CALDEIRÃO DE BOLSA

O primeiro-ministro garantiu hoje que as auto-estradas SCUT manter-se-ão sem portagens enquanto as regiões por elas servidas não atingirem índices de desenvolvimento iguais à média nacional.

Brisa admite sair da Oni em 2006 ou 2007 e da EDP

DE com Lusa


O presidente do conselho de administração da Brisa, Vasco de Mello, disse hoje que a concessionária terá oportunidade de sair da empresa de telecomunicações Oni, em 2006 ou em 2007.

Vasco de Mello, que falava no Dia do Investidor da concessionária de auto-estradas, afirmou que a empresa "continuará a apoiar o projecto da Oni", mas referiu que "haverá oportunidade de sair [da estrutura accionista da Oni] em 2006 ou em 2007".

Em consequência, a Brisa - Auto-estradas de Portugal considera que "haverá também oportunidade de sair da EDP".

A Brisa controla 17% da Oni, um projecto de telecomunicações que é liderado pela EDP - Energias de Portugal, na qual a concessionária de auto-estradas tem uma participação de 2%.

Concessionária > 2005-11-04 20:26

Brisa financia A10 e alargamentos com 300M€ do BEI

DE com Lusa


A concessionária de auto-estradas anunciou hoje que vai financiar a conclusão da A10 e a reparação e alargamento de outras vias com recurso a um empréstimo de 300 milhões de euros do Banco Europeu de Investimento (BEI).

No Dia do Investidor, a Brisa explicou que para a conclusão da A10 (Bucelas/Carregado/IC3), o empréstimo será de 100 milhões de euros e que o contrato será assinado este mês.

Quanto aos restantes 200 milhões de euros para financiar os trabalhos de alargamento e reparação nas auto-estradas da rede, o contrato deverá ser assinado "brevemente".

O BEI é o principal financiador, entre as instituições financeiras, da concessionária portuguesa.

Entre 2006 e 2007, a Brisa espera investir 200 milhões de euros nas novas auto-estradas A10 e A13 (Almeirim/Marateca) e 180 milhões de euros em obras de alargamento.

O BEI financia também a maior parte da Litoral Centro, com 263,9 milhões de euros, num projecto no qual a Brisa prevê investir 493 milhões de euros, nos próximos três anos.

As novas concessões de auto-estradas, quer em Portugal como no estrangeiro, deverão ser financiados numa lógica de 'projecto finance' sem recorrer a capital da Brisa.

A concessionária espera manter, no médio e longo prazo, um rácio de 5,5 da dívida líquida/EBITDA.

As acções da Brisa fecharam hoje a perder 0,15% para os 6,51€.

oncessionária > 2005-11-04 20:55

Brisa afirma que fará projectos de raiz com parceiros construção

DE com Lusa


O presidente do conselho de administração da Brisa afirmou hoje que a empresa vai procurar parceiros no sector da construção nos países onde decidir investir em projectos de raiz.

Vasco de Mello, que falava durante o Dia do Investidor da concessionária de auto-estradas, explicou que a Brisa tem como alvo mercados em processo de convergência económica, como a Europa de Leste e a América Latina.

No entanto, está atenta a oportunidades em mercados desenvolvidos, como o norte-americano, nas regiões onde está a ser equacionada a concessão de auto-estradas.

O administrador da Brisa João Azevedo Coutinho explicou que a empresa está a olhar para oportunidades de raiz (construção e exploração de auto-estradas) no Chile e México, aos quais poderá concorrer através da CCR, concessionária brasileira, detida em 20% pela empresa portuguesa.

Na Europa Central e de Leste, a Brisa concorreu recentemente às portagens electrónicas na República Checa, aguardando a decisão final.

Os próximos alvos serão a Eslováquia e a Hungria, países onde se espera o lançamento de concursos similares até ao final do primeiro trimestre de 2006.

SCUTs com portagens só em regiões desenvolvidas

Sócrates garante que as auto-estradas sem custos vão continuar até que as zonas por elas servidas atinjam índices de desenvolvimento iguais à média nacional. «É dever do país financiar a promoção do desenvolvimento das regiões», afirma o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro garantiu hoje que as auto-estradas SCUT manter-se-ão sem portagens enquanto as regiões por elas servidas não atingirem índices de desenvolvimento iguais à média nacional.

"O objectivo das auto-estradas sem portagens é promover o desenvolvimento regional e a solidariedade regional. É dever do país financiar a promoção do desenvolvimento das regiões", afirmou José Sócrates, em Caminha, onde presidiu à inauguração do troço da auto- estrada A28 entre aquela localidade e Viana do Castelo.

Sócrates considerou o dia de hoje como "histórico" para a região, sublinhando o impacto que este troço de 29 quilómetros, que custou 145 milhões de euros, terá para a qualidade de vida, o bem- estar, o conforto e para a segurança das populações.

"Este é também um investimento na segurança das pessoas", frisou, acrescentando que esta nova estrada "vai contribuir para salvar vidas".

O primeiro-ministro garantiu também que a A28 vai ser prolongada até Valença. Contudo, Sócrates não adiantou mais pormenores sobre o assunto, nomeadamente prazos e execução da obra.

O troço hoje inaugurado, que serve as populações de Caminha e Viana do Castelo, num total de cerca de 100 mil pessoas, ainda está incompleto, uma vez que falta construir a ligação Norte a Caminha, num total de quatro quilómetros, cujo início da obra é desconhecido.

A ligação tem sido contestada, nomeadamente por ambientalistas, e já foi chumbada por duas vezes pelo Ministério do Ambiente, sobretudo por pôr em causa um importante conjunto de gravuras rupestres.

A presidente da Câmara de Caminha, Júlia Paula Costa, reivindicou a concretização desta ligação com carácter de urgência e exigiu também correcções na obra do troço hoje inaugurado, nomeadamente ao nível do sistema de drenagem de águas pluviais, para evitar inundações na zona de Vila Praia de Âncora.

A autarca pediu ainda o empenho do Governo na concretização de uma nova ponte sobre o Rio Minho, ligando Caminha a La Guardia, na Galiza, Espanha.