Acções do BCP não devem ultrapassar os 2,20 euros
Mais 400 milhões para atingir meta Tier I
Acções do BCP não devem ultrapassar os 2,20 euros até ao final de 2005
A emissão dos valores convertíveis de 700 milhões de euros realizada pelo BCP em 2002, e que matura este ano, deverá impedir as acções do banco de superar, em 2005, a barreira dos 2,20 euros. Segundo a ES Research, a instituição precisa de alienar activos no valor de 400 milhões de euros para cumprir a meta do Tier I core nos 6%.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
A emissão dos valores convertíveis de 700 milhões de euros realizada pelo BCP em 2002, e que matura este ano, deverá impedir as acções do banco de superar, em 2005, a barreira dos 2,20 euros. Segundo a ES Research, a instituição precisa de alienar activos no valor de 400 milhões de euros para cumprir a meta do Tier I core nos 6%.
No seguimento da operação de titularização anunciada ontem pelo Banco Comercial Português (BCP) [Cot], os analistas da Espírito Santo Research mantiveram a recomendação de «compra» para as acções, embora considerem que a emissão de 700 milhões de euros de valores convertíveis vá constituir um «cap» ou um tecto para as acções do banco em 2005.
«Não apostamos que as acções do BCP consigam ultrapassar o nível dos 2,20 euros em 2005 devido ao impacto dos valores convertíveis», afirma.
Os Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC), denominados «Capital BCP 2005», foram emitidos pelo BCP em 2002, permitindo aos titulares beneficiar de uma taxa de juro de 9% ao ano e do potencial de crescimento das acções do banco ao longo de três anos, até ao final de 2005.
Segundo os cálculos do analista Ignacio Sanz, o preço de arbitragem (entre os VMOC e as acções) situava-se nos 2,21 euros em Junho e em 2,11 euros no final de 2005.
Este último valor coincide com o preço de conversão que actualmente se queda nos 2,115 euros. Dividindo o valor nominal dos VMOC obtidos pelo factor de conversão, obtém-se o número de acções do banco a receber.
Desde 16 de Junho até 30 deste mês, decorre o sétimo período de exercício da opção de vencimento antecipado dos VMOC.
O facto das acções do banco estarem a cotar abaixo dos 2,115 euros explica a fraca adesão dos investidores pela opção de exercício antecipado.
No final de 2004, e segundo o relatório de contas da instituição, tinham-se registado pedidos (para exercício antecipado) correspondentes a 0,2% da emissão total, o que resultou na entrega de 660.929 acções já existentes.
Acções do BCP em seis meses
Interbanco, Moçambique e França: alienações prováveis
O banco liderado por Paulo Teixeira Pinto anunciou ontem que procedeu à titularização de uma carteira de créditos hipotecários no valor de 1,5 mil milhões de euros. Esta foi a terceira operação de securitização de créditos hipotecários feita pelo banco e a maior do mercado internacional realizada por um originador português.
De acordo com Ignacio Sanz, esta operação vai permitir ao banco libertar 45 milhões de euros, com um impacto positivo de 8 pontos base no rácio de capital «core».
O indicador Tier 1 core, que mede a qualidade dos capitais próprios, deverá subir de 5,6% no final de Março para 5,8% no final deste ano. Em 2006, este rácio deverá melhor para 6 a 6,5%, atingindo os 8 a 8,5% em 2008, segundo as metas traçadas pelo próprio banco.
Segundo a ES Research, o valor de 5,6%, após o ajuste da compra do Novabank, deverá ir para os 5,2%, muito aquém do «target» de 6% definido pelo banco.
Para a casa de investimento, a instituição bancária terá ainda de alienar activos no valor de 400 milhões de euros para atingir essa meta.
As alienações mais prováveis, segundo a Ignacio Sanz, são o Interbanco (cujo valor estimado é de 108 milhões de euros), bem como as operações em Moçambique e em França.
