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mais um factor de queda a considerar

MensagemEnviado: 29/6/2005 11:15
por Recolector
O governo vai legislar no sentido DUPLICAR a taxa de IMI para os imóveis devolutos. Esta medida que tem como principal objectivo (não declarado) arrecadar mais imposto com as casas que estão no mercado de arrendamento não declarado vai atingir em cheio muitos que estão meses/anos à espera de vender casa.

Re: Bolhas e Bolhinhas

MensagemEnviado: 28/6/2005 18:12
por PinHEAD
Recolector Escreveu:(...) e há alguns que estão com uma média de 1 leilão por mês !


Alguém me sabe indicar um site com datas e locais desse tipo de leilões?

Atenção ...

MensagemEnviado: 28/6/2005 14:55
por Recolector
... não se enganem !
Pela frequência com que têm aparecido referência a bolhas do imobiliário por esse mundo fora, parece que anda por aí muita gente que precisa desesperadamente de recuperar das perdas em bolsa e sonha com bolhas no imobiliário para recompôr as finanças ...

Vejam lá não se enganem. Agora foi o rating global de Portugal que baixou. Amanhã podem os spreads começar a aumentar ... Um aumentozinho de juros, conjugado com mais desemprego, pode pôr no mercado mais uma boa quantidade de imóveis :? Nunca me constou que o aumento de oferta leve ao aumento dos preços :(

o mercado encontra-se a níveis

MensagemEnviado: 28/6/2005 14:41
por Karamba
especulativos quando o retorno de um investimento (em imobiliário neste caso) quase desaparece, entrando em conta com despesas de manutenção, amortização do equipamento, impostos sobre o rendimento e sobre o património etc....

É um bocado como nas acções. Se os resultados (ou rendas) não sobem, só sobe o preço, o PER vai sempre aumentando.

Hoje em dia investir em imobiliário SÓ com grande desconto relativamente aos preços de mercado (prémio de risco)

Bom dia

MensagemEnviado: 28/6/2005 13:43
por Rics
A propósito:
http://www.economist.com/opinion/displayStory.cfm?Story_id=4079027


E já agora: não sei que dados serviram de base a esse estudo do BP mas, a menos que a maior parte das habitações que nele entram se situem no cu de Judas, não sei mais onde os preços apenas subiram isso. Sei de preços tanto em cidades grandes do litoral como em vilas do interior e, sinceramente não entendo esses 40% de média...


Cumprimentos,
Rics

MensagemEnviado: 28/6/2005 11:23
por JCS
Concordo contigo Valves. O que postei apenas foi para mostrar que apesar de tudo estamos muito longe de uma bolha em Portugal. O problema português é o sobre-endividamento... E esse ainda vai demorar uns anitos valentes a estabilizar ou a decrescer um pouco que seja... A verdade é que o mercado se tem vindo a adaptar a esta realidade. A construção não está "desenfreada" e o sucesso dos projectos imobiliários depende cada vez mais (e ainda bem) da qualidade quer da localização como da construção. Para quem compra a relação qualidade preço tem vindo a melhorar (há muitas excepções) de ano para ano.
Hoje não basta fazerem-se "caixotes" para facturar. O consumidor já não vai nisso...

A quantidade de gente que tem condições para adquirir imobiliário hoje, é muito diminuta e os promotores esforçam-se para captá-los promovendo empreendimentos de qualidade superior a preços "normais".


PS: Não acredito numa ofensiva estrangeira em Portugal (porque os consumidores somos nós e nós estamos gravemente "doentes" financeiramente falando) :?


Cumprimentos

JCS

MensagemEnviado: 27/6/2005 21:05
por valves
Portugal se torne num mercado-refúgio do investimento imobiliário. Tratam-se, obviamente, apenas de conjecturas, a que os dados do Banco de Portugal e da “The Economist” vêm dar alguma verosimilhança."

Não me parece que o mercado imobiliário tenha grande espaço para subir nos proximos tempos estou a referir sobretudo o mercado imobiliário dito normal nada de luxo nem de super luxo esse é evidentemente é um mundo á parte. Nem me parece que os investidores estrangeiros entrem em força no curto prazo com taxas de crescimento como a que nós fortemente endividados temos temos ainda que esperar um ano ou dois. E aqui está a minha grande duvida neste momento tendo já os investimentos na bolsa perfeitamente pensados para 2005 estou já a pensar em 2006 como é que pode ser e estou cada vez menos optimista para 2006 será um ano de arranque na bolsa Portuguesa ou temos ainda que esperar mais um ano eis a minha duvida ... Quanto ao mercado imobiliario dito normal nem pensar que 2005 ou 2006 e muito provavelmente 2007 sejam anos bons.



Um abraço

Vasco

esses 40% são um número qualquer ...

MensagemEnviado: 27/6/2005 19:40
por Karamba
são uma treta... O B.P. diz o que convém, e quando lhes convém.

