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Enviado:
8/8/2005 7:22
por A330-300
Em portugal inveja não é um sentimento , é um sistema...

Enviado:
8/8/2005 2:50
por alexandre7ias
ALEXANDRE7IAS, os teus comentários vão sempre dar ao mesmo. Já há algum tempo que defendes estas tretas abusivas que se vêem por esse país fora. Também deves ter algum tacho porreiro na administração pública
Por acaso até nem é o caso, no entanto eu não estou contra o facto de as pessoas terem acesso a certas regalias ( em todos os sitios há regalias ) mas sim da forma como as conseguem.
Inveja- sentimento de desgosto pelo bem alheio: cobiçar.
Cobiçar-desejar muito: ambicionar
Por defeito os Portugueses são invejosos, e depois existem os que gostam de cobiçar, que infelizmente são muito poucos.
Domingo

Enviado:
7/8/2005 23:08
por lagosta
Boas noites,
Em jeito de desabafo, e a admnistração, que perdoe, mas hoje ao dar um passeio, resolvi ir visitar algo que há muito nao o fazia, o parque de Monserrate em Sintra. Gostaria de começar por referir que a entrada são 3,5€ para não residentes no concelho, e assim, começa o passeio, não sem antes tentarem vender uma visita guiada, ao que perguntei se o palacio ja se encontra aberto ao publico, foi me dito que ainda nao. ( A última vez que lá tinha estado, foi em 98, ainda o palácio estava a ser recuperado. Ao entrar no parque e iniciar a volta, o que se vê é desolador, por 2 motivos: 1º, devido a seca que atravessamos, pois onde dantes existiam cascatas, não corre uma gota, a vegetação está completamente seca, friso, mesmo nao sendo especialista em botânica, que ali existe uma grande variedade de espécies, de varias partes do mundo, o 2º motivo, é por completa inexistencia de limpeza do parque..não ao nível de lixos, mas da vegetação, que cresce descontroladamente, ora sendo, uma empresa estatal, deveria no minimo, dar o exemplo que como manter um parque / mata / jardim, limpa e apresentavel, mais que não seja para prevenir incendios. O jardim, parece que não ve um jardineiro á pelo menos 6 meses! Praticamente ao abandono!
Para não falar no palacio por restaurar!
Associei tal quadro do (jardim) ao estado do país: sem água,a atravessar dificuldades, mas onde ainda se pede, ou tenta enganar todo mundo para se gastar mais uns trocos, trocos esses que não sabemos onde são gastos, porque nao se vê qualquer tipo de melhoria, quem ainda vai dando algum são os estrangeiros,(pois sendo agosto, abundavam), o Governo (palácio) está com a fachada pintada e bonita, mas ao espreitarmos para dentro, vemos que a desarrumação é total.
Bastou me uma pequena pesquisa no google para verificar que a empresa Montes da Lua, está a ser alvo de investigações, por parte da PJ, por gestão danosa...ahhhh assim fiquei a perceber um pouco melhor.
Vou começar a informar-me antes de ir visitar o que quer que seja, pode ser que ajude a compreender o estado das coisas.

Enviado:
7/8/2005 12:55
por ptmasters
Boas a todos.
Não é minha intenção deitar mais "lenha para a fogueira", mas sinceramente não vou minimamente nesta coisa da inveja e da intriga, tanto mais, que existe pelo menos um gestor público que admiro: Fernando Pinto.
E só digo isto: colocassem um tipo como ele a ganhar os milhares que ele ganha numa empresa pública qualquer, e ele saía mais barato que qualquer um outro existente neste momento.
Caro não é ele que colocou a TAP a dar lucros. Caros são todos os outros que se alimentam das empresas sem dar qualquer resultado.
Inveja e intriga, era o que o outro que lá estava com ele na TAP (o presidente do CA, que sinceramente nem me lembro do nome, pois não ocupo o meu cérebro com mediocridade), que além de ter deixado buracos (..financeiros, claro) por todos os sítios por onde passou - e ainda exigia que lhe fizessem uma estátua - e ainda estava a tentar "LIXAR" uma equipa de gestão composta por gente efectivamente merecedora de reconhecimento liderada por Fernando Pinto (esquecendo quaisquer "podres" que possam ter acontecido, mas segundo me recordo, as contas têm sido auditadas e a paz social tem de alguma forma existido na TAP).
Quanto ao privado, apesar de ter de ser enquadrado com outro "ambiente", o que considero intolerável quando se apregoa "crises", "apertos de cintos" e até mesmo "situações delicadas na empresas", os aumentos de cerca 90% nos salários das administrações, que chegam a ocorrer de ano para ano (dou como exemplo os da SEMAPA e JM, que de 2004 para 2005, os salários - fixo e variáveis - dos gestores destas empresas subiram 92% e 85% respectivamente, passando por exemplo - no caso da SEMAPA -
cada gestor a receber em 2005 cerca 2,84 milhões de euros / ano contra os 1,48 milhões de euro / ano auferidos em 2004 por gestor.)
in http://www.diarioeconomico.com/edicion/ ... 62,00.html
A isto não chamo nem inveja, nem intriga. Chamo sim ganância e egoísmo se for visto sob outra perspectiva.
Parece-me pouco moral vir falar-se da necessidade da manutenção de salários baixos para se manter a competitividade, quando estas medidas resultam exactamente na perca da competitividade. Quem acreditar que por aí é o caminho, então desengane-se, pois vai continuar a faltar gente com qualificações nas empresas e a tão proclamada produtividade nunca chegará aos níveis desejados.
A propósito e, salvo qualquer erro, a equipa de 5 gestores de Fernando Pinto (incluindo ele próprio), terá custado no
total durante 2004 cerca de 2,4 milhões de euros (com despesas de rendas de casa incluídas e todos os demais gastos).
Um abraço

