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Os meios aéreos e os incêndios

Enviado:
7/8/2005 3:39
por Col
Estou 100% de acordo que o combate aéreo aos incêndios tem que ser retirado aos privados e dotar a Força Aérea dos meios necessários para fazer a guerra aos incêndios. Imagine-se uma empresa que investe uns largos milhares de contos na compra de aviões / hélicóptros para combate a incêndios e se eles não ocorrerem, o que é que lhe acontece? falência pela certa, ora para evitar isso, podem ocorrer muitas tentações às pessoas que gerem esses negócios de altos valores investidos. É evidente que em tudo isto hà muitas coisas esquisitas, como por exemplo, bombeiros c/ negócios ligados a materiais de combate a incêndios e segundo se consta com fornecimentos aos seus próprios quarteis!.

Enviado:
6/8/2005 13:14
por pvk
Cook
A artigo de opinião do jornalista, resume as duvidas que os portugueses têm sobre a problemática dos incêncios. A parte militar é apenas um item nas duvidas.

Enviado:
6/8/2005 10:35
por Alvo Branco
Cook
Não sou advogado de defesa de ninguém, e muito menos conheço o jornalista em causa. Mas penso que ele, não critica em nada as nossas forças armadas, apenas quem governa. Eu há 14 anos estive na tropa em Tancos, e realmente é verdade que tinham (têm)lá pilotos treinados para combate a incêndios, e sem querer, participei mesmo num desses combates num helicóptero.
De qualquer forma também lhe dou razão a si, quando fala na exagerada quantidade de apoios às televisões, a qualidade dos programas é muito fraca.
Quanto aos incêndios é mesmo assim, todos se governam.
Um abraço
Alvo Branco

Enviado:
5/8/2005 22:55
por Kooc
gosto muito destes artigos. esse senhor que se diz jornalista, fala diversas vezes nos militares, no equipamento militar, como se isso fosse solução.
Porque não fala ele no dinheiro entregue pelo estado às televisões?
Porque não fala ele no dinheiro entregue pelo estado aos jornais?
porque não fala ele no dinheiro entregue pelo estado às camaras municipais
Porque não fala ele nas restantes instituições do estado?
Pois é .
é a tropa que tem a culpa
Para terem uma ideia, a camara municipal de lisboa, tem mais gente que o exercito.
Quando fala dos helicopteros do exercito, devia saber que eles não existem. Estão "prometidos" à 10 anos, em sucessivas leis de programação militar, e ainda não chegaram.
Os submarinos, se não forem comprados agora, perde-se capacidade de operar. Parece lógico a alguém, que um pais com 800 Km de costa, e uma enorme área maritima, não possua esse meio?
E a segurança?
Isto para dizer, que o Exército pode e deve participar no combate aos incendios. Tem 20 pilotos em Tancos, que há 10 anos que não fazem nada. Deêm-lhes os meios aéreos, que eles voam de boa vontade. Mas não é o dinheiro das Forças Armadas que vai resolver este problema....
cumps

Enviado:
5/8/2005 18:43
por balta
A minha modesta opinião é a de que enquanto houver milhões para apagar incêndios, eles nunca irão terminar. A meu ver o dinheiro deveria ser entregue aos municipios com riscos de incêndios e ser aplicado na limpesa de matas e outras formas de evitar forgos. Em cada ano cada o municipio receberia em função das sua área florestal e seria penalizada no ano seguinte pela parte ardida (inclusivé os pagamentos aos bombeiros deveria sair desse bolo)
Mas os interesses instalados não deixam que reformas como estas ou outras mais eficazes avancem.
Não tenho nada contra os bombeiros, mas desde que tive conhecimento de que alguns dos incêndios são provocados por alguns deles porque recebem conforme as saídas que fazem, está tudo dito, isto sem querer disso dizer que esses não são a excepção.
Os maiores beneficiarios dos fogos são

Enviado:
5/8/2005 16:54
por Thomas Hobbes
As empresas privadas de meios aereos de combate aos fogos...
Alguns comandantes dos bombeiros que tem negócios (imaginem) de equipamentos de bombeiros!!!!!
quanto a FA não combate fogos, já combateu, mas o governo desactivou os C-130 afectos a essa actividade e as tripulações treinadas para combater fogos perderam-se.
Não basta só meios.
Além disso grande parte da madeira para as celuloses vem das suas próprias explorações e essas nao ardem...., alem do mais quanto ao preço da madeira, o gverno pos o preço da madeira queimada praticamente ao preço da madeira verde
OffTopic - A industria dos incêndios

