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MensagemEnviado: 3/8/2005 11:15
por marafado
Nova Administração da CGD
Futuro de João Talone na EDP ainda indefinido

Ana Maria Gonçalves


A cadeira de João Talone, presidente da EDP, é agora, após as alterações verificadas na Caixa Geral de Depósitos e depois das mudanças na Galp, uma das mais apetecidas no leque das empresas com capitais estatais.

Até porque é notório o desconforto da administração do grupo eléctrico face às políticas que pretendem ser implantadas pelo Governo socialista, onde a prioridade é retirar quota de mercado à EDP em todas as áreas de negócio onde está presente. O desagrado começou com o congelamento da atribuição de novas licenças para centrais de ciclo combinado a gás natural, processo no qual a EDP foi uma das beneficiadas, mas cujo desfecho está ainda dependente de um parecer da Procuradoria-Geral da República. E deverá continuar com o lançamento de um novo operador no mercado eléctrico: a Galp Energia.

João Talone foi o principal mentor do modelo anterior para o sector energético, que previa exactamente o oposto da política defendida pelo actual Executivo, ou seja, apontava para o reforço da EDP no negócio do gás natural para que a eléctrica ganhasse dimensão para concorrer de igual para igual no mercado ibérico alargado.

Politicamente sensível, face aos apetites que a EDP desperta interna e externamente, especialmente vindos de Espanha, a actuação do Governo depara-se, no entanto, com um entrave. Os accionistas privados da eléctrica, que incluem o Millennium bcp e a Brisa, mas também inúmeros fundos de investimento internacionais, obrigam o Governo a ter cuidados que não se verificavam na CGD caso decida alterar a gestão. O Estado tem apenas 25% da EDP.

É, porém, convicção no mercado de que, até ao final do ano, data em que terminará o mandato da actual administração não são esperadas alterações. E a confirmar-se só deverão ocorrer na assembleia-geral do próximo ano, em Maio.

Em qualquer dos casos, o Governo terá que arranjar bons argumentos para afastar João Talone, evitando dar à decisão um cunho meramente político. O ex-gestor do BCP, apesar de ter perdido o gás da Galp, na sequência do chumbo de Bruxelas, continua a consolidar este negócio, ao mesmo tempo que cresce em Espanha, além de contar com o respeito dos mercados financeiros. A seu favor conta ainda o facto de ter conseguido antecipar o maioria dos objectivos estratégicos fixados para o período de 2003-2006.

MensagemEnviado: 3/8/2005 11:12
por marafado
Nova Administração da CGD
Alterações na PT sem data marcada

Hermínia Saraiva


Carlos Santos Ferreira, ontem nomeado para a presidência da CGD, e Fernando Teixeira dos Santos, actual ministro das Finanças, foram dois dos nomes sugeridos pelo ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC), para sucederem a Miguel Horta e Costa na presidência do conselho de administração da Portugal Telecom.

Os restantes accionistas vetaram as opções do Estado e o Executivo terá optado por adiar o tema para depois do Verão.

Divergências quanto aos nomes sugeridos, mas também relativamente ao momento escolhido para mexer numa administração cujo mandato termina em Dezembro deste ano terão estado na origem da ruptura das negociações entre accionistas privados e o Executivo de José Sócrates. Fonte do MOPTC disse ao DE que este não é um tema em agenda, não tendo, no entanto, afastado completamente a possibilidade de virem a ser feitas mexidas no CA da PT. Apesar de se tratar de uma empresa privada, o Estado detém na operadora uma ‘golden share’ que lhe confere direitos especiais em algumas decisões e uma participação de 6% através de acções controladas pela CGD, Parpública e Instituto Financeiro da Segurança Social.

Os estatutos da PT prevêem que o accionista Estado nomeie um terço do conselho de administração, saindo deste grupo o ‘chairman’ da operadora. Relativamente ao CEO, os estatutos referem que este não pode ser vetado pelo Estado e tem de ter o voto favorável dos accionistas representados no conselho de administração – além do Estado estão ainda presentes a Telefónica, o grupo Espírito Santo, Patrick Monteiro de Barros, Luís Silva e, até há uma semana, o BPI –, o que não acontecia com os nomes sugeridos por Mário Lino.

