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[Jack]

Iran 'has 1 month' to avoid UN Security Council action


2 February 2006

VIENNA - Iran has a month to regain the confidence of the international community and avoid UN Security Council action over its nuclear programme regardless of whether it is referred on Friday, the head of the UN's nuclear watchdog said Thursday.

"This situation is critical - not a crisis - and there is no imminent threat," Mohamed ElBaradei, Director General of the International Atomic Energy Agency, told reporters at a Vienna meeting of the top IAEA body to discuss Iran's referral.

"Iran still has until my next report to fully suspend its enrichment activities," he said.

The resolution under discussion by the IAEA Board of Governors was hammered out
Monday when veto powers Russia and China agreed with the US, Britain, France and Germany to have Iran's case referred to the Security Council.

Under the deal, the Security Council would take no action before ElBaradei reports on his assessment of Iran at a March 6 meeting of the IAEA's governing board.

ElBaradei said that the Russian plan to enrich uranium for Iran presented the Islamic State with a "window of opportunity" and that the plan would serve as a transitional solution until confidence could be built in the peaceful nature of Iran's nuclear programme.

"Nobody on the board of governors denies Iran's right to nuclear power," he said. "However, now is not the time to enrich."

Iran in January broke IAEA seals on equipment for enriching uranium, which can also be used for nuclear weapons.

Russian Ambassador to the IAEA Grigory Berdennikov said that "there was no rationale for enrichment in Iran" and that Russia was ready to help in this regard.

ElBaradei said that referral would send a clear message that Iran must rebuild international confidence: "Whether we report Iran to the council or not, I believe the only way forward is through diplomacy."

However, Iran's chief nuclear negotiator, Ali Larijani, in a message addressed to ElBaradei, said that the decision to report Iran would have "no legal or technical basis" and would force the government to end all voluntary cooperation with the IAEA.

"Nothing in particular has happened with regard to inspections, and no change has taken place in relation to the facts," he said. "This decision would be the final blow to the confidence of Iran."

The major players - the EU Trio of Britain, France and Germany; Russia; the US; China and the nonaligned states - put their case to the governors on Thursday.

The US statement unsurprisingly called for Iran to be referred. US Ambassador to the IAEA, Gregory Schulte, added, however, that the referral was necessary only to "open a new level of diplomacy."

"We are not seeking sanctions or punitive measures," he said.

A senior official close to the IAEA said that the council could well decide to do nothing, even in March, as was the case with North Korea.

Although a decision will not be taken until Friday, details of how the vote should go emerged throughout the day.

Berdennikov said that Russia would definitely vote "yes", but the Chinese ambassador was more guarded.

"We believe that there is room within the IAEA to resolve this," Wu Hailong said. "Iran should give up uranium enrichment, but others should remain calm and patient."

German ambassador Herbert Honsowitz spoke on behalf of the EU-3 and also reiterated that diplomacy was not over.

"This is not about the IAEA transferring responsibility; it's about the credibility of the Non-Proliferation Treaty and the IAEA's authority," he said.

The nonaligned states called for all member states to "avoid any undue pressure or interference in the IAEA's activities", adding that they were concerned over the slow pace toward the disarmament of states already in possession of nuclear weapons.

The meeting adjourned overnight, to allow further unofficial discussion - including a nonaligned states conference - and was set to resume at 1400 GMT on Friday. A decision was expected to come before 1700 GMT.

According to an IAEA spokesman, only Syria and Cuba have displayed out-and-out opposition to the resolution, but Venezuela may vote No, and several abstentions are expected.

DPA

[Jack]

Irã tem 'janela de oportunidade' para negociar, diz AIEA

O governo do Irã ainda tem "uma janela de oportunidade" para uma solução negociada envolvendo suas ambições nucleares, disse o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, nesta quinta-feira.

"Nós estamos chegando a uma fase crítica, mas não é uma situação de crise", afirmou.

A declaração foi feita num momento em que a diretoria do órgão discute em sua sede, na capital austríaca, Viena, uma resolução para que o caso seja remetido ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Os países-membros do órgão devem analisar um texto sobre o que fazer com relação à pesquisa nuclear iraniana.

A AIEA vai considerar na reunião um documento redigido pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Rússia, França, China e Grã-Bretanha) e a Alemanha.

ElBaradei disse que os membros do Conselho de Segurança deixaram claro que nenhuma medida que possa levar a sanções pode ser tomada antes de março, quando ele deverá apresentar um relatório conclusivo.

Desconfiança

O texto do documento, escrito na segunda-feira e editado nos últimos dois dias, levou em consideração o desejo russo de que ele não deveria se referir ao estatuto da ONU que especificamente autoriza sanções.

Os Estados Unidos disseram concordar com a decisão para mostrar o desejo do país de buscar um consenso internacional para a questão.

Diplomatas dizem que os 35 membros da AIEA devem aprovar a resolução com uma ampla maioria e a Rússia reafirmou sua intenção de apoiá-la depois que o Irã insistiu que contava com o endosso russo.

Além de expressar claramente desconfiança de que o programa nuclear iraniano tenha apenas fins pacíficos, a resolução pede que o país coopere com a AIEA, permitindo inspeções.

A crise

Em um pronunciamento em rede nacional de TV, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse na quarta-feira que o país não cederia e mudaria sua política por causa da 'provocação' internacional em relação ao seu programa nuclear.

Ele disse que o Irã nunca renunciaria ao seu direito de buscar energia nuclear pacífica.

"Estou dizendo a essas falsas superpotências que a nação iraniana se tornou independente 27 anos atrás", disse Ahmadinejad.

"Na questão nuclear o Irã resistirá até alcançar plenamente seus direitos."

"Nossa nação não pode voltar atrás por causa de políticas de provocação de alguns países."

O pronunciamento aconteceu um dia após o Irã ter dito que impedirá inspeções de surpresa das Nações Unidas em suas instalações nucleares a partir de sábado se houver uma decisão de denunciar o país ao Conselho de Segurança da ONU.

O Irã nega as acusações americanas de que está buscando o desenvolvimento de armas nucleares.

A crise nuclear se intensificou desde o início do ano, quando o Irã retomou suas atividades nucleares após dois anos e meio de paralisação.