Caldeirão da Bolsa

Acções das petrolíferas europeias sobem 30% com crude em alt

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 23/8/2005 12:57

Empresas energéticas pressionam praças europeias
As bolsas europeias seguiam em queda, pressionadas pelo sector energético, que desvalorizava mais de 1%, devido aos receios que os elevados preços do petróleo penalizem o consumo das famílias e os resultados das empresas. O Dow Jones Stoxx 50 descia 0,87% para os 3.138,12 pontos.

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Paulo Moutinho


As bolsas europeias seguiam em queda, pressionadas pelo sector energético, que desvalorizava mais de 1%, devido aos receios que os elevados preços do petróleo penalizem o consumo das famílias e os resultados das empresas. O Dow Jones Stoxx 50 descia 0,87% para os 3.138,12 pontos.

Os preços do petróleo, que ontem subiram depois de uma falha de energia no Iraque obrigaram à suspensão das exportações dos terminais do sul do país, seguem pouco alterados, com os analistas a preverem um aumento nos inventários de crude nos EUA que serão divulgados amanhã.

O West Texas Intermediate (WTI) [Cot]

cotado em Nova Iorque seguia a valorizar 0,20% nos 65,78 dólares e o barril de «brent» [Cot] depreciava 0,02% em Londres, para os 64,49 dólares.

O francês CAC [Cot] seguia a desvalorizar 0,82% nos 4.448,96 pontos, pressionado pela farmacêutica Aventis que recuava 1,25% para os 70,90 euros e pela petrolífera Total que desvalorizava 1,23% nos 208,3 euros.

O IBEX [Cot] descia 0,62% para os 10.111,30 pontos, com a petrolífera Repsol a desvalorizar 0,79% para os 23,90 euros e o banco Santander descia 0,69% para os 10,06 euros.

O alemão DAX [Cot] negociava nos 4.941,69 pontos a desvalorizar 0,61%. A seguradora Allianz pressionava o índice com uma desvalorização de 1,37% para os 108,36 euros e o Deutsche Bank recuava 0,31% nos 71,68 euros.

Em Amesterdão o AEX [Cot] desvalorizava 0,45% para os 392,88 pontos com a Unilever a recuar 0,87% para os 56,75 euros e a petrolífera Shell depreciava 0,96% para os 51,40 seguindo a tendência do sector das energias.


O Footsie [Cot] depreciava 0,41% para os 5.296,50 pontos, com as petrolíferas BP e Shell a recuarem 0,71% e 0,61% respectivamente. A farmacêutica GlaxoSmithKline desvalorizava 0,67% nas 13,26 libras e o banco HSBC descia 0,50% para as 8,99 libras.
 
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Acções das petrolíferas europeias sobem 30% com crude em alt

por marafado » 23/8/2005 12:56

Acções das petrolíferas europeias sobem 30% com crude em alta

José Pedro Luís com P.F.E.


O sector das empresas produtoras de petróleo tem sido um dos principais impulsionadores das bolsas na Europa.

A evolução das cotações dos títulos das empresas petrolíferas europeias tem acompanhado a subida do preço do crude em Londres mas não tem sido tão acentuada. Enquanto o preço do Brent crude, petróleo de referência para a Europa, valorizou cerca de 60% em 2005, o sector das petrolíferas do Stoxx 50 apenas subiu 30%. No entanto, estes ganhos superam o crescimento de 14% registado pelo índice de referência europeu desde o início do ano. Apesar disso, as praças europeias têm testado novos máximos de três e quatro anos.

A impulsionar as acções das petrolíferas tem estado a expectativa de que as receitas das empresas beneficiam com a subida do preço do crude. A Merrill Lynch estima, num relatório sobre o sector, que os resultados por acção (EPS) das petrolíferas europeias cresça, em média, 7% em 2005 e 15% em 2006. Além disso, a casa de investimento reviu em alta o preço-alvo para o final do ano de seis das sete empresas europeias que acompanha numa média de 7%.

A subida do sector das petrolíferas na Europa não pode, no entanto, estar dissociada da boa prestação da generalidade das praças europeias. A sustentar esta ideia está o facto de as petrolíferas europeias estarem a registar uma valorização superior à das suas congéneres norte-americanas, onde as bolsas têm registado subidas mais ténues. A norte-americana Exxon Mobil, a maior petrolífera do mundo por capitalização bolsista, registou uma valorização de 14,7% desde o início do ano. Já a britânica BP e a espanhola Repsol subiram cerca de 24% em 2005. Destacando-se destas, aparece a Petrochina. A maior petrolífera chinesa cotada em bolsa e a quinta maior do mundo valorizou 52% este ano. A Petrochina beneficia do aumento do consumo chinês de petróleo e seus derivados ser um dos maiores a nível mundial. Num estado proteccionista como o chinês, o consumo de combustíveis produzidos no país será sempre preferencial à sua importação. No entanto, Warren Buffet, um dos homens mais ricos do mundo, vendeu na passada semana a sua participação nesta empresa por considerar que os títulos da Petrochina não têm espaço para crescer muito mais.

Galp é desejada na bolsa de Lisboa
A generalidade dos intervenientes do mercado accionista português concorda que uma eventual entrada da Galp Energia em bolsa teria um impacto significativamente positivo no Euronext Lisboa e, em particular, no PSI 20.

A bolsa portuguesa tem apresentado um comportamento abaixo das suas congéneres europeias devido, em parte, ao facto de não beneficiar da forte valorização do sector petrolífero desde o início deste ano. Os índices francês ou britânico negoceiam, por exemplo, perto do seu valor mais alto em mais de três anos com base nas subidas da TotalFinaElf e Royal Dutch/Shell, respectivamente.

Para os analistas, a Galp Energia permitiria ao PSI 20 aproximar-se mais do desempenho no resto da Europa, tendo em conta o aumento potencial de receitas da empresa provocado pelos recordes consecutivos do petróleo. Por outro lado, a dimensão do grupo petrolífero português impulsionaria significativamente a capitalização bolsista do Euronext Lisboa, ao mesmo tempo que criaria um factor de diversificação no próprio índice português.

Merrill Lynch prevê crude nos 55 dólares
A Merrill Lynch, numa nota de ‘research’, anunciou que reviu em alta as suas perspectivas para o preço do barril de crude em 2005 e 2006. Para este ano, a casa de investimento subiu em 10% a sua previsão para o petróleo negociado em Londres e Nova Iorque, estimando que se situe nos 55 e nos 56 dólares no final do ano, respectivamente. A principal razão apontada é o facto de o nível da procura de petróleo e seus derivados estar junto ao nível máximo da oferta actualmente disponível. Para o próximo ano, o preço previsto é mais baixo, 51 dólares em Londres, mas a revisão foi mais acentuada, subida de 25% face à anterior previsão. O Centro de Estudos Globais sobre Energia (CGES) também aponta os 50 dólares como preço provável do barril de petróleo em 2006. Esta quebra no preço do crude, segundo o CGES, poderá estar relacionada com uma melhoria da capacidade de refinação e de produção a nível global, o que aumentará a oferta de petróleo e combustíveis derivados. Na sessão de ontem, o petróleo subiu até aos 65,11 dólares em Londres com receios de mau tempo nos EUA.
 
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