Enviado:
7/8/2005 11:17
por BullPower
Boas. É verdade que o povo português no geral, é mesquinho e invejoso. Eu não tenho inveja nenhuma de pessoas bem sucedidas na vida pelo seu esforço, dedicação e mérito. Tenho até orgulho de um Soares dos Santos, Belmiro, Champalimaud, José Mourinho, Tiago Monteiro, Marisa, Durão Barroso (nem tanto mas...), só para citar alguns nomes sonantes. O que me chateia como cidadão e contribuinte de Portugal, é ver abusos do dinheiro público, de todos nós, que todos os dias é mal gasto e destina-se ao proveito daqueles que têm influências no meio político. Isto não é inveja mas sim a constatação de um facto, uma reclamação daquilo que não pode acontecer porque não é justo para aqueles que produzem em Portugal e sustentam os maus vícios do País.
Pegando no tópico inicial, se o Vaz Guedes ganha milhões, ninguém tem nada que reclamar, pois trata-se de uma empresa privada. Agora em empresas com participações do Estado tais como Galp, EDP, PT etc, não se admite que os Governos em exercício coloquem pessoas suas representantes nas empresas como administradores, com ordenados milionários e regalias absurdas, em que muitas vezes essas pessoas não têm sequer competência para desempenhar essas funções conforme o negócio da empresa, fazendo simplesmente figuras de corpo presente. Veja-se o caso Fernando Gomes na Galp, admite-se alguma vez que esse homem seja administrador da Galp? Qual o currículo dele? Deputado? Presidente da Câmara? E isso é currículo para um administrador? Agora mais um Job For The Boy, o caso Armando Vara para a CGD. Isto é ridículo e não se admite. Ficam lá uns meses depois são retirados e recebem indemnizações chorudas coitadinhos, vão ter dificuldades em ser integrados no mercado de trabalho.
Assim se explica porque razão o estado (os políticos) não quer vender as Golden Share nem as participações que ainda possui nas empresas públicas porque senão, não tinham como satisfazer os interesses dos Boys.
O que faz falta neste país é uma organização terrorista com a finalidade de fazer justiça por esses abusos que se vêm. Assim, era ver a malta toda na linha, ninguém fazia disparates com dinheiros públicos sob pena de pagar os erros com a vida.
ALEXANDRE7IAS, os teus comentários vão sempre dar ao mesmo. Já há algum tempo que defendes estas tretas abusivas que se vêem por esse país fora. Também deves ter algum tacho porreiro na administração pública.
Abraço e BN.

Enviado:
6/8/2005 15:40
por alexandre7ias
100% de acordo, no entanto devo dizer que, em Portugal "Não suportamos muito bem pessoas que se dão bem na vida", quanto a mim a inveja é o pior que os Portugueses tem.

Enviado:
6/8/2005 15:38
por alexandre7ias
100% de acordo, no entanto devo dizer que, em Portugal "Não suportamos muito bem pessoas que se dão bem na vida", quanto a mim a inveja é o pior que os Portugueses tem.

