Construção > 2006-03-31 20:50
Governo polaco diz que vai penalizar Mota-Engil por atraso em obra
DE com Lusa
O Governo polaco anunciou hoje que vai penalizar a construtora portuguesa Mota-Engil pelo atraso na entrega de uma obra no Norte do país.
Numa visita à obra a cargo da Mota-Engil, um troço de estrada entre Cracóvia a Zakopane, o ministro dos Transportes Jerzy Polaczek acusou de desonestidade a construtora e frisou que esta será penalizada financeiramente pelo atraso.
"Já é tempo de acabar com esta situação de empreiteiros impunes e o Estado desamparado. Espero que este caso seja um precedente e que os próximos concursos para a construção de auto-estradas apurem empreiteiros mais honestos que a Mota", disse Polaczek.
Polaczek explicou que esta é a primeira de uma série de visitas a todos os departamentos da direcção-geral de estradas nacionais e auto-estradas (GDDKiA) para avaliar do estado dos projectos em curso.
Segundo a GDDKiA, apesar de "nas últimas semanas" ter acelerado os trabalhos, a Mota-Engil não tem possibilidade de conseguir terminar a obra dentro do prazo, e o troço só estará pronto para entrega em 2007.
Zbigniew Rapciak, director do departamento de Cracóvia da GDDKiA, afirmou que a construtora "depositou já cerca de um milhão de euros de multa pelo atraso da primeira fase da construção".
Acrescentou não haver possibilidades de negociar o valor da multa, pois é calculado segundo aquilo que foi estabelecido no contrato.
Na opinião de Rapciak não faz sentido rescindir contrato com a Mota, até porque as conversações em curso com a empresa e a penalização financeira que lhe foi aplicada dão garantia que a obra seja levada a termo.
"Não faz sentido rescindir agora o contrato, pois apurar um novo empreiteiro significa um atraso de pelo menos um ano na obra, enquanto nesta situação temos cerca de meio ano de atraso", defendeu.
Na GDDKiA explicam que antes de iniciar a obra a empresa portuguesa não dispunha de máquinas suficientes para o trabalho.
Comprou-as com adiantamentos do pagamento pagos pela GDDKiA à conta do pagamento pela realização do contrato, e os trabalhos foram iniciados com três meses de atraso.
O grupo português Mota-Engil Engenharia e Construção S.A. assinou em Setembro de 2004 o contrato para a construção, por cerca de 68,6 milhões de euros, de um troço de 12,5 quilómetros da via rápida número 7.
A Zakopianka, uma via turística com um total de 94,5 quilómetros, conduz à cidade de Zakopane, centro turístico no sopé dos montes Tatras.
O grupo português concorreu ao lado de outras cinco empresas polacas e estrangeiras.
O contrato dava à Mota-Engil 26 meses para construir este troço, entre Myslenic e as freguesias de Pcim e Lubien.
O investimento foi co-financiado em 75% de um empréstimo do Banco Europeu de Investimento (EBI).
A Zakopianka é uma das mais estradas polacas com maior tráfego, com uma média diária de 15 mil veículos e cerca de 50 mil por dia nos fins-de-semana.
Pena é a cultura dos nossos governantes não levar a acções idênticas de forma a acabarem as "derrapagens" e os atrasos nas obras públicas com justificações de imprecisões nos planos de obra e no caderno de encargos. Uma vergonha o que se passa em Portugal...com o beneplácito dos sucessivos governos.
Concerteza seria possível baixar os impostos a quem os paga só com este tipo de intervenções. É que os ministros , em Portugal, só se deslocam às obras para cortar as "fitas".
Um abraço,
Iurp
Governo polaco diz que vai penalizar Mota-Engil por atraso em obra
DE com Lusa
O Governo polaco anunciou hoje que vai penalizar a construtora portuguesa Mota-Engil pelo atraso na entrega de uma obra no Norte do país.
Numa visita à obra a cargo da Mota-Engil, um troço de estrada entre Cracóvia a Zakopane, o ministro dos Transportes Jerzy Polaczek acusou de desonestidade a construtora e frisou que esta será penalizada financeiramente pelo atraso.
"Já é tempo de acabar com esta situação de empreiteiros impunes e o Estado desamparado. Espero que este caso seja um precedente e que os próximos concursos para a construção de auto-estradas apurem empreiteiros mais honestos que a Mota", disse Polaczek.
Polaczek explicou que esta é a primeira de uma série de visitas a todos os departamentos da direcção-geral de estradas nacionais e auto-estradas (GDDKiA) para avaliar do estado dos projectos em curso.
Segundo a GDDKiA, apesar de "nas últimas semanas" ter acelerado os trabalhos, a Mota-Engil não tem possibilidade de conseguir terminar a obra dentro do prazo, e o troço só estará pronto para entrega em 2007.
Zbigniew Rapciak, director do departamento de Cracóvia da GDDKiA, afirmou que a construtora "depositou já cerca de um milhão de euros de multa pelo atraso da primeira fase da construção".
Acrescentou não haver possibilidades de negociar o valor da multa, pois é calculado segundo aquilo que foi estabelecido no contrato.
Na opinião de Rapciak não faz sentido rescindir contrato com a Mota, até porque as conversações em curso com a empresa e a penalização financeira que lhe foi aplicada dão garantia que a obra seja levada a termo.
"Não faz sentido rescindir agora o contrato, pois apurar um novo empreiteiro significa um atraso de pelo menos um ano na obra, enquanto nesta situação temos cerca de meio ano de atraso", defendeu.
Na GDDKiA explicam que antes de iniciar a obra a empresa portuguesa não dispunha de máquinas suficientes para o trabalho.
Comprou-as com adiantamentos do pagamento pagos pela GDDKiA à conta do pagamento pela realização do contrato, e os trabalhos foram iniciados com três meses de atraso.
O grupo português Mota-Engil Engenharia e Construção S.A. assinou em Setembro de 2004 o contrato para a construção, por cerca de 68,6 milhões de euros, de um troço de 12,5 quilómetros da via rápida número 7.
A Zakopianka, uma via turística com um total de 94,5 quilómetros, conduz à cidade de Zakopane, centro turístico no sopé dos montes Tatras.
O grupo português concorreu ao lado de outras cinco empresas polacas e estrangeiras.
O contrato dava à Mota-Engil 26 meses para construir este troço, entre Myslenic e as freguesias de Pcim e Lubien.
O investimento foi co-financiado em 75% de um empréstimo do Banco Europeu de Investimento (EBI).
A Zakopianka é uma das mais estradas polacas com maior tráfego, com uma média diária de 15 mil veículos e cerca de 50 mil por dia nos fins-de-semana.
Pena é a cultura dos nossos governantes não levar a acções idênticas de forma a acabarem as "derrapagens" e os atrasos nas obras públicas com justificações de imprecisões nos planos de obra e no caderno de encargos. Uma vergonha o que se passa em Portugal...com o beneplácito dos sucessivos governos.
Concerteza seria possível baixar os impostos a quem os paga só com este tipo de intervenções. É que os ministros , em Portugal, só se deslocam às obras para cortar as "fitas".
Um abraço,
Iurp