Página 1 de 1

Enviado:
8/6/2005 11:49
por marafado
As Barreiras à Redução do Défice
Quebra de produção na Autoeuropa até 2007
Diana Brito Nunes
O início da construção do novo Volkswagen Cabrio na Autoeuropa em Palmela, agendado para o último trimestre do ano, não será suficiente para inverter a actual quebra de produção na fábrica, decorrente do fim de ciclo de vida dos modelos aí produzidos.
Em declarações recentes ao Diário Económico, Emílio Sáenz, director-geral da Autoeuropa advertiu que só a partir de 2007 é que a fábrica poderá entrar num período “expancionista”, desde que garanta a adjudicação de um novo modelo que substitua o actual VW Sharan e o Seat Alhanbra, cuja produção termina em 2007, num projecto onde a fábrica portuguesa concorre com as sua congéneres internacionais. O responsável frisou que a decisão terá que ser tomada até ao final do próximo ano, pelo que Portugal tem que se posicionar já na corrida ao novo modelo. Para evitar uma quebra de produção mais acentuada, a Autoeuropa mantém-se em negociações com o seu antigo parceiro, a Ford, com vista a alargar até 2006 a produção do Ford Galaxy, cujo contrato termina no final do ano. Em 2004, a Autoeuropa produziu 95.600 monovolumes das marcas VW, Seat e Ford, menos 12,7% que no ano anterior, tendência que se irá este ano, e dos quais 99,07% se destinaram às exportações.

Enviado:
8/6/2005 11:48
por marafado
IV Fórum Energia
Reforçar a concorrência e regulação
Jorge Vasconcelos, ERSE
A ERSE defende um reforço da concorrência e da regulação na área da produção e do uso da rede como forma para diminuir o preço da electricidade, no sistema público.
Estas duas componentes pesam, respectivamente, cerca de 60% e 31,7% na formação da tarifa. A componente reservada ao uso geral do sistema fica-se pelos 8,2%.
O presidente da ERSE, Jorge Viegas Vasconcelos, lembra, porém, que há custos de interesse económico geral que não podem ser alterados por via da regulação, mas que têm vindo a aumentar nos últimos anos por decisão política. É o caso dos 7,1% da factura eléctrica dos clientes domésticos que são destinados ao pagamento das rendas dos municípios, assim como os 2,5% relativos à aposta na cogeração e nas energias renováveis. A isto juntam-se os cerca de 2% relativos à harmonização tarifária das regiões autónomas da Madeira e dos Açores. Sobre a evolução do preço das tarifas nos últimos anos, o regulador sublinha que estas devem reflectir a totalidade dos custos.

Enviado:
8/6/2005 11:47
por marafado
IV Fórum Energia
As vantagens da aposta ibérica
João Talone, EDP
A aquisição da Hidrocantábrico permitiu à EDP optimizar o seu portfólio ibérico na área da produção de electricidade, diminuindo a sua exposição no segmento hídrico e no fuel/gás, ao mesmo tempo que aumentou a componente de gás natural e nuclear.
Além de uma posição estratégica sólida e diversificada e de uma gestão comercial mais ágil, o presidente do grupo eléctrico, João Talone, apontou ainda como vantagens de uma EDP ibérica a optimização da gestão operacional e de investimento, bem como o reforço das capacidades de organização.
Apesar de afirmar que a actual quota do grupo não está estabilizada, João Talone impõe como meta 20%, relembrando que os vários operadores ibéricos possuem valores semelhantes aos da EDP nas suas regiões de incumbência: 96% no mercado global e 66% no livre.
Outra das prioridades, garante, continua a ser a melhoria da qualidade de serviço, não obstante o esforço de evolução para se tornar uma empresa ibéri

Enviado:
8/6/2005 11:46
por marafado
IV Fórum Energia
Manter o Mercado Ibérico como objectivo
Pina Moura, Iberdrola
“Devemos ser perseverantes e não abrandar a construção do Mercado Ibérico de Electricidade, apesar das incertezas que o rodeiam”, defendeu o presidente da Iberdrola, Joaquim Pina Moura.
Entre as dificuldades apontou a situação interna de Espanha, a braços com um debate sobre o futuro do sector energético e cujo Livro Branco só será conhecido no final do próximo mês. Panorama idêntico se vive em Portugal, sublinhou, com a indefinição quanto ao novo modelo para o sector energético, sabendo-se apenas que o Governo quer antecipar a liberalização do gás natural. O responsável da Iberdrola Portugal afirmou-se assim disponível para colaborar com o Governo português na reestruturação do sector, querendo ser um factor de solução e não um problema. À lista de incertezas acrescentou ainda a necessidade de consolidar a criação do Mibel, mas “não através de um acto proclamatório”. Igualmente problemática diz serem as profundas alterações estruturais que se estão a verificar no mercado do petróleo e do gás natural, dois combustíveis fundamentais na produção de energia eléctrica.

