As Consequências da Crise no Petróleo
Petróleo passou barreira dos 60 dólares há 19 sessões consecutivas
Pedro Ferreira Esteves
O preço do petróleo já negoceia acima dos 60 dólares há 19 sessões consecutivas, mais precisamente desde o primeiro dia de Agosto.
Depois de ter registado um novo máximo histórico no mercado norte-americano, o preço do barril de crude sofreu uma ligeira correcção na sessão de ontem mas continuou pressionado perante as preocupações existentes em torno da passagem de tempestades tropicais pelo Golfo do México.
Em Nova Iorque, os contratos de futuros de curto prazo negociavam, ontem ao final do dia, nos 67,45 dólares por barril, depois de ter tocado por breves instantes os 68 dólares, um novo máximo desde a inauguração deste mercado em 1983. O Brent negociado em Londres seguia nos 66,24 dólares por barril, abaixo do recorde de 66,85 dólares testado no passado dia de 14 de Agosto.
Apesar das correcções, os analistas acreditam que o petróleo irá passar a fasquia dos 70 dólares a breve prazo. A última subida teve por base os receios de que as inúmeras produções petrolíferas situadas no Golfo do México sofressem uma interrupção na sequência da passagem de tempestades tropicais pela região.
“A falta de capacidade de produção adicional amplifica a reacção do preço a acontecimentos como os furacões no Golfo do México ou a interrupção da produção no Equador. Há cinco anos atrás não teria havido qualquer reacção ao problema equatoriano”, explicou ao Diário Económico, James Williams, analista norte-americano da WTRG Economics, em referência ao facto de existirem apenas um a 1,5 milhões de barris de produção adicional em termos globais.
Esta semana, os responsáveis da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) alertaram para os problemas de refinação e tensões geopolíticas na base da subida do preço do petróleo, sublinhando que estão a produzir o suficiente para cobrir as necessidades actuais dos mercados internacionais. Para James Williams, a explicação dos preços altos não está apenas na questão da refinação. “É mais o medo de um inverno rigoroso que está a conduzir o mercado. Os ‘stocks’ de distilados e crude estão mais fortes do que é habitual nesta época. As refinarias nos EUA estão a 93% da sua capacidade total, enquanto que o petróleo mundial encontra-se acima de 98% da sua capacidade”, explicou este especialista, acrescentando que “se houvesse mais dois a três milhões de barris por dia em produção excedentária os preços estariam abaixo dos 50 dólares por barril”.
Petróleo passou barreira dos 60 dólares há 19 sessões consecutivas
Pedro Ferreira Esteves
O preço do petróleo já negoceia acima dos 60 dólares há 19 sessões consecutivas, mais precisamente desde o primeiro dia de Agosto.
Depois de ter registado um novo máximo histórico no mercado norte-americano, o preço do barril de crude sofreu uma ligeira correcção na sessão de ontem mas continuou pressionado perante as preocupações existentes em torno da passagem de tempestades tropicais pelo Golfo do México.
Em Nova Iorque, os contratos de futuros de curto prazo negociavam, ontem ao final do dia, nos 67,45 dólares por barril, depois de ter tocado por breves instantes os 68 dólares, um novo máximo desde a inauguração deste mercado em 1983. O Brent negociado em Londres seguia nos 66,24 dólares por barril, abaixo do recorde de 66,85 dólares testado no passado dia de 14 de Agosto.
Apesar das correcções, os analistas acreditam que o petróleo irá passar a fasquia dos 70 dólares a breve prazo. A última subida teve por base os receios de que as inúmeras produções petrolíferas situadas no Golfo do México sofressem uma interrupção na sequência da passagem de tempestades tropicais pela região.
“A falta de capacidade de produção adicional amplifica a reacção do preço a acontecimentos como os furacões no Golfo do México ou a interrupção da produção no Equador. Há cinco anos atrás não teria havido qualquer reacção ao problema equatoriano”, explicou ao Diário Económico, James Williams, analista norte-americano da WTRG Economics, em referência ao facto de existirem apenas um a 1,5 milhões de barris de produção adicional em termos globais.
Esta semana, os responsáveis da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) alertaram para os problemas de refinação e tensões geopolíticas na base da subida do preço do petróleo, sublinhando que estão a produzir o suficiente para cobrir as necessidades actuais dos mercados internacionais. Para James Williams, a explicação dos preços altos não está apenas na questão da refinação. “É mais o medo de um inverno rigoroso que está a conduzir o mercado. Os ‘stocks’ de distilados e crude estão mais fortes do que é habitual nesta época. As refinarias nos EUA estão a 93% da sua capacidade total, enquanto que o petróleo mundial encontra-se acima de 98% da sua capacidade”, explicou este especialista, acrescentando que “se houvesse mais dois a três milhões de barris por dia em produção excedentária os preços estariam abaixo dos 50 dólares por barril”.