Bolsa de CO2
A CGD lançou recentemente um Fundo de Investimento em Energias Alternativas e em CO2.
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2005-11-08 06:30
Portugueses pagam três vezes mais na bolsa de CO2
Afonso Vaz Pinto
As empresas nacionais que vierem a precisar de comprar licenças de emissão de dióxido de carbono (CO2), à luz do novo mercado europeu iniciado em Janeiro de 2005, irão pagar três vezes mais por aquilo que, apenas há um ano atrás, teriam que despender.
Tudo porque só a partir do passado mês de Setembro foi publicado em Diário da República o despacho conjunto do Ministério da Economia e do Ambiente, que veio permitir que as empresas abrangidas pelas regras do Protocolo de Quioto pudessem negociar no mercado de emissões de CO2.
Os sucessivos atrasos na implementação dos sistemas de fiscalização e atribuição de licenças de emissão de CO2 poderá ter comprometido as metas anuais das perto de 240 empresas abrangidas, levando-as a pagar três vezes mais pelos direitos de emissão de CO2.
Isto porque a evolução do mercado de carbono tem provocado um crescente aumento do preço da tonelada de CO2. Em apenas seis meses, de Janeiro a Agosto deste ano, o preço de CO2 subiu dos nove a dez dólares por tonelada para os valores próximos dos trinta dólares. A necessidade de redução de emissões de CO2 e consequente cumprimento das obrigações ambientais decorrentes de Quioto e a aproximação do arranque do mercado mundial de CO2 previsto para 2008, levarão a empresas portuguesas dos sectores cujas actividades são mais poluentes à compra de direitos de emissão fora do mercado português.