Enviado:
8/6/2005 11:45
por marafado
IV Fórum Energia
Interligações não impedem mercado ibérico
Ana Maria Gonçalves
A actual capacidade de interligação eléctrica entre Portugal e Espanha não constitui um entrave à criação do mercado ibérico de energia.
Segundo o presidente da Rede Eléctrica Nacional, José Penedos, esta corresponde a cerca de 10% da potência instalada em Portugal. O mesmo responsável esclareceu ainda que o calendário de reforço das redes, acordado com a Red Eléctrica de España, se encontra dentro das datas previstas. É o caso de Cartelle Lindoso e Alqueva Balboa. O eixo do Tejo e do Douro estará concluído entre 2006 e 2007. “O saldo das trocas comerciais com Espanha tem-se intensificado desde 2000, apesar da primeira fase de reforço das interconexões só se ter concretizado em 2004, o que prova que a rede não foi obstáculo para os agentes de mercado fazerem trocas”, refere o presidente da REN. No final do ano passado, sublinhou, 14% do consumo de energia foi satisfeito por via da importação, acrescentando, que em cinco meses de funcionamento dos novos troços, a empresa nunca ofereceu menos de 800 MW de trânsito entre Portugal-Espanha e 700 MW no sentido inverso.

Enviado:
8/6/2005 11:44
por marafado
IV Fórum Energia
“Em Portugal falta um modelo estratégico para o sector”
Diana Brito Nunes
António Costa e Silva, administrador da Partex, lança críticas à ausência de políticas para o sector.
As críticas aos sucessivos atrasos na definição e aplicação de medidas concretas para o sector energético nacional foi o tom comum às quatro intervenções do último painel de oradores presentes no IV Fórum Energia.
“Em Portugal falta um modelo estratégico para o sector energético”, sublinhou António Costa e Silva, administrador da Partex, referindo dados sobre o consumo de petróleo em que deixam Portugal muito abaixo da média europeia. Segundo o administrador, Portugal deveria olhar mais para o gás, onde a taxa de consumo não ultrapassa os 9%, face os 64% de consumo de petróleo, quando a média europeia é de 40%.
Também Carlos Pimenta, membro do ‘Advisory Group on Energy’ da Comissão Europeia, aconselhou o Governo a tomar como exemplo a política da UE para o sector, frisando a necessidade de se tomar “decisões rápidas” sobre as energias renováveis. Por outro lado, sublinhou que deve haver uma aposta séria na investigação e desenvolvimento e lamentou a falta de visão em relação ao desenvolvimento das redes.
A aposta na inovação, na cogeração e nas novas tecnologias, foi a ideia deixada por João Peças Lopes, professor do INESC, garantindo que não basta aumentar a competitividade.
Em relação aos mercados da energia, Fernando Pacheco, professor da Universidade Católica, advertiu para a necessidade de desenvolver um novo modelo de gestão da procura que acompanhe o novo paradigma.

Enviado:
8/6/2005 11:43
por marafado
IV Fórum Energia
Uma indústria sob pressão que tem que apostar nas energias renováveis
Catarina Madeira
No IV Fórum de Energia, Mats Edvinsson afirmou que “A industria de ‘utilities’ está sob pressão”, justificando assim o título do ‘survey’ realizado pela PricewaterhouseCoopers, sobre o mercado energético.
O ‘partner’ daquela consultora e responsável sueco pela área de energia e ‘utilities’ revelou também que o incentivo às energias renováveis é um dos temas que encabeça a lista de preocupações dos investidores.
Além destes dados, o mesmo estudo indica que o papel dos reguladores e a interacção entre os preços e os subsídios são factores chave para determinar o fluxo do investimento nas energias renováveis. Segundo os investidores do inquiridos, uma correcta estrutura de incentivo será vital dada a falta de competitividade económica das renováveis, dentre o ‘mix’ de recursos existentes.
No “Under Pressure” pode ler-se que a maioria dos inquiridos confiam, no entanto, que os consumidores virão a apoiar o desenvolvimento das energias renováveis, “apesar da baixa difusão da “energia verde” em todo o mundo”. Mats Edvinsson explicou, ainda, que as energias renováveis enfrentarão um enorme desafio em termos de investimento e que o seu futuro estará muito dependente da competitividade dos preços de mercado, da estrutura reguladora e da subsidiação. “Será necessário coordenar os desafios da segurança, da capacidade de recursos e as respostas à alteração do clima”, acrescentou.
Apesar do incentivo ao desenvolvimento das energias renováveis e das medidas para pôr de lado todas as misturas de petróleo, o consultor sueco acredita que esta alteração será claramente insuficiente para dar os necessários frutos ecológicos. Os investidores, que responderam a este estudo da PwC, acreditam que a quota das energias renováveis se vai manter invariavelmente a mesma num espaço de tempo de cerca de 10 anos e defendem que esta área do sector está a atravessar um momento decisivo, em termos de investimento, pelo que a estrutura reguladora e os incentivos serão essenciais no seu crescimento.
Mats Edvinsson não tem dúvidas de que as energias renováveis terão um papel ainda mais importante nos próximos anos. Contudo, insiste no alerta para a falta de rigor na regulação e explica que os investidores começam a avaliar o tempo de duração dos subsídios.
A preocupação dos investidores
Incentivo às energias renováveis;
Segurança no fornecimento e aumento da capacidade de transmissão;
Volatilidade dos preços;
Aumento da regulação;

