JP Morgan inicia cobertura da Jerónimo Martins com preço-alv
JP Morgan inicia cobertura da Jerónimo Martins com preço-alvo de 13 euros
09/09/2005 14:17
Biedronka está subavaliada no mercado JP Morgan inicia cobertura da Jerónimo Martins com preço-alvo de 13 euros
A JP Morgan iniciou a cobertura das acções da Jerónimo Martins com uma recomendação de «overweight» e um preço-alvo de 13 euros. Os analistas consideram que o mercado não está a avaliar de forma justa o valor da Biedronka, a unidade polaca da segunda maior retalhista portuguesa.
Num «research» de hoje, o banco de investimento norte-americano diz que há duas questões chave na Jerónimo Martins (JM). Avaliar se o «confortável» mercado retalhista em Portugal vai continuar e, por outro lado, perceber se o mercado está a avaliar de forma justa o negócio na Polónia.
Ambas as questões merecem uma resposta negativa da JP Morgan, ou seja, a equipa de analistas do banco de investimento acredita que o mercado retalhista em Portugal vai ser mais agressivo e que o mercado não está dar o devido valor à Biedronka.
«Mas acreditamos que o potencial da unidade polaca mais que compensa o cenário mais sombrio para Portugal», referem.
A JP Morgan lembra que a Modelo Continente e a JM controlam 50% do mercado português, beneficiando do congelamento na atribuição de licenças para a abertura de novas lojas. Mas, a «nova legislação está a aumentar a capacidade [do sector], que provavelmente irá originar margens mais baixas na indústria». Adverte também que, em Portugal, o «ambiente macro-económico permanece desfavorável, com o aumento dos IVA e o desemprego teimosamente alto».
IPO na Polónia pode ajudar a aumentar valor
Acerca da Biedronka, a JP Morgan afirma que a empresa está «significativamente subavaliada pelo mercado».
A JP Morgan destaca o facto de a Biedronka, líder no retalho na Polónia, ser uma distribuidora do segmento de desconto e estar presente numa economia emergente e considera que a colocação da empresa em bolsa, pode demonstrar o valor latente do seu negócio.
A administração da Jerónimo Martins já admitiu realizar uma oferta pública inicial da Biedronka, apesar de a operação não estar iminente.
Para os analistas da JP Morgan, a Biedronka deveria receber a mesma atenção que os investidores estão a prestar à Pyaterochka, uma retalhista de desconto russa.
Esta companhia, que foi admitida recentemente na bolsa, transacciona com um múltiplo de 11x o EBITDA estimado para 2006. Para a avaliação da Biedronka a JP Morgan está a considerar um múltiplo de 9x.
É com este pressuposto que a JP Morgan chega à avaliação de 13 euros para a Jerónimo Martins, e o banco de investimento considera assim que a unidade polaca é a principal fonte de alteração na avaliação que tem para a JM.
Caso o múltiplo considerado para a Biedronka seja de 10x o EDITDA previsto para 2006, então o preço-alvo da JM sobe para 13,68 euros, uma cotação que já oferece um potencial de valorização de 15,4%.
As acções da Jerónimo Martins seguiam a subir 1,53% para os 11,94 euros.
09/09/2005 14:17
Biedronka está subavaliada no mercado JP Morgan inicia cobertura da Jerónimo Martins com preço-alvo de 13 euros
A JP Morgan iniciou a cobertura das acções da Jerónimo Martins com uma recomendação de «overweight» e um preço-alvo de 13 euros. Os analistas consideram que o mercado não está a avaliar de forma justa o valor da Biedronka, a unidade polaca da segunda maior retalhista portuguesa.
Num «research» de hoje, o banco de investimento norte-americano diz que há duas questões chave na Jerónimo Martins (JM). Avaliar se o «confortável» mercado retalhista em Portugal vai continuar e, por outro lado, perceber se o mercado está a avaliar de forma justa o negócio na Polónia.
Ambas as questões merecem uma resposta negativa da JP Morgan, ou seja, a equipa de analistas do banco de investimento acredita que o mercado retalhista em Portugal vai ser mais agressivo e que o mercado não está dar o devido valor à Biedronka.
«Mas acreditamos que o potencial da unidade polaca mais que compensa o cenário mais sombrio para Portugal», referem.
A JP Morgan lembra que a Modelo Continente e a JM controlam 50% do mercado português, beneficiando do congelamento na atribuição de licenças para a abertura de novas lojas. Mas, a «nova legislação está a aumentar a capacidade [do sector], que provavelmente irá originar margens mais baixas na indústria». Adverte também que, em Portugal, o «ambiente macro-económico permanece desfavorável, com o aumento dos IVA e o desemprego teimosamente alto».
IPO na Polónia pode ajudar a aumentar valor
Acerca da Biedronka, a JP Morgan afirma que a empresa está «significativamente subavaliada pelo mercado».
A JP Morgan destaca o facto de a Biedronka, líder no retalho na Polónia, ser uma distribuidora do segmento de desconto e estar presente numa economia emergente e considera que a colocação da empresa em bolsa, pode demonstrar o valor latente do seu negócio.
A administração da Jerónimo Martins já admitiu realizar uma oferta pública inicial da Biedronka, apesar de a operação não estar iminente.
Para os analistas da JP Morgan, a Biedronka deveria receber a mesma atenção que os investidores estão a prestar à Pyaterochka, uma retalhista de desconto russa.
Esta companhia, que foi admitida recentemente na bolsa, transacciona com um múltiplo de 11x o EBITDA estimado para 2006. Para a avaliação da Biedronka a JP Morgan está a considerar um múltiplo de 9x.
É com este pressuposto que a JP Morgan chega à avaliação de 13 euros para a Jerónimo Martins, e o banco de investimento considera assim que a unidade polaca é a principal fonte de alteração na avaliação que tem para a JM.
Caso o múltiplo considerado para a Biedronka seja de 10x o EDITDA previsto para 2006, então o preço-alvo da JM sobe para 13,68 euros, uma cotação que já oferece um potencial de valorização de 15,4%.
As acções da Jerónimo Martins seguiam a subir 1,53% para os 11,94 euros.