Qual verde como a hortelã... vermelhinho como os bagos da romã!!!
E a tal nuvem negra desabou... e o lucro se esfumou!
Bem, não ainda todo, longe disso, que eu mantenho sempre acesa a chama sagrada da esperança! O pior é que me consta que a dita não é considerada muito benéfica aqui no trading...
Ou seja, com a quebra do tal suporte do DAX nos 4826 pontos, lá tive que me começar a desfazer de algumas posições longas. Mas ainda mantive bastantes, que os americanos poderiam esverdear ao fim da tarde, a gente nunca sabe o que eles vão fazer... Esperança vã, agora vejo, que não só foram de mal a pior como até depois do fecho o vermelho sanguinolento parece ainda alastrar cada vez mais e mais... Não sei mesmo o que lhes deu, que diacho aconteceu!
Mas como tudo contém sempre uma lição e algo de positivo que podemos aproveitar, resolvi fazer finalmente aquilo que já devia integrar a minha agenda diária quando me atrevi a trilhar esta via bem tortuosa do trading. Ou seja, um plano simples de money management que me deixe a salvo, o mais possível, de descalabros e rombos financeiros importantes, como aquele que já começou e se avizinhava há vários dias atrás.
Assim, e independentemente das considerações – de AT, AF ou outras – que me possam levar a entrar num trade, devo saber de antemão o capital máximo que posso alocar a essa posição e também o limite de risco permitido, isto é, a partir de que montante devo sair obrigatoriamente de um trade perdedor. Há muito que eu ouvia falar nisto, mas até agora... nada!... ouvidos de mercador, que eu sou um ganhador!
Pois bem, hoje à noite estabeleci algumas regras básicas que vou seguir religiosamente, de modo a evitar flutuações demasiado bruscas na minha rentabilidade, por forma a que esta não seja muito afectada negativamente pelos negócios que não corram pelo melhor.
Assim, e considerando que o meu investimento se divide por acções – dos mercados português e americano – e warrants sobre diversos activos – índices, acções e brevemente o mercado cambial – não vou alocar mais de 20% aos produtos de maior risco, os warrants, podendo ficar os restantes 80% para as acções e ainda uma pequena parte em cash sempre disponível, no mínimo 500 euros, idealmente 1000. Aqui, não estabeleço nenhuma percentagem, mas antes um valor absoluto que, de facto, é até bastante pequeno relativamente ao capital total, já que não representa sequer 5% deste. Mas como eu gosto de estar sempre investido, na ânsia de tudo valorizar... e rápido!
Quanto aos warrants normais ou vanilla, não posso ter em qualquer um mais de 5% do meu capital, nem mais de 10% investidos simultaneamente sobre um mesmo subjacente. Nos turbos, o valor máximo alocado é de 2,5% do capital. Em qualquer dos casos, e independentemente do preço, não é permitida qualquer compra superior a 10 000 vanilla ou 1000 TW, para o mesmo warrant.
Quanto às acções, 15% é o maior limite permitido em cada posição. Tal significa, por exemplo, que não devo estar investido em mais de 5 acções ao mesmo tempo, caso utilize todo o capital disponível para cada uma delas. Também aqui há um limite de 10 000 acções para cada activo, que não pode ser ultrapassado, com a excepção das penny stocks de preço inferior a 10 cêntimos, para as quais é admissível a aquisição até 25 000.
Tanto nos warrants como nas acções, é permitido reforçar a posição, e tanto a um preço superior ou inferior – o famoso preço "médio" – desde que os 5% ou 15% não sejam ultrapassados, ou seja, se a posição inicial foi constituída com um valor inferior. Mas isto só pode ser feito uma única vez, justamente por forma a impedir uma sobreponderação de qualquer activo no total da carteira: os limites de 5% ou 15% devem ser integralmente respeitados!
Por fim, a parte mais importante consiste na definição do risco ou perda máxima que considero aceitável e posso assumir. Para já, resolvi limitá-la a 1,5% do capital total, considerando os montantes envolvidos em cada transação. Tal significa, grosso modo, que nas acções admito uma desvalorização de 10% (stop loss), enquanto nos warrants sou mais generoso, já que a um lucro potencial superior pode também corresponder uma perda proporcionalmente maior. Assim, disponho-me a suportar menos-valias até 30% nos warrants normais e 60% nos turbo.
De notar, que não é necessário que estes limites sejam atingidos, obviamente, já que aí entram outras considerações de ordem técnica ou fundamental para validar ou não as razões que originaram o assumir do trade, em primeiro lugar.
Importa também salientar, que no início de cada trade estará já calculada a perda máxima tolerada, com indicação do respectivo stop loss. Deste modo, vou criar uma nova coluna na tabela do Excel com esses valores, que devem ser monitorizados diariamente.
Numa consideração final, posso acrescentar que nestes 3 meses, desde finais de Julho, sofri já 2 reveses importantes que me levaram a maior parte dos lucros até então conseguidos, perdas que recuperei muito rapidamente nos dias seguintes, felizmente. Em ambos os casos, não respeitei o bom equilíbrio entre o valor investido no trade e o capital total, com o consequente desastre.
Da primeira vez, assumi uma posição fortíssima num TW, reforçando por 2 vezes, a um preço mais baixo, a compra inicial, até deter uma posição superior a 5000 turbos que teve de ser liquidada já muito perto do KO com um prejuízo enorme de quase 80%. A partir daí, limitei a 2000 a quantidade máxima de qualquer TW, mas agora vou reduzir ainda mais esse limite para os 1000, o que, aliás, já venho fazendo desde há algumas semanas.
A segunda vez, o erro deu-se com a compra de uma acção americana, que reforcei por 4 vezes

até ter investido quase metade do capital só nesse título!!! Embora neste caso a perda não chegasse aos 15%, o rombo na carteira foi também enorme, devido ao peso desproporcionado desse mau investimento.
Depois tornei-me mais cauteloso, tendo inclusive tido 2 séries notáveis de negócios consecutivos com lucro – 23 de uma vez e 33 de outra – até que agora a "desgraça" de novo bate à porta. Logo, é reforçar as trancas para ela não mais entrar! Bem, no mínimo dificulta-se-lhe a vida, sempre é um modo de prevenir prejuízos indesejáveis...
O último dia da semana não se antevê favorável, com mais vendas forçadas, quase pela certa. Ora bem, começa-se de novo no mês que se avizinha, muito mais bem preparado e fortalecido com estas saudáveis e imprescindíveis lições! E muito em breve, espero, estará refeita a rentabilidade agora arrombada... que a porta já está (bem) fechada... I hope!
E para todos aqueles mais assisados e prevenidos, mil felicitações... mas guardem bem os milhões!
Still... every day is wonderful anyway!!!
And for another one I pray...
Rui leprechaun
PS: Hoje até o Nikkei chora, talvez uma boa oportunidade para recomprar mais barato o warrant ontem vendido... ora!
