Caldeirão da Bolsa

Sonae Indústria lucra 34 milhões e quer integrar PSI-20

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Sonae Indústria lucra 34 milhões e quer integrar PSI-20

por raulribeiro » 3/11/2005 19:28

A Sonae Indústria apurou um resultado líquido de 34 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, um valor que representa uma melhoria de 24% face ao mesmo período do ano passado.

Num comunicado a Sonae Indústria afirma que o volume de negócios dos primeiros nove meses do ano totalizou 1,088 mil milhões de euros, mais 4% que no período homólogo. O EBITDA subiu 2% para 164 milhões de euros, com a margem a cair de 15,3% para os 15,1%.

A empresa atribui a queda da margem (a bruta desceu 4%) ao «aumento das exportações, da subida dos custos de combustível e resinas a nível global e ainda do custo da madeira, principalmente no Canadá e Brasil.

A Sonae Indústria adianta que os custos operacionais sofreram «o impacto negativo da subida dos preços do petróleo e do subsequente aumento dos custos de transporte».

Em Setembro deste ano a dívida líquida era de 579 milhões de euros, mais 3% que no período homólogo, mas menos 8 milhões de euros face ao final do segundo trimestre. Ainda assim a empresa reduziu os encargos financeiros em 42% para 31 milhões de euros.

Bianchi de Aguiar satisfeito com resultados quer Indústria no PSI-20

«Estou satisfeito com o desempenho da Sonae Indústria no terceiro trimestre», isto «apesar da previsão de uma conjuntura de mercado difícil para este período», refere Carlos Bianchi de Aguiar, Presidente da Comissão Executiva da empresa.

O mesmo responsável adianta que «a actividade da empresa foi influenciada pela fraca procura sentida nos países da Europa Central; todavia, estima-se uma melhoria para o quarto trimestre de 2005».

Após a cisão da Sonae SGPS, uma operação já aprovada pelo Conselho de Administração da empresa, a Sonae Indústria passará a ter um «free float» de 37,63%, com a Efanor (de Belmiro de Azevedo) a deter 51,28% e a Sonae SGPS a controlar 6,68%.

«Esta operação é um marco importante, uma vez que o aumento do free-float, actualmente inferior a 3%, irá proporcionar à Sonae Indústria uma maior visibilidade no mercado de capitais», refere Carlos Bianchi de Aguiar, esperando que «a Sonae Indústria seja uma das poucas empresas industriais a constar no principal índice da bolsa portuguesa: o PSI 20».

Nas perspectivas para o resto do ano a Sonae Indústria afirma que «não se antecipam para o futuro próximo alterações de relevo na capacidade de produção e considerando que existe um efeito sazonal positivo no quarto trimestre quando comparado com o

terceiro trimestre, estimamos que as vendas e o EBITDA no quarto trimestre recuperem para os níveis do segundo trimestre».

«Os preços do petróleo continuam a ser uma preocupação para a nossa actividade e um aumento contínuo terá um impacto negativo na rendibilidade», acrescenta.
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