Carros económicos são os que mais sofrem com o IA
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Garfield, aumenta sim e isso já é bem visível nas vendas em Portugal (pois a diferença já se está a esbater há alguns anos).
Antes a gama mais vendida era a dos utilitários (Clio, Punto, Fiesta, Corsa, 206, etc), agora já é a gama média (Golf, Astra, Megane, 307, etc).
A fiscalidade ainda é bastante favorável às pessoas de menores posses. Aliás, mais grave talvez seja o facto de a fiscalidade sobre os combustíveis ser absurda (pois afecta todos quase por igual!).
Antes a gama mais vendida era a dos utilitários (Clio, Punto, Fiesta, Corsa, 206, etc), agora já é a gama média (Golf, Astra, Megane, 307, etc).
A fiscalidade ainda é bastante favorável às pessoas de menores posses. Aliás, mais grave talvez seja o facto de a fiscalidade sobre os combustíveis ser absurda (pois afecta todos quase por igual!).
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein
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Nao me parece que aproximando os preços de um gama baixa e de um gama alta resulte na compra de mais veiculos da gama alta.
Parece sim obvio que com o actual poder de compra o resultado seja a menor venda de veiculos de gama baixa agravando por isso a diferença entre os que tudo podem ter e os que quase nada conseguem ter.
Parece sim obvio que com o actual poder de compra o resultado seja a menor venda de veiculos de gama baixa agravando por isso a diferença entre os que tudo podem ter e os que quase nada conseguem ter.
Garfied, isso pelo menos faz mais sentido, já que os carros económicos são muito menos taxados que os outros, o que é um desequilíbrio que já vem de anos atrás e não faz muito sentido (pois é preferível que sejam mais equilibrados, de forma a que em média as pessoas comprem carros melhores).
O que já não faz sentido nenhum é uma componente "ambiental" que taxaria até carros sem emissões! Isso mostra a fome do monstro.
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Re: Carros económicos são os que mais sofrem com o IA
Surfer Escreveu:As contas da ACAP apontam para um agravamento de 7,7% da carga fiscal se o novo imposto fosse aplicado aos seis modelos de cada segmento mais vendidos até Setembro deste ano. No total dos 42 veículos analisados, os mais atingidos são o segmento económico (+16,2%) e os todo-o-terreno (+15,5%). Já os menores aumentos vão para os carros de luxo (5,6%) e o segmento médio/superior (6%).
É incrivel como conseguem sempre esta situação tão conveniente!
Ai povo povo que andas tão desatento...
Pelas novas tabelas, os veículos até 140 g/km (gasolina) e 120 g/km (gasóleo) são taxados com 1,72 e 3,83 euros, respectivamente, e mesmo que, por hipótese meramente académica, existisse algum sem emissões de CO2 não ficaria isento.
Este pormenor diz bem da fome do monstro. E de que qualquer coisa ligada ao ambiente é apenas mais uma desculpa para alimentar a fome.
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Carros económicos são os que mais sofrem com o IA
A alteração à fórmula de cálculo do Imposto Automóvel (IA) prevista na proposta do Orçamento do Estado para 2006 vai agravar a tributação da esmagadora maioria dos veículos. Dos 3335 ligeiros de passageiros comercializados em Portugal analisados, apenas 181 (5,43%) irão pagar menos IA do que anteriormente, com reduções que variam entre 0,02% e 4,4%. Todos os restantes sofrem aumentos, que vão de 0,05% a 108,7%, de acordo com dados da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP) a que o DN teve acesso.
Mas tem mais. Os veículos que terão um IA mais baixo do que em 2005 situam-se todos acima dos 1300 centímetros cúbicos de cilindrada. Ou seja, os carros dos chamados segmentos económico (A) e inferior (B), que representam 40% das vendas totais, ficarão a pagar mais IA do que actualmente.
Nem mesmo os veículos menos poluentes, com níveis de emissões de dióxido de carbono (CO2) na ordem dos 80 gramas por quilómetro (g/km) escapam aos aumentos. Apesar de a introdução na fórmula de cálculo do imposto de uma componente ambiental dever supostamente beneficiar os veículos menos poluentes, a alteração acaba por penalizar até os mais limpos para o ambiente. É o caso, por exemplo, do Volkswagen Lupo 1.2 TDI - com motor de três litros e três portas -, que irá pagar mais 167 euros (8,2%), apesar das emissões de CO2 se situarem em 81 g/km, conforme a homologação da Direcção-Geral de Viação (DGV). Já para não falar nos Smart, com agravamentos de 53,9% (mais 307 euros), nos modelos a diesel com 799 cc e 90 g/km de CO2, e que chegam a atingir os 108,1% (mais 209 euros), nos modelos a gasolina com 698 cc e 127 g/km de CO2. Isto quando o objectivo da Comissão Europeia se fixa em 140 g/km para 2008 e a meta de 120 g/km inicialmente prevista para 2012 é já encarada como irrealista.