As divergências entre o Estado e a actual administração da PT tornaram-se visíveis quando o ministro da tutela obrigou a operadora a adiar a assembleia geral, em que seria decidida uma autorização especial para que a Telefónica pudesse aumentar a sua posição acima dos 10%, situação que não é permitida pelos estatutos. Nessa altura, Mário Lino terá feito saber à administração da PT que o Estado pretendia ter um papel mais activo enquanto accionista da operadora, o que passava por estar a par das decisões estratégicas que fossem tomadas pela gestão.

MensagemEnviado: 3/8/2005 11:10
por marafado
Nova Administração da CGD
“Este Governo saberá ser accionista da CGD?”

Maria João Gago

“A minha grande dúvida é perceber se este Governo vai saber ser accionista da Caixa Geral de Depósitos”.

É desta forma que Luís Mira Amaral, ex-presidente da comissão executiva do banco público comenta as mudanças na administração do grupo financeiro. O gestor não se pronuncia sobre se o Executivo foi um bom accionista ao alterar o conselho de administração da CGD. No entanto, na sua opinião, Carlos Santos Ferreira “é um homem que conhece o sistema financeiro e que, do ponto de vista do capital intelectual, é muito bom. Tem bom senso e bom feitio”.

Mira Amaral faz, ainda assim, um alerta ao novo presidente da Caixa. “A sua missão não depende só da pessoa, mas também do Governo”. E, em jeito de conselho, recorda a sua experiência no banco. “No meu tempo, senti na pele o que é trabalhar com dois ministros das Finanças, Manuela Ferreira Leite e Bagão Félix, que não tinham competência para actuarem como accionistas da CGD”. Uma situação de que, para o gestor, o próprio banco foi vítima.

Sobre a saída de Luís Alves Monteiro e António Vila Cova da gestão da Caixa, que chegaram àquelas funções pela sua mão, Mira Amaral diz serem “grandes profissionais de banca”, recordando que também foi na sua equipa que Maldonado Gonelha, que se mantém como vice-presidente, se estreou na CGD.

MensagemEnviado: 3/8/2005 11:09
por marafado
Nova Administração da CGD
António de Sousa elogia escolha de Santos Ferreira

Helena Garrido e Maria João Gago


O ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos, António de Sousa, afirmou ao Diário Económico que o novo líder do banco público foi muito bem escolhido.

Santos Ferreira, que assume a presidência da CGD já amanhã, é “um excelente gestor com profundos conhecimentos do sector financeiro”, afirma António de Sousa.

De acordo com o ex-presidente da CGD, uma das provas das qualidades de gestão de Santos Ferreira está no trabalho que desenvolveu na Mundial Confiança. A Caixa, recorda, “comprou a Mundial e ficámos muito satisfeitos com o que lá encontrámos”. Salienta ainda que a actividade segura tem sido uma das áreas que mais lucro tem dado ao Grupo Caixa.

Em 2004, as companhias de seguros Fidelidade-Mundial registaram um lucro consolidado de 90.9 milhões de euros, o que corresponde a uma subida de 51,3% face ao ano anterior. Santos Ferreira esteve á frente da Mundial Confiança quando esta estava à cabeça do grupo Champalimaud, de onde saiu quando o empresário decidiu vender aos espanhóis do Santander. A operação final acabou por levar a Mundial Confiança para a CGD, ficando o Santander com o CPP e o Totta e o BCP com o Pinto e Sotto Mayor. É aí que a Caixa, já na altura dirigida por António de Sousa, integra a Mundial conhecendo assim o trabalho desenvolvido por Santos Ferreira.

António de Sousa escusa-se, contudo, a comentar a decisão de mudança da administração, sublinhando que essa iniciativa é da inteira competência dos accionistas, ou seja, do Estado.

