Karamba Escreveu:Concordo com muito daquilo que referes, mas o direito à diferença é assim mesmo. Somos dos mais pobres da europa. Que se lixe, mas se calhar somos mais felizes que os riquérrimos nórdicos, que são CINZENTOS até dizer chega. Sãos uns tristes coitados.
Essa é a tua opinião, a minha é diferente. Eu que já tive oportunidade de viver e conviver (EUA) com mentalidades e costumes bem diferentes da nossa lusitana, que ferquentemente viajo por esse mundo fora nomeadamente pela Europa devido á minha profissão, não é isso que vejo e sinto. Tristeza como a nossa não há, pior que este cruel sentimento é saber que somos parte intregante de uma comunidade europeia de 1º mundo e agimos segundo uma mentalidade provinciana, carente de objectividade e de conteudos e com preconceitos e vicios de 3ºmundo.
Se a felicidade deles é "cinzenta" a nossa é "negra", somos um mau exemplo para a Europa e para o resto do mundo, um pais "entalado" entre o 1º e 3º mundo, que confunde a propria identidade, somos a VERGONHA da Europa!
Isto não me deixa feliz, nem me consola a alma o facto de procurar nos defeitos dos Outros as nossas forças.
Isso não é o que eu quero para o meu pais e ainda sonho com um pais de «face lavada», com outra força, outra ambição e diferente do actual marasmo. Mas não conto com esta mentalidade doentia e fedorenta de vicios e direitos adquiridos.
O unico e só direito que possuimos, é o direito à vida e só, todo o resto tem que ser "conquistado" com vontade e ambição. Até o mais básico e nobre direito de uma sociedade democrática só é possivel com luta e essa é a Liberdade!
Karamba Escreveu:Sobre o "velhote"; é muito desilegante falar assim de uma pessoa a quem a democracia portuguesa tanto deve. E se pensas que o Aníbal tem algum coelho na cartola, desengana-te. Já há muitos anos deixei de ser laranja. Eles e os rosas comem todos à mesma mesa ...
Eu não pretendi, nem pretendo politizar a questão, nem tão pouco puxei o sentimentalismo em relação à questão.
Aqui não é importante o passado e o peso da personagem na nossa história recente, concorde-se ou não, goste-se ou não, o essencial e o importante é o futuro para o pais, independente das personagens e seu passado.
Eu não gosto nem me revejo nessa expressão «...a quem a democracia portuguesa tanto deve...» independente da personagem, porque acredito que devemos valorizar o que fazemos pelo nosso pais sem pedir nada em troca, os proveitos viram com o esforço de todos e para todos em prol da nação.
O que o dito "velhote" fez pela liberdade, fe-lo com ajuda e o esforço de muitos, não fez nada sozinho e fundamentalmente o que fez, não foi mais do que corresponder ao desejo de uma nação, caso contrário nunca o teria feito. Teve a oportunidade e a inteligência e aproveitou, caso contrário outro no seu lugar teria correspondido á vontade do povo.
Isto para lhe dizer que entendo que este pais nada deve a Soares, ao Anibal ou a qualquer individuo por mais destaque que conquiste. O que todos devemos é ao pais e não o contrário, é essa a verdadeira razão de existirmos como nação livre e democrática, são esses os valores que deveremos respeitar e lutar.
Na minha humilde opinião, a candidatura de Soares é um mau exemplo e indicador para o pais, ele teve o seu tempo e a sua contribuição na formação da nossa sociedade (hoje são bem visiveis os resultados) concorde-se ou não. A sua candidatura e possivelmente também a de Cavaco valida de certa forma esta percária e fedorenta classe politica actual, embora Cavaco ainda tenha oportunidade e perfil de impor rigor, valores e sentido de estado hà muito afastado ou quase nunca existentes na nossa sociedade.
O que Soares faria a bem da nação era dizer.... «Não! Não contem comigo. Não por eu ser velho, mas porque foram voçês que criaram e alimentaram este "pantano" ideológico e social na Nação e é a vocês que cabe a responsabilidade de encontrar a solução! Lutem como eu já lutei!».
Enfim, não merecemos mais do que isto!
Cumps