Contas feitas aos 3335 veículos analisados pela ACAP, o resultado é um aumento médio de 9,2% do IA, com a introdução, a partir de 1 de Julho de 2006, de taxas segundo os escalões de CO2. Verifica-se também que estas são mais penalizantes para os veículos a gasóleo do que para os movidos a gasolina, ainda que os primeiros possam estar já equipados com filtros de partículas e serem tão, ou até menos, prejudiciais para o ambiente do que os segundos. Outra constatação, que não faz muito sentido, é todos os veículos serem tributados com a componente ambiental. Pelas novas tabelas, os veículos até 140 g/km (gasolina) e 120 g/km (gasóleo) são taxados com 1,72 e 3,83 euros, respectivamente, e mesmo que, por hipótese meramente académica, existisse algum sem emissões de CO2 não ficaria isento.
Por outro lado, parece difícil que se confirme a promessa do Governo de que "o novo modelo de tributação do IA não provocará um aumento da carga fiscal no sector, registando-se apenas uma redistribuição de modo a estimular opções mais amigas do ambiente", conforme a resolução do Conselho de Ministros de 22 de Setembro. A própria proposta de OE para 2006 prevê um acréscimo de 3,5% da receita com IA no próximo ano, ainda que as vendas devam ser idênticas ou mesmo inferiores às de 2005 e a alteração do imposto só incida na segunda metade do ano.
As contas da ACAP apontam para um agravamento de 7,7% da carga fiscal se o novo imposto fosse aplicado aos seis modelos de cada segmento mais vendidos até Setembro deste ano. No total dos 42 veículos analisados, os mais atingidos são o segmento económico (+16,2%) e os todo-o-terreno (+15,5%). Já os menores aumentos vão para os carros de luxo (5,6%) e o segmento médio/superior (6%).
Mas tem mais. Os veículos que terão um IA mais baixo do que em 2005 situam-se todos acima dos 1300 centímetros cúbicos de cilindrada. Ou seja, os carros dos chamados segmentos económico (A) e inferior (B), que representam 40% das vendas totais, ficarão a pagar mais IA do que actualmente.
Nem mesmo os veículos menos poluentes, com níveis de emissões de dióxido de carbono (CO2) na ordem dos 80 gramas por quilómetro (g/km) escapam aos aumentos. Apesar de a introdução na fórmula de cálculo do imposto de uma componente ambiental dever supostamente beneficiar os veículos menos poluentes, a alteração acaba por penalizar até os mais limpos para o ambiente. É o caso, por exemplo, do Volkswagen Lupo 1.2 TDI - com motor de três litros e três portas -, que irá pagar mais 167 euros (8,2%), apesar das emissões de CO2 se situarem em 81 g/km, conforme a homologação da Direcção-Geral de Viação (DGV). Já para não falar nos Smart, com agravamentos de 53,9% (mais 307 euros), nos modelos a diesel com 799 cc e 90 g/km de CO2, e que chegam a atingir os 108,1% (mais 209 euros), nos modelos a gasolina com 698 cc e 127 g/km de CO2. Isto quando o objectivo da Comissão Europeia se fixa em 140 g/km para 2008 e a meta de 120 g/km inicialmente prevista para 2012 é já encarada como irrealista.
Contas feitas aos 3335 veículos analisados pela ACAP, o resultado é um aumento médio de 9,2% do IA, com a introdução, a partir de 1 de Julho de 2006, de taxas segundo os escalões de CO2. Verifica-se também que estas são mais penalizantes para os veículos a gasóleo do que para os movidos a gasolina, ainda que os primeiros possam estar já equipados com filtros de partículas e serem tão, ou até menos, prejudiciais para o ambiente do que os segundos. Outra constatação, que não faz muito sentido, é todos os veículos serem tributados com a componente ambiental. Pelas novas tabelas, os veículos até 140 g/km (gasolina) e 120 g/km (gasóleo) são taxados com 1,72 e 3,83 euros, respectivamente, e mesmo que, por hipótese meramente académica, existisse algum sem emissões de CO2 não ficaria isento.
Por outro lado, parece difícil que se confirme a promessa do Governo de que "o novo modelo de tributação do IA não provocará um aumento da carga fiscal no sector, registando-se apenas uma redistribuição de modo a estimular opções mais amigas do ambiente", conforme a resolução do Conselho de Ministros de 22 de Setembro. A própria proposta de OE para 2006 prevê um acréscimo de 3,5% da receita com IA no próximo ano, ainda que as vendas devam ser idênticas ou mesmo inferiores às de 2005 e a alteração do imposto só incida na segunda metade do ano.
As contas da ACAP apontam para um agravamento de 7,7% da carga fiscal se o novo imposto fosse aplicado aos seis modelos de cada segmento mais vendidos até Setembro deste ano. No total dos 42 veículos analisados, os mais atingidos são o segmento económico (+16,2%) e os todo-o-terreno (+15,5%). Já os menores aumentos vão para os carros de luxo (5,6%) e o segmento médio/superior (6%).
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