António de Sousa deixou a liderança da CGD a 14 de Setembro do ano passado, por sua iniciativa, já com Bagão Félix na pasta das Finanças, no que é seguido por Mira Amaral. Na altura, António de Sousa assumia a liderança do poderia vir a ser uma sociedade gestora de participações sociais, uma ideia sua, que tinha como objectivo concentrar os activos do grupo Caixa. Um projecto que acabou por não se concretizar por falta de entendimento com Mira Amaral, levando o Governo a nomear Vítor Martins para presidente da CGD.

MensagemEnviado: 3/8/2005 11:08
por marafado
Nova Administração da CGD
É prioritário aumentar receitas e reduzir custos

Maria João Gago e Helena Garrido


Aumentar as receitas e reduzir os custos da Caixa Geral de Depósitos deverão ser as prioridades do novo presidente do banco público.

Santos Ferreira terá de procurar fazer crescer a margem financeira, que estagnou em 2004 e subiu no primeiro trimestre deste ano, e travar a progressão dos gastos, que no ano passado e nos primeiros três meses de 2005, evidenciaram uma taxa de crescimento de quase 10%.

Estas preocupações já estavam presentes no Projecto Líder, o plano definido pela anterior administração da CGD, liderada por Vítor Martins, para garantir a liderança da instituição. Um plano estratégico que foi definido com a ajuda do Boston Consulting Group. Esta empresa foi escolhida de entre um conjunto de três consultoras – que incluía ainda a McKinsey e a Roland Berger – às quais a comissão executiva liderada por Mira Amaral tinha pedido propostas para a renovação do negócio de banca de retalho da Caixa.

Para fazer crescer os proveitos, a anterior a equipa de gestão estava a trabalhar na segmentação de clientes, tendo como meta o aumento da penetração junto dos particulares mais atractivos e das pequenas e médias empresas. Além disso, estava a ser feita uma forte aposta comercial em produtos-chave, como os cartões de crédito e o financiamento a particulares (à habitação e ao consumo). Para que a rede do banco respondesse aos objectivos traçados, pretendia-se ainda consolidar um sistema de atribuição de incentivos aos trabalhadores das agências, além de estar previsto o aumento do número de balcões e gabinetes de empresas. Simultaneamente, o Projecto Líder previa a implementação de um novo sistema de controlo e acompanhamento dos custos, por forma a melhorar a rendibilidade da instituição.

Do ponto de vista da estratégia comercial, a nova equipa pode introduzir mudanças ao nível dos produtos-chave, mas não terá grande margem de manobra para abandonar a preocupação de segmentar clientes e aumentar a penetração nos segmentos mais rentáveis. É nesse sentido que estão a trabalhar os grandes bancos nacionais e estrangeiros. Ao nível do corte de custos, Santos Ferreira poderá ser mais ambicioso. No entanto, a gestão estará limitada pelo facto de a Caixa ser um banco público, que dificilmente pode adoptar estratégias agressivas de redução de pessoal, através da negociação de pré-reformas ou acordos de rescisão.

Contas do primeiro trimestre apontam para subida de proveitos e custos
A Caixa Geral de Depósitos viveu, em 2004, o seu “annus horribilis” nas contas e por via da instabilidade na administração, substituída em Setembro. O ano de 2005 parecia revelar uma recuperação nos proveitos, mas os custos continuavam a subir a taxas da ordem dos 10% enquanto a administração não conseguia estabilizar o banco.

O caso da transferência do fundo de pensões da CGD para a Caixa geral de Aposentações (CGA) com o objectivo de garantir um défice inferior a 3% em 2004 acabou por se reflectir nas contas do banco. No balanço apareceram 1500 milhões de euros de prejuízos devido à operação com o fundo de pensões e ao reconhecimento de menos-valias nas participações no BCP e na EDP. A CGD apresentou lucros de 448,48 milhões de euros mas, pela primeira vez em longos anos, não pode distribuir dividendos ao Estado por registar prejuízos acumulados. Este caso determinou também a fragilização do presidente da instituição, Vítor Martins, quando o então ministro das Finanças tornou público que tinha apresentado a sua demissão.

No primeiro trimestre deste ano, contas até agora conhecidas, a CGD parece iniciar uma aceleração quer na margem financeira como nas comissões. O produto bancário aumentou 15,4% face a igual trimestre de 2004. Os seguros deram um importante contributo para esta evolução. Do outro lado regista-se, contudo, uma subida dos custos que atinge os 9,8%, comportamento que é também explicado pela área seguradora.

