Como estes resultados a longo prazo tendem a equivaler-se à Valorização/desvalorização do índice de referência, este ano se as coisas contuinuarem como até aqui o ìndice fica a "dever" um bom bocado ao mercado!

Lucro das maiores cotadas sobe 37% com mais receitas
Maria João Gago
As três maiores empresas do PSI 20 – EDP, PT e BCP – asseguram 54% dos resultados do universo do PSI 20.
Os resultados da quase totalidade das empresas que integram o PSI 20 aumentaram 33% no primeiro trimestre deste ano, ascendendo a 976 mil milhões de euros. Em termos globais, este crescimento foi conseguido apenas em resultado da progressão das receitas, que, excluindo a banca, avançaram quase 13%, para 7,63 mil milhões de euros. Isto porque os custos, que afectam negativamente os resultados, subiram quase 5%, para 3,7 mil milhões.
Entre as empresas não financeiras, apenas três das 15 que já divulgaram contas trimestrais conseguiram reduzir as despesas operacionais. Foi o caso da Corticeira Amorim, Portugal Telecom e Sonaecom. A sub-‘holding’ do grupo de Belmiro de Azevedo foi a que conseguiu cortar mais custos, num total de 12,65 milhões de euros.
No que se refere às receitas, a EDP foi a cotada que mais cresceu. Em grande parte devido ao reforço da sua posição na espanhola Hidrocantábrico, os proveitos da eléctrica subiram em mais de 600 milhões de euros. Outros crescimentos significativos foram protagonizados pela Sonae (mais 110 milhões) e pela Jerónimo Martins (aumento de quase 90 milhões).
Outro dado positivo nos resultados trimestrais das empresas do PSI 20 é o facto de, tendo em conta as contas já publicadas, nenhuma cotada apresentar prejuízos a 31 de Março de 2005. No ano passado, encontrava-se no vermelho a Media Capital, com perdas de 3,39 milhões. Agora, o grupo de comunicação social obteve lucros de 1,32 milhões.
Lucros do PSI 20 reforçam peso no PIB
Uma vez que os resultados das empresas do PSI 20 aumentaram a um ritmo mais elevado do que o do Produto Interno Bruto (PIB) – que, em termos nominais cresceu pouco mais de 3% em 2004 –, o peso dos lucros destas cotadas no rendimento nacional aumentou para 0,72%, contra os 0,55% registados no final de Março do ano passado.
Este reforço espelha a importância das maiores empresas do índice na economia portuguesa. Isto porque as cotadas que mais pesam no cabaz do PSI 20 – EDP, PT e BCP – asseguraram, no primeiro trimestre, 54% dos lucros do universo em análise. Ainda assim, a contribuição das ‘blue chips’ para o resultado agregado diminuiu face a Março de 2004, altura em que aquelas três sociedades foram responsáveis por 67% dos lucros totais.
Em termos sectoriais, a banca aumentou a sua importância nos resultados do PSI 20. No primeiro trimestre de 2004, BCP, BES e BPI tinham contribuído com 26% dos resultados totais. No final de Março último, a banca lucrou um total de 287,4 milhões, ou seja, quase 29,5% do total.
Resultados do Ibex 35 atingem valor recorde
As empresas que integram o Ibex 35, principal índice da Bolsa de Madrid, lucraram 8,72 mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2005, o que representa um valor recorde para este período do ano. Os resultados apurados até Março aumentaram 38,3% face aos valores registados em igual período de 2004. Esta progressão foi impulsionada, sobretudo, pelo desempenho da Arcelor, Grupo Santander, Repsol e Telefónica. Os lucros agregados destas empresas contribuiu com mais de 44% dos resultados totais das 35 cotadas que integram o índice. Em grande parte, o aumento dos lucros reflectiu a progressão de 24,4% das receitas.