Só estive a ler isto hoje, tenho andado muito ocupado com assuntos profissionais e últimamente boa parte das noticias têm-me passado ao lado.
Nas discussões todos têm sempre razão porque cada um defende a sua opinião e a liberdade que possuimos hoje (os nossos Pais não podem dizer o mesmo) permite-nos expô-la públicamente, desde que haja respeito mútuo (o que se verificou aqui) é sempre bom discutir!
Gostei de todas as opiniões nomeadamente a discussão entre o Incognitus (já é uma marca), Jack, NMG e outros, mas gostei particularmente da transcrição do Surfer no que diz respeito a "um Professor que acha que merce tratamento diferenciado por ter uma profissão Nobre" e do Alvo quando conta o "dia a dia do seu amigo que trabalhava numa repartição no Terreiro do Paço"
Por estes dois últimos comentários podemos avaliar melhor porque razão Portugal mergulhou nesta crise economica e social, estas duas vertentes estão interligadas porque se Portugal estivesse bem económicamente não se punha em causa se fulano A ou B trabalha pouco e ganha muito, é como numa Empresa, os colegas só reparam que o funcionário X ou mesmo o Patrão comprou um carro novo quando a Empresa está em crise.
O comentário acerca da "Nobreza" numa profissão mostra claramente que ainda somos um País de Doutores e Engenheiros, há licenciados que até se sentem insultados quando alguém os trata por Sr. em vez de Dr., o estatuto de superioridade ainda permanece na mente das pessoas porque há relativamente poucos anos o nosso povo tinha uma taxa de analfabetismo enorme, neste momento está a haver um "choque" social provocado pela crise económica que mais tarde ou mais cedo tinha de acontecer e para o bem de todos nós é bom que se denuncie e questione.
A descrição do dia a dia do funcionário público que o Alvo contou não choca ninguém porque todos nós sabemos que boa parte dos funcionários públicos fazem mais ou menos aquele tipo de vida, e na maioria das atender um cidadão com problemas é uma grande chatice, daí o facto de muitas vezes o cidadão ser atendido com algum desprezo, lógicamente do há bons funcionários públicos mas são uma minoria.
Já questionei alguns funcionários públicos administrativos (sector que conheço melhor) dessa hostilidade por parte do povo e depois de ouvi-los percebi perfeitamente que não é bem assim, há muita coisa por trás de uma classe profissional que foi construída ao longo dos anos, desde um funcionário recusar-se a fazer determinado serviço porque não é da categoria dele, a direito de recusa de formação porque acha que já não tem idade para isso (aconteceu recentemente com informática), desde incutir uma cultura de superioridade em relação aos novos colegas por causa dos anos de serviço e chegando ao ponto de advertir um colega mais novo para trabalhar com mais calma senão começa a dar muito nas vistas.
Há muitos vícios na nossa sociedade que estão condenados a desaparecer com o tempo, há um grande fosso entre a classe rica e a classe pobre, entre quem gera riqueza e quem administra essa mesma riqueza, o povo tem mais cultura, começa a ser mais exigente e a pedir explicações ao Estado, a meu ver com o tempo a forma actual de Governar irá esgotar-se, só quando houver equidade entre a função pública e a privada quer em direitos quer em obrigações o nosso País será competitivo em todos os sectores.
Agora eu pergunto, será fácil para o Governante mudar isto tudo de um dia para o outro? Eu já disse que não votei neste Governo, mas concordo com a frase do Jameson acima transcrita, é preciso ter um pulso muito forte para fazer o que ele já tentou fazer, alguns sectores que se consideravam intocáveis (recordo por exemplo as forças armadas) começaram a ver que os seus direitos adquiridos ao longo dos anos começam a ser insustentáveis face à situação actual do País.
É o próprio povo que se está a revoltar contra diferenças de tratamento tão grandes, não vejo porque razão um funcionário público está mais incapacitado fisicamente aos 55 ou 60 anos do que um trolha que anda à chuva e ao sol tem de trabalhar até aos 65 anos ou do que um investidor na bolsa que convive diariamente com o elevadíssimo stress, não compreendo porque uns têm comparticipação maior nos exames e tratamento médicos do que outros, não compreendo esta desigualdade social muito menos a mentalidade do tal “Nobre" que pensa que é um Senhor Feudal, só num País pobre de espírito para a palavra “Doutor” ter a importância que tem.
Até acho muito bem que todos lutem pelos seus direitos adquiridos, por muito injustos que sejam para quem os questiona, deve haver liberdade de todos os intervenientes terem voz e usarem os meios de luta legais (sublinho legais) que tiverem ao dispor sem pôr em causa os serviços mínimos indispensáveis para o funcionamento do País, acredito que com o tempo luta entre as forças (Governo, função publica e função privada) encontrão um ponto de equilíbrio económico e social que resultará em melhores serviços prestados à comunidade e os mais bem remunerados serão aqueles que derem provas do seu bom desempenho, ao longos dos séculos, a disputa entre classes sociais encontraram sempre solução e a meu ver esta “revolução” é bem vinda.
Quanto à Senhora Susana Dutra (mulher bonita o que é raro naqueles lados) que provocou esta discussão, não é ela que está a ser bem paga, NÓS é que estamos a ser mal pagos, se calhar ela merece o que vai ganhar, outro problema que nós temos é não remunerar convenientemente que é bom, é preciso distinguir os bons dos maus profissionais, pagar a quem merece senão continuaremos a ver os nossos cérebros a irem para o Estrangeiro porque cá não lhes damos o devido valor, é preciso dar oportunidade a quem é bom, não porque fala bem ou tem uma “cunha” e acima de tudo atribuir responsabilidades daquilo que faz.
