Impacto negativo das explosões em Londres deverá ser limitado
O impacto negativo das explosões que assolaram Londres na economia britânica não deverá durar se se tiver em conta a evolução quer dos mercados quer da economia em Espanha e na Turquia depois dos atentados a Madrid e a Istambul.
Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt
O impacto negativo das explosões que assolaram Londres na economia britânica não deverá durar se se tiver em conta a evolução quer dos mercados quer da economia em Espanha e na Turquia depois dos atentados a Madrid e a Istambul.
No que diz respeito à bombas que explodiram nos comboios na capital espanhola no dia 11 de Março de 2004 e que mataram 191 pessoas, o IBEX desvalorizou 7% nos três dias posteriores ao atentado.
No entanto, a bolsa madrilena valorizou 25% desde esse mínimo e, no ano a seguir aos ataques, o crescimento económico espanhol aumentou para o ritmo mais elevado dos últimos quatro anos. O turismo regressou à normalidade passado um mês do 11 de Março e os visitantes do país aumentaram durante o ano.
Relativamente a Istambul, os ataques terroristas em Novembro de 2003 também não afastaram os turistas e nem prejudicaram o crescimento da economia turca que se expandiu 8,9% em 2004.
A economia mundial, os mercados financeiros e o turismo também deverão mostrar uma resistência semelhante a seguir ás explosões de Londres que mataram pelo menos 37 pessoas e fizeram 700 feridos.
«Qualquer efeito económico vai ser relativamente limitado», disse Aline Schuiling, um economista do Fortis Bank em Amsterdão, citado pela Bloomberg acrescentando que «habitualmente há uma reacção imediata nos mercados financeiros (como vimos ontem). Mas os ataques em Madrid não tiveram nenhum efeito a longo-prazo».
As bolsas registaram ontem as maiores quedas em quase um ano, com o FTSE a perder 1,4%. As seguradoras e as transportadoras aéreas foram os sectores mais penalizados. Antes dos aqtaques, a economia britânica já mostrava sinais de abrandamento