Enviado:
8/6/2005 11:42
por marafado
IV Fórum Energia
Portugal em derrapagem para cumprir metas de Quioto
Catarina Madeira
Especialistas reunidos no Fórum de Energia acreditam que será muito difícil cumprir o Protocolo de Quioto.
Portugal não vai conseguir cumprir as metas a que está obrigado pelo protocolo de Quioto em termos da limitação das emissões de dióxido de carbono e terá, a partir de 2007, que desembolsar 200 a 300 milhões de euros por ano para comprar licenças adicionais que permitam tapar o défice de CO2. O aviso foi lançado por Carlos Pimenta, antigo ministro do Ambiente de Cavaco Silva.
“O problema é real. O nosso défice já está a aumentar desde 2005 e não vamos conseguir cumprir as metas”, afirmou Carlos Pimenta, que integra actualmente o grupo de aconselhamento para o mercado energético da Direcção Geral de Investigação da Comissão Europeia.
Na conferência organizada pelo DE, Carlos Abreu, administrador da Secil, mostrou-se mais optimista, mas defendeu que a redução de emissões é um enorme desafio. O administrador da cimenteira afirmou a necessidade de reduzir o conjunto de gases emitidos, demonstrando a preocupação que envolve os efeitos “no clima e na retenção do calor”. Atribuindo o aumento da concentração do CO2 ao processo industrial e à utilização de combustíveis fósseis, Carlos Abreu sublinhou, ainda, a importância de não estabelecer o futuro das energias com base no fóssil.
Uma realidade que ganha mais expressão quando verificamos que Portugal tem níveis de emissões acima da média dos países da União Europeia. António Castro, director geral da EDP, lembrou que o nosso país traçou como objectivo obter os níveis mais baixos de emissões de toda a Europa per capita, dentro de um prazo de cinco anos. Durante a apresentação que levou ao Fórum de Energia, António Castro não deixou de notar que Portugal será, também, o país que vai enfrentar mais dificuldades na concretização deste propósito. Aliás, na maioria dos sectores de produção as emissões aumentaram acima dos 27% previstos por Portugal, motivo pelo qual o director-geral da EDP reiterou a importância de reduzir emissões em todos os sectores. Dados relativos à emissão de CO2 indicam que tanto a União Europeia como Portugal, estão acima da linha dos valores impostos pelo Protocolo de Quioto.
António Castro foi mais longe e afirmou que as preocupações deveriam alargar-se ao período “pós-Quioto”, em que as exigências vão ser ainda maiores. “Se o cumprimento das metas de Quioto já é angustiante, para as metas pós-Quioto não consigo arranjar um adjectivo”, disse.
Recorde-se que o acordo, assinado por 141 países, só deverá entrar em vigor em 2008, mas a União Europeia decidiu por o processo em prática durante um período experimental, entre 2005 e 2007.
IV Fórum Energia

Enviado:
8/6/2005 11:41
por marafado
IV Fórum Energia
As vantagens da aposta ibérica
Ana Maria Gonçalves
A aquisição da Hidrocantábrico permitiu à EDP optimizar o seu portfólio ibérico na área da produção de electricidade, diminuindo a sua exposição no segmento hídrico e no fuel/gás, ao mesmo tempo que aumentou a componente de gás natural e nuclear.
Além de uma posição estratégica sólida e diversificada e de uma gestão comercial mais ágil, o presidente do grupo eléctrico, João Talone, apontou ainda como vantagens de uma EDP ibérica a optimização da gestão operacional e de investimento, bem como o reforço das capacidades de organização.
Apesar de afirmar que a actual quota do grupo não está estabilizada, João Talone impõe como meta 20%, relembrando que os vários operadores ibéricos possuem valores semelhantes aos da EDP nas suas regiões de incumbência: 96% no mercado global e 66% no livre.
Outra das prioridades, garante, continua a ser a melhoria da qualidade de serviço, não obstante o esforço de evolução para se tornar uma empresa ibérica.