CIMPOR - Novo falso alarme ?
A Cimpor serve melhor a estratégia da Lafarge mantendo-se independente, ou sendo absorvida por ela ?
Até agora tem sido muito importante para a Lafarge, pois permitiu-lhe alienar posições minoritárias a uma companhia que não concorre directamente, permitindo à Lafarge reestruturar-se desde 2002 até ao presente, ao realizar capital e reduzir cerca de 8.000 trabalhadores. Pelo menos as posições da Cimpor em Espanha e Africa do Sul tiveram origem em vendas que a Lafarge fez à Cimpor.
Penso que em algumas destas situações, seria mais fácil à Cimpor vir a adquirir, posteriormente, o controlo das participações compradas à Lafarge, do que à Lafarge, e a Lafarge pode reavê-las posteriormente, caso a Cimpor as torne lucrativas.
Essêncial para a Lafarge era alienar posições a uma empresa amiga, que não fosse rival directa.
Actualmente a Lafarge tem 4 core businesses. A Cimpor apenas tem um e factura 1/6 da Lafarge nesse sector, pelo que a Lafarge ainda a pode deixar crescer mais antes de se preocupar. A Lafarge tem todo interesse em que a Cimpor cresca mais, através de aquisições e que torne todas as suas participadas rentáveis, antes de a comprar.
Para grandes volumes de venda de cimento, é necessário valor acrescentado para chegar ao cliente final e a Lafarge tem a maior quota desse mercado em Portugal, através do seu grupo Betecna (*) que produz e distribui betões e argamassas prontas. O negócio de venda de sacos e camiões a granel não será para os pequenos ? A quem compra a Betecna o cimento que utiliza ? Em caso de necessidade, o cimento pode vir de qualquer lado !
A Lafarge pode já ter decidido que já não há vantagem em manter a Cimpor independente. Mas terá já um prazo para a compra ? Será que a cotação da Cimpor não baixa mais ?
(*) A Cimpor detem a Barbetão.
Até agora tem sido muito importante para a Lafarge, pois permitiu-lhe alienar posições minoritárias a uma companhia que não concorre directamente, permitindo à Lafarge reestruturar-se desde 2002 até ao presente, ao realizar capital e reduzir cerca de 8.000 trabalhadores. Pelo menos as posições da Cimpor em Espanha e Africa do Sul tiveram origem em vendas que a Lafarge fez à Cimpor.
Penso que em algumas destas situações, seria mais fácil à Cimpor vir a adquirir, posteriormente, o controlo das participações compradas à Lafarge, do que à Lafarge, e a Lafarge pode reavê-las posteriormente, caso a Cimpor as torne lucrativas.
Essêncial para a Lafarge era alienar posições a uma empresa amiga, que não fosse rival directa.
Actualmente a Lafarge tem 4 core businesses. A Cimpor apenas tem um e factura 1/6 da Lafarge nesse sector, pelo que a Lafarge ainda a pode deixar crescer mais antes de se preocupar. A Lafarge tem todo interesse em que a Cimpor cresca mais, através de aquisições e que torne todas as suas participadas rentáveis, antes de a comprar.
Para grandes volumes de venda de cimento, é necessário valor acrescentado para chegar ao cliente final e a Lafarge tem a maior quota desse mercado em Portugal, através do seu grupo Betecna (*) que produz e distribui betões e argamassas prontas. O negócio de venda de sacos e camiões a granel não será para os pequenos ? A quem compra a Betecna o cimento que utiliza ? Em caso de necessidade, o cimento pode vir de qualquer lado !
A Lafarge pode já ter decidido que já não há vantagem em manter a Cimpor independente. Mas terá já um prazo para a compra ? Será que a cotação da Cimpor não baixa mais ?
(*) A Cimpor detem a Barbetão.