MensagemEnviado: 3/8/2005 11:07
por marafado
CGD recusou-se a financiar grandes projectos públicos


Notícia agenciafinanceira.com
(03/08/05)-(Agência Financeira) Segundo fontes do mercado ontem contactadas, os desentendimentos entre Vítor Martins e o Governo resultaram, em grande parte, da recusa da administração da CGD em participar nos financiamentos privados aos grandes investimentos públicos, como o futuro aeroporto da Ota e a rede de TGV. No mercado fala-se de decisões de crédito polémicas e contestadas, que no entanto não chegaram a ser conhecidas. Confrontada com estas e outras questões, a administração da Caixa remeteu-se ontem ao silêncio. Também o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, através do seu gabinete, escusou-se a comentar.



Editorial

MensagemEnviado: 2/8/2005 15:57
por marafado
Faltam explicações

António Costa


“Tradicionalmente, instituições como a CGD e o Banco de Portugal estão a salvo das mudanças de cadeira quando muda o Executivo, mas, chegados a este ponto, parece quase impossível que o mandato da actual administração da Caixa Geral de Depósitos - escolhida por Bagão e Santana - não tenha um ponto final logo após as legislativas de 20 de Fevereiro”.

Demorou mais tempo do que nesta coluna foi antecipado, no dia 26 de Dezembro do ano passado, mas confirmou-se. Vítor Martins foi substituído na presidência da Caixa.

É necessário, primeiro, recordar a história do conselho de administração da CGD. Na sequência da decisão de Santana Lopes de transferir o fundo de pensões da instituição para a Caixa Geral de Aposentações, com vista a garantir a redução do défice público para valores abaixo dos 3% em 2004, Vítor Martins entrou em rota de colisão com Bagão Félix, anunciou a demissão, mas acabou por ficar. Como já então era óbvio, fragilizou a sua posição perante o accionista Estado e também a da própria instituição relativamente à concorrência.

Portanto, dito isto, a sua substituição não surpreenderia, se não tivesse demorado tanto tempo. Porque é que Vítor Martins resistiu ao consulado de Luís Campos e Cunha e cai poucos dias depois da entrada de Teixeira dos Santos nas Finanças? O Governo tem a obrigação de explicar a sua decisão, por vários motivos, desde logo porque se trata de uma instituição central do sistema financeiro português e porque não podem subsistir dúvidas sobre os motivos que levam o poder político em funções a mudar um presidente de um banco. Basta pensar no que sucederia se a CGD fosse cotada... E o comunicado de Teixeira dos Santos só adensa estas dúvidas. Ao afirmar que a relação entre a administração da CGD e o accionista Estado deve assentar “na transparência, sindicabilidade e confiança”, está a dizer que nenhuma dessas condições estava preenchida. Porquê?
Acresce, a este, outro problema: o Governo manteve Celeste Cardona e Norberto Rosa na nova administração, tentando salvaguardar as leituras políticas destas mudanças de cadeira. No caso daqueles dois administradores, aliás, o PS foi muito duro com o Governo de então, por considerar as nomeações destes ex-governantes de cariz político. Agora, a indicação de Armando Vara - que se segue à de Fernando Gomes para a Galp - só pode ter uma leitura… política, bastando, para isso, recordar as ligações de Vara a José Sócrates.

A politização da CGD não ajuda a credibilizar uma instituição que, pelo menos desde o início de 2004, vive em situação de instabilidade interna permanente. Este será, assim, o principal trabalho do novo presidente, Carlos Santos Ferreira, ele próprio um ministeriável do PS e compadre de António Guterres.

arcosta@economicasgps.com

MensagemEnviado: 2/8/2005 15:46
por JCS
"Não se pensava que Fernando Teixeira dos Santos seguisse o exemplo de António Bagão Félix e fosse na Caixa Geral de Depósitos a sua estreia no cargo. Mas foi. Vítor Martins já não regressa depois de férias. Como Mira Amaral e António de Sousa seguiram para a praia há um ano, sem bilhete de volta. Existe, porém, uma ligeira diferença entre um caso e outro. As razões para a mudança.

