DJ China E Índia Superam EUA Como Principais Destinos Do Fluxo De Fdi
Nova York, 7 - China e Índia são os principais destinos do investimento estrangeiro direto (FDI, na sigla em inglês), de acordo com pesquisa anual de empresas coordenada pela consultoria A.T. Kearney. A pesquisa mostra que os EUA perderam o segundo lugar como destino para recebimento de capital estrangeiro (para investimentos, fusões e aquisições) para a Índia. A China, país mais populoso do mundo com 1,3 bilhão de habitantes, manteve o primeiro lugar. "É mais um sinal da sobreposição de China e Índia aos EUA", disse Paul Laudicina, diretor-gerente do A.T. Kearney's Global Business Policy Council, que conduziu a pesquisa.
Ele observou que as posições do Brasil, da Turquia e do México no Índice de Confiança FDC 2005 moveram-se todas para cima, empurrando os países desenvolvidos, especialmente os da Europa ocidental, para baixo. A Turquia deu o maior salto, subindo 16 pontos para o número 13 neste ano.
"Investidores nos disseram que duas coisas são importantes: o tamanho do mercado internacional tanto quanto a oscilação relativa e o crescimento potencial do mercado", afirmou Laudicina em entrevista à Dow Jones. Ele acrescentou que a Turquia, com um mercado de 70 milhões de pessoas, se beneficia de sua proximidade com a Europa ocidental, o que faz do país "uma oportunidade óbvia de investimento" para companhias localizadas nas cercanias dos países desenvolvidos.
De fato, à exceção de China e Índia, os investidores asiáticos e europeus tendem a adotar o que a A.T. Kearney chama de "exterior próximo", ou países próximos da sede dos investimentos, como destinos preferidos.
Brasil e México, com classe média crescente e população de 186 milhões e 106 milhões de habitantes, respectivamente, são favorecidos por investidores dos EUA, que vêem os dois países como mercados potencias para a expansão de suas vendas.
Uma economia sólida nos EUA está impulsionando a atratividade de fábricas mexicanas de bens para exportação para a América do Norte. O Brasil emergiu como destino quente para investimentos devido à abundância de recursos naturais em meio ao boom global por commodities.
A pesquisa também revela que a velocidade de operações de negócios offshore está acelerando; 79% dos investidores globais planejam mudar suas atividades corporativas estrangeiras nos próximos três anos, ante 66% na pesquisa anterior e metade disso na pesquisa de 2003.
Índia e China deverão receber a maior parte dos investimentos offshore futuros - 42% e 17%, respectivamente. Enquanto 39% dos investimentos offshore que a Índia deverá receber provavelmente serão direcionados para o setor de tecnologia de informação, esse setor na China deverá receber apenas 5%. Estima-se que o setor industrial da China deverá receber 485 dos investimentos offshore para o país, enquanto estima-se que o setor industrial da Índia receberá apenas 3%.
Contudo, a A.T. Kearney não espera um forte aumento no fluxo global de investimento direto estrangeiro para os países emergentes por enquanto. Embora o fluxo FDI tenha acelerado o ritmo em 2004 pela primeira vez em quatro anos, ele somou apenas US$ 648 bilhões, comparado com US$ 1,4 trilhão registrado em 2000. Com a perspectiva de muitos investidores sobre a economia global se tornando mais negativo agora, eles não parecem estar dispostos a reduzir de forma substancial os enormes ganhos acumulados desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA. "Os investidores não tem a confiança para deixarem a toca ainda", disse Laudicina. As informações são da Dow Jones. (Patrícia Fortunato)
(END) Dow Jones Newswires
December 07, 2005 17:01 ET (22:01 GMT)
Nova York, 7 - China e Índia são os principais destinos do investimento estrangeiro direto (FDI, na sigla em inglês), de acordo com pesquisa anual de empresas coordenada pela consultoria A.T. Kearney. A pesquisa mostra que os EUA perderam o segundo lugar como destino para recebimento de capital estrangeiro (para investimentos, fusões e aquisições) para a Índia. A China, país mais populoso do mundo com 1,3 bilhão de habitantes, manteve o primeiro lugar. "É mais um sinal da sobreposição de China e Índia aos EUA", disse Paul Laudicina, diretor-gerente do A.T. Kearney's Global Business Policy Council, que conduziu a pesquisa.
Ele observou que as posições do Brasil, da Turquia e do México no Índice de Confiança FDC 2005 moveram-se todas para cima, empurrando os países desenvolvidos, especialmente os da Europa ocidental, para baixo. A Turquia deu o maior salto, subindo 16 pontos para o número 13 neste ano.
"Investidores nos disseram que duas coisas são importantes: o tamanho do mercado internacional tanto quanto a oscilação relativa e o crescimento potencial do mercado", afirmou Laudicina em entrevista à Dow Jones. Ele acrescentou que a Turquia, com um mercado de 70 milhões de pessoas, se beneficia de sua proximidade com a Europa ocidental, o que faz do país "uma oportunidade óbvia de investimento" para companhias localizadas nas cercanias dos países desenvolvidos.
De fato, à exceção de China e Índia, os investidores asiáticos e europeus tendem a adotar o que a A.T. Kearney chama de "exterior próximo", ou países próximos da sede dos investimentos, como destinos preferidos.
Brasil e México, com classe média crescente e população de 186 milhões e 106 milhões de habitantes, respectivamente, são favorecidos por investidores dos EUA, que vêem os dois países como mercados potencias para a expansão de suas vendas.
Uma economia sólida nos EUA está impulsionando a atratividade de fábricas mexicanas de bens para exportação para a América do Norte. O Brasil emergiu como destino quente para investimentos devido à abundância de recursos naturais em meio ao boom global por commodities.
A pesquisa também revela que a velocidade de operações de negócios offshore está acelerando; 79% dos investidores globais planejam mudar suas atividades corporativas estrangeiras nos próximos três anos, ante 66% na pesquisa anterior e metade disso na pesquisa de 2003.
Índia e China deverão receber a maior parte dos investimentos offshore futuros - 42% e 17%, respectivamente. Enquanto 39% dos investimentos offshore que a Índia deverá receber provavelmente serão direcionados para o setor de tecnologia de informação, esse setor na China deverá receber apenas 5%. Estima-se que o setor industrial da China deverá receber 485 dos investimentos offshore para o país, enquanto estima-se que o setor industrial da Índia receberá apenas 3%.
Contudo, a A.T. Kearney não espera um forte aumento no fluxo global de investimento direto estrangeiro para os países emergentes por enquanto. Embora o fluxo FDI tenha acelerado o ritmo em 2004 pela primeira vez em quatro anos, ele somou apenas US$ 648 bilhões, comparado com US$ 1,4 trilhão registrado em 2000. Com a perspectiva de muitos investidores sobre a economia global se tornando mais negativo agora, eles não parecem estar dispostos a reduzir de forma substancial os enormes ganhos acumulados desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA. "Os investidores não tem a confiança para deixarem a toca ainda", disse Laudicina. As informações são da Dow Jones. (Patrícia Fortunato)
(END) Dow Jones Newswires
December 07, 2005 17:01 ET (22:01 GMT)