irá recuperar as audiências perdidas, e por isso estamos a dar o beneficio da dúvida e tempo para que o seu trabalho se realize», segundo o «research» do analista da Lisbon Brokers, John dos Santos.
De acordo com a mesma nota de «research», espera-se que a estação de televisão da Impresa consiga «assegurar a transmissão de jogos da primeira liga para a época 2006-2007», um factor que deverá ajudar a SIC a recuperar audiências.
John dos Santos considera que esta recuperação das audiências só deverá surgir a partir do Verão, com o Mundial de Futebol 2006 na Alemanha.
A casa de investimento manteve a recomendação de «manter» e o preço-alvo de 5,30 euros, assumindo que «as acções possam sair do intervalo curto em que têm transaccionado ultimamente».
John dos Santos diz que é necessário que surjam «notícias positivas sobre a empresa, nomeadamente em matéria de audiências, que são ao fim ao cabo o cartão de visita para atrair receitas de publicidade».