Este ministro não tem motivos para demitir. O outro ministro, além de motivos de sobra, tinha urgência numa decisão.

A CGD estava então bloqueada há meses, por causa de um modelo de governo absurdo, inventado pela doutora Manuela Ferreira Leite. O grupo estava partido ao meio, o eng. Mira Amaral mandava numa parte, o prof. António de Sousa noutra.

Deixaram rapidamente de se falar. Menos ainda de trabalhar em conjunto. Uma aberração completa. Bagão Félix nem precisou explicar a decisão salomónica de pôr os dois a andar.

Agora não. Teixeira dos Santos limita-se a falar em fragilidade interna e externa da administração. Fragilidade que se baseia numa série de eventos e de notícias recentes.

Admite-se, portanto, que este ministro assume o mal-estar entre a equipa de Vítor Martins e o Governo socialista, tendo a coragem de fazer aquilo que Campos e Cunha não quis.

Mas que eventos podem ser? Os sucessivos adiamentos das assembleias gerais, quer da CGD, quer do banco de investimento do grupo? E que notícias? Terá sido o mal-explicado voto de confiança do accionista nos órgãos sociais do banco?

Ou terá sido ainda, num tempo mais remoto, a demissão não consequente de Vítor Martins, face àquela opção danosa de transferência do fundo de pensões para a Caixa Geral de Aposentações?

Ou, por outro lado, terão sido actos de gestão, decisões estratégicas tomadas no âmbito do Projecto Líder, que não agradaram?

Dito de outra forma: na base desta decapitação ontem anunciada no maior banco português só estão especulações. Ainda por cima, mal resolvidas com a solução apresentada.

Todos os casos que supostamente deterioraram a relação com o accionista Estado nascem, única e exclusivamente, num só sítio: o Estado.

Não foi a administração que decidiu entregar o fundo de pensões como receita extraordinária do Orçamento. É o accionista que determina as datas da sua assembleia. E, como é óbvio, não é a administração que pode ou deve manifestar um voto de louvor a si própria.

Restam, assim, duas possibilidades razoáveis para este ministro suportar a decisão.

Uma, é que lhe faltava confiança política nesta administração – e, por isso, mantém Celeste Cardona. Outra, é que faltava competência profissional à equipa anterior – e, por isso, promove o dr. Vara, conhecido por «ministro das fundações».

Teixeira dos Santos substituiu Campos e Cunha debaixo do anátema da partidarização do cargo. Na vez de cortar despesa, preferiu cortar cabeças. É uma opção. Incompreensível. Inexplicável. Inacreditável. Imperdoável.

Cito o camarada Jaime Gama: não há segunda oportunidade para criar uma primeira boa impressão."


Não bastava o presidente ou um ou outro elemento...

... e o povo continua a tentar (sobre)viver neste "mar das rosas" (como diria o JAS)...

Infelizmente sou dos poucos que não está surpreendido com este governo...


Cumprimentos

JCS

MensagemEnviado: 2/8/2005 2:31
por marafado
Regresso à banca dois anos depois


Santos Ferreira, 56 anos, licenciou-se na Faculdade de Direito de Lisboa, num ano em que se formaram também Marcelo Rebelo de Sousa, Leonor Beleza e Braga de Macedo. Foi administrador da ANA, presidente do Aeroporto de Macau, presidente da Mundial-Confiança e administrador da Seguros & Pensões (ex-BCP). Em Maio de 2003, assumiu a vice- -presidência da Estoril Sol. Na política foi deputado pelo PS de 1976 a 1979 e apesar de íntimo de António Guterres nunca aceitou integrar nenhum Governo. Agora, dois anos depois, regressa à banca.