Enviado:
5/8/2005 16:42
por rmachado
Este de acordo com o email que recebi.
"A indústria dos incêndios
A evidência salta aos olhos: o país está a arder porque alguém quer que ele arda. Ou melhor, porque muita gente quer que ele arda. Há uma verdadeira indústria dos incêndios em Portugal. Há muita gente a beneficiar, directa ou indirectamente, da terra queimada.
José Gomes Ferreira
SIC - Sub-director de Informação
Oficialmente, continua a correr a versão de que não há motivações económicas para a maioria dos incêndios. Oficialmente continua a ser dito que as ocorrências se devem a negligência ou ao simples prazer de ver o fogo. A maioria dos incendiários seriam pessoas mentalmente diminuídas.
Mas a tragédia não acontece por acaso. Vejamos:
1 - Porque é que o combate aéreo aos incêndios em Portugal é TOTALMENTE concessionado a empresas privadas, ao contrário do que acontece noutros países europeus da orla mediterrânica?
Porque é que os testemunhos populares sobre o início de incêndios em várias frentes imediatamente após a passagem de aeronaves continuam sem investigação após tantos anos de ocorrências?
Porque é que o Estado tem 700 milhões de euros para comprar dois submarinos e não tem metade dessa verba para comprar uma dúzia de aviões Cannadair?
Porque é que há pilotos da Força Aérea formados para combater incêndios e que passam o Verão desocupados nos quartéis?
Porque é que as Forças Armadas encomendaram novos helicópteros sem estarem adaptados ao combate a incêndios? Pode o país dar-se a esse luxo?
2 - A maior parte da madeira usada pelas celuloses para produzir pasta de papel pode ser utilizada após a passagem do fogo sem grandes perdas de qualidade. No entanto, os madeireiros pagam um terço do valor aos produtores florestais. Quem ganha com o negócio? Há poucas semanas foi detido mais um madeireiro intermediário na Zona Centro, por suspeita de fogo posto. Estranhamente, as autoridades continuam a dizer que não há motivações económicas nos incêndios...
3 - Se as autoridades não conhecem casos, muitos jornalistas deste país, sobretudo os que se especializaram na área do ambiente, podem indicar terrenos onde se registaram incêndios há poucos anos e que já estão urbanizados ou em vias de o ser, contra o que diz a lei.
4 - À redacção da SIC e de outros órgãos de informação chegaram cartas e telefonemas anónimos do seguinte teor: "enquanto houver reservas de caça associativa e turística em Portugal, o país vai continuar a arder". Uma clara vingança de quem não quer pagar para caçar nestes espaços e pretende o regresso ao regime livre.
5 - Infelizmente, no Norte e Centro do país ainda continua a haver incêndios provocados para que nas primeiras chuvas os rebentos da vegetação sejam mais tenros e atractivos para os rebanhos. Os comandantes de bombeiros destas zonas conhecem bem esta realidade.
Há cerca de um ano e meio, o então ministro da Agricultura quis fazer um acordo com as direcções das três televisões generalistas em Portugal, no sentido de ser evitada a transmissão de muitas imagens de incêndios durante o Verão. O argumento era que, quanto mais fogo viam no ecrã, mais os incendiários se sentiam motivados a praticar o crime...
Participei nessa reunião. Claro que o acordo não foi aceite, mas pessoalmente senti-me indignado. Como era possível que houvesse tantos cidadãos deste país a perder o rendimento da floresta - e até as habitações - e o poder político estivesse preocupado apenas com um aspecto perfeitamente marginal?
Estranhamente, voltamos a ser confrontados com sugestões de responsáveis da administração pública no sentido de se evitar a exibição de imagens de todos os incêndios que assolam o país.
Há uma indústria dos incêndios em Portugal, cujos agentes não obedecem a uma organização comum mas têm o mesmo objectivo - destruir floresta porque beneficiam com este tipo de crime.
Estranhamente, o Estado não faz o que poderia e deveria fazer:
1 - Assumir directamente o combate aéreo aos incêndios o mais rapidamente possível. Comprar os meios, suspendendo, se necessário, outros contratos de aquisição de equipamento militar.
2 - Distribuir as forças militares pela floresta, durante todo o Verão, em acções de vigilância permanente. (Pelo contrário, o que tem acontecido são acções pontuais de vigilância e combate às chamas).
3 - Alterar a moldura penal dos crimes de fogo posto, agravando substancialmente as penas, e investigar e punir efectivamente os infractores
4 - Proibir rigorosamente todas as construções em zona ardida durante os anos previstos na lei.
5 - Incentivar a limpeza de matas, promovendo o valor dos resíduos, mato e lenha, criando centrais térmicas adaptadas ao uso deste tipo de combustível.
6 - E, é claro, continuar a apoiar as corporações de bombeiros por todos os meios.
Com uma noção clara das causas da tragédia e com medidas simples mas eficazes, será possível acreditar que dentro de 20 anos a paisagem portuguesa ainda não será igual à do Norte de África. Se tudo continuar como está, as semelhanças físicas com Marrocos serão inevitáveis a breve prazo.
José Gomes Ferreira"