E lá foi o orçamento aprovado, destaco o facto do valor das exportações que eu questionei quando dei vista de olhos mal saiu a proposta de O.E. que pelos vistos também foi falado e pode provocar (o mais certo) Orçamento Rectificativo.
PORTUGAL Sexta, 11 de Novembro de 2005 15:11 h
• OE2006
Aprovação com votos favoráveis da maioria
O Orçamento de Estado de 2006 foi aprovado, esta sexta-feira, com os votos favoráveis de toda a bancada do PS e os votos contra da oposição. A sessão ficou marcada pelo ataque da oposição ao facto de o ministro da Economia não ter falado no Parlamento esta sexta-feira.
( 12:30 / 11 de Novembro 05 )
Os votos da maioria socialista foram suficientes para a aprovação do Orçamento de Estado de 2006 na generalidade, numa sessão marcada pelos ataques de grande parte da oposição à “ausência” no Parlamento do ministro da Economia.
PCP, CDS-PP e Bloco de Esquerda criticaram o facto de Manuel Pinho não ter feito qualquer intervenção na sessão desta sexta-feira, acusando-o de fugir ao debate.
«O senhor ministro da Economia fugiu ao debate! É que, não obstante a propaganda, este Orçamento não promove o investimento nem promove o crescimento da riqueza», afirmou o deputado comunista Honório Novo.
A bancada do CDS-PP também não deixou passar em claro o facto, garantindo que «vai continuar em busca do ministro da Economia perdido».
«Este foi um debate original: o principal debate sobre matéria financeira e económica teve um grande ausente, o ministro da Economia. Até à cimeira ibérica, o mistério sobre esta política não vai ficar resolvido», disse Diogo Feyo.
O líder parlamentar do Bloco de Esquerda Luís Fazenda, de forma irónica, considerou «adequada» a atitude do ministro Manuel Pinho, uma vez que a «política económica está de facto ausente deste Orçamento».
As críticas ao OE2006 centraram-se ainda na eventual necessidade de um Orçamento Rectificativo caso falhe a previsão do crescimento de 5,7 por cento nas exportações.
«Se falhar esta previsão tudo poderá ruir como um baralho de cartas. Um Orçamento Rectificativo com novos cortes sociais na educação, na saúde e nas prestações sociais ou no cálculo e idade das reformas dará certamente entrada nesta Assembleia», previu Honório Novo.
Na sua intervenção, Diogo Feyo aproveitou ainda para questionar a confiança num orçamento onde «quase tudo é triste, quase tudo é fado», ao passo que Luís Fazenda acusou o Estado de «ser rufia para os pequeninos, que só não se mete com os do seu tamanho».
«Não falta coragem ao Governo para enfrentar 'lobbies' temíveis e poderosos como o dos reformados ou o dos beneficiários do rendimento social de inserção. Para esses o levantamento do sigilo é imediato», afirmou o parlamentar do BE, que lamentou a não tomada desta atitude em relação à banca e às grandes empresas.
(TSF)