MensagemEnviado: 2/8/2005 2:30
por marafado
Na berlinda por más razões


A CGD tem estado na berlinda nos últimos tempos, bem como os seus administradores. Ora por divergências entre a administração e o Governo - de que é exemplo a polémica transferência do seu fundo de pensões para a Caixa Geral de Aposentações -, ora pelo anterior modelo bicéfalo de gestão, coabitado, em clima pouco pacífico, por António de Sousa e Mira Amaral. Pretensamente para sanar as divergências e a complexidade do modelo de gestão, o ex- ministro das Finanças, Bagão Félix, acabaria por substituir os dois administradores por Vítor Martins. No rescaldo daquela operação vem a público o valor - "obsceno" nas palavras de Bagão Félix - da pensão de reforma a que Mira Amaral teve direito, após uma breve passagem pela instituição, fruto do muito especial estatuto dos seus administradores. Tem então início um movimento de indignação nacional com os rendimentos dos gestores públicos, que acabaria por atingir também o estatuto de aposentações do Banco de Portugal e, por via indirecta, o ex-ministro das Finanças Campos e Cunha. Vítor Martins era precisamente um dos gestores públicos mais bem pagos do País, com um Governo que diz querer moralizar.

MensagemEnviado: 2/8/2005 2:28
por marafado
Presidente da CGD demitido de surpresa

Administração passa de 11 para 9 elementos. Santos Ferreira lidera, Armando Vara entra

márcio alves candoso
renato santos

A surpresa chegou ao final do dia. O ministro das Finanças resolveu "recompor" a administração da Caixa Geral de Depósitos, demitindo o actual presidente, Vítor Martins, que tinha mandato até 2008, e substituindo-o por Carlos Santos Ferreira. O ministério invoca "uma série de eventos e notícias" ligados à administração da CGD, que nos últimos meses "fragilizaram, objectivamente, a imagem interna e externa da actual administração, bem como a relação de confiança que deveria existir entre ela e o accionista". "Face a esta situação, tornou-se imperioso criar condições que permitam à CGD prosseguir com firmeza a sua estratégia."

Carlos Santos Ferreira, um gestor com larga experiência em grandes grupos empresariais (Champalimaud e BCP) e até há pouco tempo apontado como um dos possí- veis sucessores de Miguel Horta e Costa à frente da PT, assume a presidência da CGD. Na administração entram ainda Armando Vara, antigo ministro socialista, e Francisco Bandeira.

Vítor Martins, que tinha sido nomeado em Outubro, terá sido recebido ontem de manhã nas Finanças, altura em que lhe foi comunicada a demissão. Ainda voltou à CGD da parte da tarde, onde esteve a despacho.

A notícia da sua substituição surpreendeu dentro e fora do banco. A CGD tinha apresentado bons resultados trimestrais e estava a recuperar quota em diversos mercados, com destaque para o crédito à habitação. "O contexto político foi sempre adverso, antes e depois da tomada de posse deste Governo", disse ao DN uma fonte.

Recorde-se que Vítor Martins chegou a pedir a demissão, em Dezembro, quando o Governo anterior decidiu destacar o Fundo de Pensões dos trabalhadores da CGD para fazer face ao défice orçamental, o que provocou greves a quase 100% na CGD.

Com a saída de Vítor Martins, o Governo aproveita para reduzir o número de administradores, de onze para nove (ver caixa ao lado).

MensagemEnviado: 2/8/2005 0:14
por Luso$$
São decepcionantes estas nomeações ...já não falo do Vara o admnistrativo da Caixa que chega a Admnistrador com o curso de comissário politico.

Mas o Presidente...podiam ter escolhido alguém da nova geração, com ambição com visão capaz de antecipar o futuro. Não... mais do mesmo

É triste

so um esclarecimento...

MensagemEnviado: 1/8/2005 23:53
por Ronny
o Armando Vara.....e quadro da Caixa.......ou era....por isso nao estranho.....nao e verdade?

CGD

MensagemEnviado: 1/8/2005 21:17
por jarc
É uma roda viva... De certeza que é o Armando Vara?

Ministro das Finanças altera administração da CGD

MensagemEnviado: 1/8/2005 20:32
por Garfield
in Jornal de Negocios :

O ministro de Estados e das Finanças decidiu alterar o Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos, que passará a ser liderado por Santos Ferreira. Vitor Martins e João Freixa abandonam a instituição financeira estatal, que reduz o número de administradores para nove, sendo um deles Armando Vara.