Por Henrique Simões de Almeida
LISBOA, 20 Jul (Reuters) - Os resultados semestrais da Pararede estarão em linha com o esperado, devendo a empresa tecnológica alcançar os objectivos para 2005 ou seja um volume de negócios de 65 milhões de euros (ME) e subir a margem EBITDA em 10 pct, disse Paulo Ramos, CEO da Pararede.
Acrescentou, em entrevista à Reuters, que as receitas internacionais poderão representar, já em 2005, cerca de 20 pct das vendas do grupo e que está próximo de concluir um acordo com dois grandes bancos no Chile para a venda dos seus produtos.
"Estou muito optimista relativamente aos resultados do primeiro semestre, evidentemente que a economia não está fácil, mas o nosso sentimento neste momento é que vamos ter um primeiro semestre em linha com o esperado", disse o Chief Executive Officer (CEO).
"Acreditamos, ainda, que o próximo semestre vai ser mais forte que o primeiro e que vamos atingir todos os objectivos de resultados estabelecidos para 2005", adiantou Paulo Ramos.
No início do ano, o CEO da Pararede previu terminar 2005 com um volume de negócios de 65 ME contra 37,8 ME em 2004 e aumentar a margem EBITDA sobre as vendas para 10 pct de 6,8 pct em 2004.
"Além do reforço do negócio nacional, a integração das empresas que adquirimos nos últimos meses tem sido positiva enquanto, fora de Portugal, o negócio tem aumentado a um bom ritmo, com Angola a demonstrar um desenvolvimento extraodinário", explicou Ramos.
Adiantou estar prestes a fechar um "acordo de venda de soluções de atendimento com dois grandes bancos no Chile", podendo a Pararede encaixar "entre 1,5 e 2,5 ME na venda das licenças de software dos seus produtos".
"As vendas internacionais têm crescido mais do que esperávamos e poderão atingir 20 pct do total das receitas em 2005 mas, por enquanto, preferimos ser cautelosos e manter essa previsão para 2006", referiu Paulo Ramos.
Paulo Ramos lembrou que pretende continuar a crescer tanto a nível orgâncio como a nível de aquisições, mas descartou, para já, a possibilidade de se vir a fundir ou comprar "a Reditus ou a Novabase ".
Analistas têm apontado para a possibilidade de haver uma fusão entre a Pararede, a Novabase ou a Reditus dada a complementaridade das suas actividades e a necessidade de consolidação do sector tecnológico nacional.
"Acredito que o título Pararede tem grande valor e as acções deverão aumentar nos próximos tempos, fruto da gestão eficiente e do crescimento sustentado da empresa", concluiu Ramos.
Transaccionaram-se 81.400 acções da Pararede estáveis nos 0,25 euros.
A Pararede registou, no primeiro trimestre do ano, um lucro líquido de 56 mil euros contra um prejuízo de 748 mil euros no período homólogo de 2004 e resultados operacionais de 147 mil euros versus 637 mil euros.
((---Henrique Simões de Almeida, Lisboa Editorial, 351 21 3509206,
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