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E os flipper´s

MensagemEnviado: 26/1/2003 20:46
por Cochim
Caro LR,

Sinto-me um jovem, mas já pertenço ao clube 40, mas realmente passei por muitas coisas dessas, nem sei se te lembras, mas no almoço da Mealhada, falei-te que nasci num bairro histórico de Lisboa (Mouraria) com todas as diabruras possiveis dos miudos de rua.
A nostalgia faz-me lembrar as idas á piscina do Ateneu Comercial de Lisboa, as sandes de molho (1$50) no solar dos condes, as sandes de marmelada das freiras.....eheheh não era fome, era de manhã á noite, com 2$50 no bolso, abrincar á rolha, ao rei vai coxo, ao trum,......
Mas o que mais me dava gozo era os fliper´s, evitar o tilte senão lá ia a moeda, e tirar bonus para vender aos outros por metade do preço :) :)

Mas o Mundo evoluiu para o bem e para o mal,

até xá
cochim

MensagemEnviado: 26/1/2003 18:49
por Matraquilho
LOLOLOLOLO

eheheh quando chegou o spectrum arrumei o carrinho de rolamentos na garagem

MensagemEnviado: 24/1/2003 16:50
por Filipe
enginheiro, esqueceste-te do pioneiro
ZX81

Bem eu também só tive um spectrum, mas era já mais velho.

um abraço, filipe

...

MensagemEnviado: 24/1/2003 15:34
por ABsurdo
:( Já estou assim tão velho? :evil:

ABsurdo 8-)

Eu...

MensagemEnviado: 24/1/2003 15:19
por enginheiro
ainda apanhei um pouco de todo esse ambiente, mas um dia ......chegou o ZX Spectrum e tudo mudou!!! 8-)

Um abraço

MensagemEnviado: 24/1/2003 15:14
por Flying Turtle
Boa LR, como sabes eu pertenco a ese clube... :wink:

Um abraço
FT

MensagemEnviado: 24/1/2003 15:12
por Filipe
lindo

Off-topic: tens mais de 40 anos? Parabens

MensagemEnviado: 24/1/2003 15:05
por lr
Olhando para trás, é difícil acreditar que estejamos vivos. Nós viajávamos em carros sem cintos de segurança ou air bag. Não tivemos nenhuma tampa à prova de crianças em frascos de remédios, portas, ou armários e andávamos de bicicleta sem capacete, sem contar que pedíamos boleia.

Bebíamos água directamente da mangueira e não da garrafa. Gastámos horas a construir os nossos carrinhos de rolamentos para descer ladeira abaixo e só então descobríamos que nos tínhamos esquecido dos travões. Depois de colidir com algumas árvores, aprendemos a resolver o problema.

Saíamos de casa de manhã, brincávamos o dia inteiro, e só voltávamos quando se acendiam as luzes da rua. Ninguém nos podia localizar. Não havia telemóveis. Nós partimos ossos e dentes, e não havia nenhuma lei para punir os culpados.

Eram acidentes. Ninguém para culpar, só a nós próprios. Tivemos brigas e esmurramos uns aos outros e aprendemos a superar isto. Comemos doces e bebemos refrigerantes mas não éramos obesos.
Estávamos sempre ao ar livre, a correr e a brincar. Compartilhamos garrafas de refrigerante e ninguém morreu por causa disso. Não tivemos Playstations, Nintendo 64, vídeo games, 99 canais a cabo, filmes em vídeo, surround sound, telemóveis, computadores ou Internet. Nós tivemos amigos. Nós saíamos e íamos ter com eles.

Íamos de bicicleta ou a pé até casa deles e batíamos à porta. Imaginem tal coisa! Sem pedir autorização aos pais, por nós mesmos! Lá fora, no mundo cruel! Sem nenhum responsável! Como conseguimos fazer isto?

Fizemos jogos com bastões e bolas de ténis e comemos minhocas e, embora nos tenham dito que aconteceria, nunca nos caíram os olhos ou as minhocas ficaram vivas na nossa barriga para sempre. Nos jogos da escola, nem toda a gente fazia parte da equipa. Os que não fizeram, tiveram que aprender a lidar com a decepção.

Alguns estudantes não eram tão inteligentes quanto os outros. Eles repetiam o ano! Que horror! Não inventavam testes extras. Éramos responsáveis por nossas acções e arcávamos com as consequências. Não havia ninguém que pudesse resolver isso. A ideia de um pai nos protegendo, se desrespeitássemos alguma lei, era inadmissível! Eles protegiam as leis!
Imaginem!

A nossa geração produziu alguns dos melhores compradores de risco, criadores de soluções e inventores. Os últimos 50 anos foram uma explosão de inovações e novas ideias.

Tivemos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade, e aprendemos a lidar com isso.

Tu és um deles.

Parabéns!

Passem isto para outros que tiveram a sorte de crescer como crianças, antes dos advogados e dos governos regularem as nossas vidas, para nosso próprio bem.

Desconheço o autor