Bom fim de semana
Nas discussões todos têm sempre razão porque cada um defende a sua opinião e a liberdade que possuimos hoje (os nossos Pais não podem dizer o mesmo) permite-nos expô-la públicamente, desde que haja respeito mútuo (o que se verificou aqui) é sempre bom discutir!
Gostei de todas as opiniões nomeadamente a discussão entre o Incognitus (já é uma marca), Jack, NMG e outros, mas gostei particularmente da transcrição do Surfer no que diz respeito a "um Professor que acha que merce tratamento diferenciado por ter uma profissão Nobre" e do Alvo quando conta o "dia a dia do seu amigo que trabalhava numa repartição no Terreiro do Paço"
Por estes dois últimos comentários podemos avaliar melhor porque razão Portugal mergulhou nesta crise economica e social, estas duas vertentes estão interligadas porque se Portugal estivesse bem económicamente não se punha em causa se fulano A ou B trabalha pouco e ganha muito, é como numa Empresa, os colegas só reparam que o funcionário X ou mesmo o Patrão comprou um carro novo quando a Empresa está em crise.
O comentário acerca da "Nobreza" numa profissão mostra claramente que ainda somos um País de Doutores e Engenheiros, há licenciados que até se sentem insultados quando alguém os trata por Sr. em vez de Dr., o estatuto de superioridade ainda permanece na mente das pessoas porque há relativamente poucos anos o nosso povo tinha uma taxa de analfabetismo enorme, neste momento está a haver um "choque" social provocado pela crise económica que mais tarde ou mais cedo tinha de acontecer e para o bem de todos nós é bom que se denuncie e questione.
A descrição do dia a dia do funcionário público que o Alvo contou não choca ninguém porque todos nós sabemos que boa parte dos funcionários públicos fazem mais ou menos aquele tipo de vida, e na maioria das atender um cidadão com problemas é uma grande chatice, daí o facto de muitas vezes o cidadão ser atendido com algum desprezo, lógicamente do há bons funcionários públicos mas são uma minoria.
Já questionei alguns funcionários públicos administrativos (sector que conheço melhor) dessa hostilidade por parte do povo e depois de ouvi-los percebi perfeitamente que não é bem assim, há muita coisa por trás de uma classe profissional que foi construída ao longo dos anos, desde um funcionário recusar-se a fazer determinado serviço porque não é da categoria dele, a direito de recusa de formação porque acha que já não tem idade para isso (aconteceu recentemente com informática), desde incutir uma cultura de superioridade em relação aos novos colegas por causa dos anos de serviço e chegando ao ponto de advertir um colega mais novo para trabalhar com mais calma senão começa a dar muito nas vistas.
Há muitos vícios na nossa sociedade que estão condenados a desaparecer com o tempo, há um grande fosso entre a classe rica e a classe pobre, entre quem gera riqueza e quem administra essa mesma riqueza, o povo tem mais cultura, começa a ser mais exigente e a pedir explicações ao Estado, a meu ver com o tempo a forma actual de Governar irá esgotar-se, só quando houver equidade entre a função pública e a privada quer em direitos quer em obrigações o nosso País será competitivo em todos os sectores.
Jameson Escreveu: Tem aquela teimosia e feitio de levar a dele avante apesar das criticas....faz-me lembrar o Cavaco
Agora eu pergunto, será fácil para o Governante mudar isto tudo de um dia para o outro? Eu já disse que não votei neste Governo, mas concordo com a frase do Jameson acima transcrita, é preciso ter um pulso muito forte para fazer o que ele já tentou fazer, alguns sectores que se consideravam intocáveis (recordo por exemplo as forças armadas) começaram a ver que os seus direitos adquiridos ao longo dos anos começam a ser insustentáveis face à situação actual do País.
É o próprio povo que se está a revoltar contra diferenças de tratamento tão grandes, não vejo porque razão um funcionário público está mais incapacitado fisicamente aos 55 ou 60 anos do que um trolha que anda à chuva e ao sol tem de trabalhar até aos 65 anos ou do que um investidor na bolsa que convive diariamente com o elevadíssimo stress, não compreendo porque uns têm comparticipação maior nos exames e tratamento médicos do que outros, não compreendo esta desigualdade social muito menos a mentalidade do tal “Nobre" que pensa que é um Senhor Feudal, só num País pobre de espírito para a palavra “Doutor” ter a importância que tem.
Até acho muito bem que todos lutem pelos seus direitos adquiridos, por muito injustos que sejam para quem os questiona, deve haver liberdade de todos os intervenientes terem voz e usarem os meios de luta legais (sublinho legais) que tiverem ao dispor sem pôr em causa os serviços mínimos indispensáveis para o funcionamento do País, acredito que com o tempo luta entre as forças (Governo, função publica e função privada) encontrão um ponto de equilíbrio económico e social que resultará em melhores serviços prestados à comunidade e os mais bem remunerados serão aqueles que derem provas do seu bom desempenho, ao longos dos séculos, a disputa entre classes sociais encontraram sempre solução e a meu ver esta “revolução” é bem vinda.
Quanto à Senhora Susana Dutra (mulher bonita o que é raro naqueles lados) que provocou esta discussão, não é ela que está a ser bem paga, NÓS é que estamos a ser mal pagos, se calhar ela merece o que vai ganhar, outro problema que nós temos é não remunerar convenientemente que é bom, é preciso distinguir os bons dos maus profissionais, pagar a quem merece senão continuaremos a ver os nossos cérebros a irem para o Estrangeiro porque cá não lhes damos o devido valor, é preciso dar oportunidade a quem é bom, não porque fala bem ou tem uma “cunha” e acima de tudo atribuir responsabilidades daquilo que faz.
Bom fim de semana