Enviado:
6/8/2005 15:19
por valves
2 questões importantes em relação á suposta inveja em relação aos bons ordenados :
Não é verdade que as pessoas invejam por sistema quem tem bons ordenados ou grande riqueza acumulada pessoas como Belmiro de Azevedo, Joe Berardo, Fernando Pinto e José Mourinho são invejados au admirados pelas pessoas ? Eu inclino-me mais para o 2ª caso quem mostra o que vale no mundo trabalho e dos negocios não é invejado é admirado pelas pessoas simplesmente as admiram e adoram isto porque se lhes reconhece o talento ou dedicação de terem singrado na vida e terem sucesso o que as pessoas detestam é algumas empresas publicas e com participação do estado serem poisos de caciques que nunca mostraram nada do que valem e que assumem a gestão dessas empresas tomam decisões que afectam a vida de quem lá trabalha com a agravante de se tomarem as decisões erradas o custo está todo do lado dos contribuintes pois rapidamente estes senhores que não raras vezes vêm da politica mudam para outra empresas A questão é de base nos EUA um gestor que não cria valor para os accionistas e para os empregados rapidamente é corrido em Portugal não ficam ou mudam de empresa para empresa. e depois claro o argumento da inveja da perseguição é o argumento que esses senhores utilizam para justificar a ilegitimidade dos cargos que ocupam. Não tenham duvidas os bons empresarios são admirados e respeitados os maus legitimamente não e queixam -se depois da inveja de que são alvo como ultima defesa para ocultar e camuflar o facto de nunca terem calibre nem talento para ocupar os cargos que ocupam
Cumpts
Vasco
A inveja, a intriga e a mediocridade

Enviado:
5/8/2005 12:39
por luiz22
A inveja, a intriga e a mediocridade
Tenho assistido, estupefacto e preocupado, a uma inexplicável campanha nacional contra os ordenados dos gestores públicos, orientada, ao contrário do que dizem todas as regras de gestão e princípios de corporate governance, pelas piores razões generalistas de que não é possível haver bons ordenados quando se exige à população sacrifícios e ao Estado contenção na despesa.
05-08-2005, Diogo Vaz Gudes
Tenho assistido, estupefacto e preocupado, a uma inexplicável campanha nacional contra os ordenados dos gestores públicos, orientada, ao contrário do que dizem todas as regras de gestão e princípios de corporate governance, pelas piores razões generalistas de que não é possível haver bons ordenados quando se exige à população sacrifícios e ao Estado contenção na despesa.
Sinto-me particularmente à vontade para falar deste assunto pois, enquanto Presidente do Conselho de Administração da SOMAGUE, fui apologista da abolição dos complementos de reforma dos administradores e em momento de maior dificuldade da companhia, aprovámos por unanimidade no Conselho de Administração uma redução no ordenado fixo da administração e Directores-Gerais de 10% e bem assim o congelamento dos ordenados acima de determinado nível hierárquico da empresa durante pelo menos 2 anos.
A medida, embora não sendo fácil de aceitar por ninguém, acabou por gerar consenso e motivação à volta dum objectivo comum de desenvolvimento dum projecto sólido e credível, com forte cultura empresarial.
Apesar da medida ter objectivos claros de redução de despesa, tal como o nosso governo também anunciou, não se pretendeu mexer nos prémios de performance da companhia, o principal factor de aumento de produtividade duma organização, nem prejudicar os administradores ou directores-gerais que, após 2 anos, viram revistas em alta e com consistência e sustentabilidade as suas remunerações.
Não parece digno duma economia de mercado evoluída questionar o que ganham os gestores público/privados de empresas como a CGD, EDP, PT, GALP, Banco de Portugal, TAP, etc., mas tão só sermos capazes de lhes exigir resultados, de pagar prémios significativos se os mesmos forem atingidos ou de os exonerar caso não sejam atingidos.
Da mesma forma, seria útil repensar todo o sistema político à luz da necessária melhor remuneração dos titulares de cargos públicos, designadamente ao nível dos decisores, como forma de atrair mais e melhores talentos para a esfera pública. Mas fazê-lo pressupõe combater as “máquinas partidárias” assegurando menos deputados, menos assessores, menos secretárias, menos consultores, mas pagando melhor aos que têm a responsabilidade de decidir.
O princípio da descriminação pela positiva na gestão de recursos humanos não é uma fatalidade, mas tão só um exercício de inteligência, de “premiação” do mérito, de bom senso (que tanta falta faz na sociedade portuguesa de hoje) e de incentivo à produtividade e à igualdade de oportunidades.
Sinceramente não me revejo no clima sistemático de inveja, intriga e mediocridade que alguma comunicação social (alguma que até nem tinhamos o hábito de ver nestas andanças) tem querido usar e abusar com objectivos que, na sua grande maioria, pouco ou nada têm a ver com a “performance” atingida pelas empresas, mas tão só de intriga política ou económica que em nada enaltece o espírito de união de esforços que necessitamos nesta fase de crise interna do país.
Numa altura de sacrifícios e contenção cabe-nos a exigência duma sociedade civil forte e coesa à volta de objectivos nacionais que possam criar valor aos nossos recursos humanos, à nossa economia, ao nosso “empreendedorismo” e à nossa cultura, mas disponível para aceitar o princípio da descriminação como o único capaz de promover o mérito, a capacidade de gestão, o aumento de produtividade e a inovação, ou seja, os instrumentos que garantam um Portugal mais dinâmico e empreendedor, em vez de invejoso e intriguista!