É um assunto que a mim não me preocupa nada. O que me convinha vender já vendi em 2000/2001, o que não vendi não está à venda.

Mas duvido sempre, mas sempre, dos comunicados do B.P. . Ainda por cima conheço gente que lá trabalha e sei como aquilo funciona (bem pior do que muitos imaginam)

Boas !

MensagemEnviado: 27/6/2005 18:38
por djovarius
De facto, a maior bolha ocorreu aqui no Algarve.

Mas também essa começa a dar sinais de arrefecimento.

Tirando alguns casos peculiares, temos agora menos venda de apartamentos, incluindo de segunda habitação. Terrenos e vivendas, igual.

Abraço

djovarius

Bolhas e Bolhinhas

MensagemEnviado: 27/6/2005 18:24
por Recolector
Na minha modesta opinião, não há que espantar por cá as bolhas serem bolhinhas, quando comparadas com o que ocorre nos outros países. É que a liquidez também não é a mesma :roll:

O que é certo é que os bancos em geral estão a restringir o crédito imobiliário, especialmente quando não é para 1ª habitação própria e há alguns que estão com uma média de 1 leilão por mês ! Para quê tanta pressa em vender ? Será que as casas vão subir e os bancos não sabem :?:

Off Topic: A bolha do imobiliário e Portugal

MensagemEnviado: 27/6/2005 18:11
por JCS
Mercado imobiliário mais longe da crise


24-06-2005, Francisco Ferreira da Silva (no Semanário Económico)



"Os preços da habitação subiram cerca de 40% entre 1995 e o final de 2004. A conclusão pertence ao Banco de Portugal e foi divulgada no último Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado esta semana. “Esta variação é muito próxima da do Índice de Preços no Consumidor (IPC) para o mesmo período de tempo e muito inferior à de outros países, tais como a Espanha, a Irlanda e o Reino Unido, nos quais os preços da habitação mais do que duplicaram”, refere o texto divulgado pelo Banco Central. O relatório sublinha ainda que “o referido aumento concentrou-se no período entre 1995 e 2000, acumulando cerca de 33 por cento, aproximadamente mais 15 pontos percentuais que o IPC. No entanto, desde meados de 2001, têm vindo a registar-se taxas de crescimento reais negativas, acentuando-se esta tendência em 2004”.
Esta análise do Banco Central surge poucos dias depois de a revista “The Economist” ter publicado um trabalho sobre o sector imobiliário a nível internacional onde conclui que, um pouco por todo o mundo, o preço das casas enfrenta a maior “bolha” da história e avisa para a “dor económica” que se vai verificar quando elas rebentarem. De acordo com um índice de variação entre 1997 e 2005, a “The Economist” mostra que os preços subiram 192% na Irlanda, 154% no Reino Unido, 145% em Espanha e 244% na África do Sul. Outros mercados cresceram também muito acima dos 40% portugueses, casos de França (87%), Suécia (84%), Holanda (76%), Bélgica (71%), Itália (69%) e Dinamarca (58%). Os mercados mais “calmos” na Europa foram o da Suíça, onde os preços aumentaram apenas 12%, e o da Alemanha, onde até decresceram 0,2%.
A revista britânica refere que o mercado imobiliário se tornou um mercado-refúgio depois do colapso dos mercados de capitais em 2000 e pergunta: “e se agora o mercado imobiliário explodir?”. Só no último ano os preços cresceram a taxas de 9% ou mais em Itália, Bélgica, Dinamarca e Suécia. França e Espanha lideraram mesmo na Europa com uma inflação dos preços da habitação de 15% e 15,5%, respectivamente, refere a “The Economist”. Os cálculos da revista mostram que os preços das casas bateram todos os recordes em relação ao mercado de arrendamento nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, França, Espanha, Holanda, Irlanda e Bélgica. Isto sugere, diz a “The Economist”, que as casas estão mais sobreavaliadas que em “picos” anteriores, dos quais os preços, tradicionalmente, caíram em termos reais.
Estes dados contrariam a opinião generalizada de que existe uma enorme “bolha” especulativa no mercado imobiliário português e que é mais barato comprar casa noutros países, como a Espanha e, sobretudo, a Bélgica. Afinal, os preços do imobiliário em Portugal cresceram, praticamente, ao ritmo da inflação e alguma especulação só se verifica nos mercados mais evoluídos, de Lisboa e do Porto, e, particularmente, nos empreendimentos ditos de luxo e de superluxo, sobretudo até 2000. Assim sendo e sem prejuízo de eventuais acertos, que só o mercado sabe definir, não parece natural que os preços venham a cair muito nos tempos mais próximos e até pode acontecer que, se as “bolhas” explodirem nos principais mercados europeus ou se essa situação começar a ser percepcionada pelos investidores, Portugal se torne num mercado-refúgio do investimento imobiliário. Tratam-se, obviamente, apenas de conjecturas, a que os dados do Banco de Portugal e da “The Economist” vêm dar alguma verosimilhança."



Cumprimentos

JCS