As acções do BCP cotavam inalteradas nos 2,12 euros.
Acções do BCP não devem ultrapassar os 2,20 euros até ao final de 2005
A emissão dos valores convertíveis de 700 milhões de euros realizada pelo BCP em 2002, e que matura este ano, deverá impedir as acções do banco de superar, em 2005, a barreira dos 2,20 euros. Segundo a ES Research, a instituição precisa de alienar activos no valor de 400 milhões de euros para cumprir a meta do Tier I core nos 6%.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
A emissão dos valores convertíveis de 700 milhões de euros realizada pelo BCP em 2002, e que matura este ano, deverá impedir as acções do banco de superar, em 2005, a barreira dos 2,20 euros. Segundo a ES Research, a instituição precisa de alienar activos no valor de 400 milhões de euros para cumprir a meta do Tier I core nos 6%.
No seguimento da operação de titularização anunciada ontem pelo Banco Comercial Português (BCP) [Cot], os analistas da Espírito Santo Research mantiveram a recomendação de «compra» para as acções, embora considerem que a emissão de 700 milhões de euros de valores convertíveis vá constituir um «cap» ou um tecto para as acções do banco em 2005.
«Não apostamos que as acções do BCP consigam ultrapassar o nível dos 2,20 euros em 2005 devido ao impacto dos valores convertíveis», afirma.
Os Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC), denominados «Capital BCP 2005», foram emitidos pelo BCP em 2002, permitindo aos titulares beneficiar de uma taxa de juro de 9% ao ano e do potencial de crescimento das acções do banco ao longo de três anos, até ao final de 2005.
Segundo os cálculos do analista Ignacio Sanz, o preço de arbitragem (entre os VMOC e as acções) situava-se nos 2,21 euros em Junho e em 2,11 euros no final de 2005.
Este último valor coincide com o preço de conversão que actualmente se queda nos 2,115 euros. Dividindo o valor nominal dos VMOC obtidos pelo factor de conversão, obtém-se o número de acções do banco a receber.
Desde 16 de Junho até 30 deste mês, decorre o sétimo período de exercício da opção de vencimento antecipado dos VMOC.
O facto das acções do banco estarem a cotar abaixo dos 2,115 euros explica a fraca adesão dos investidores pela opção de exercício antecipado.
No final de 2004, e segundo o relatório de contas da instituição, tinham-se registado pedidos (para exercício antecipado) correspondentes a 0,2% da emissão total, o que resultou na entrega de 660.929 acções já existentes.
Acções do BCP em seis meses
Interbanco, Moçambique e França: alienações prováveis
O banco liderado por Paulo Teixeira Pinto anunciou ontem que procedeu à titularização de uma carteira de créditos hipotecários no valor de 1,5 mil milhões de euros. Esta foi a terceira operação de securitização de créditos hipotecários feita pelo banco e a maior do mercado internacional realizada por um originador português.
De acordo com Ignacio Sanz, esta operação vai permitir ao banco libertar 45 milhões de euros, com um impacto positivo de 8 pontos base no rácio de capital «core».
O indicador Tier 1 core, que mede a qualidade dos capitais próprios, deverá subir de 5,6% no final de Março para 5,8% no final deste ano. Em 2006, este rácio deverá melhor para 6 a 6,5%, atingindo os 8 a 8,5% em 2008, segundo as metas traçadas pelo próprio banco.
Segundo a ES Research, o valor de 5,6%, após o ajuste da compra do Novabank, deverá ir para os 5,2%, muito aquém do «target» de 6% definido pelo banco.
Para a casa de investimento, a instituição bancária terá ainda de alienar activos no valor de 400 milhões de euros para atingir essa meta.
As alienações mais prováveis, segundo a Ignacio Sanz, são o Interbanco (cujo valor estimado é de 108 milhões de euros), bem como as operações em Moçambique e em França.
As acções do BCP cotavam inalteradas nos 2,12 euros.