"BCP centraliza competências em Lisboa, Atenas ou Varsóvia
Maria João Gago
Integração da plataforma informática, sedeada no TagusPark, é a primeira a avançar. Gregos e polacos vão fazer parte da alta direcção.
O Banco Comercial Português vai centralizar nas três capitais dos mercados eleitos como prioritários – Portugal, Polónia e Grécia – diversos centros de competência que, neste momento, são duplicados em cada um destes países. O primeiro passo nesse sentido será dado com a integração plena da plataforma de tecnologias de informação do grupo no TagusPark, na região de Lisboa. De seguida, o banco avançará com alguma centralização das áreas de gestão de risco, auditoria e ‘compliance’ (“bons procedimentos”).
“A integração [dos bancos português, grego e polaco] será cada vez mais total. Progressiva mas rápida”, sublinhou Paulo Teixeira Pinto, num encontro com jornalistas, a propósito do encontro anual com analistas e investidores institucionais. Desta forma, o presidente do BCP pretende concretizar o seu objectivo de médio prazo de afirmar o carácter multi-doméstico e supra-nacional do grupo.
O processo de afirmação do BCP como um banco com três mercados domésticos vai passar também pela integração de colaboradores polacos e gregos na alta direcção do grupo, uma proposta recentemente aprovada pela administração . “Não serão definidas quotas” de directores não portugueses. Teixeira Pinto quer que a designação desses colaboradores seja feita em função do seu mérito profissional. Daí que o BCP tenha contratado uma consultora de recursos humanos, cuja missão é fazer uma avaliação completa da alta direcção da instituição.
Venda de activos não estratégicos prossegue
A centralização de processos e serviços a nível multi-doméstico mas também apenas a nível nacional visa ainda reduzir os custos do banco e potenciar o crescimento de receitas, por forma a ajudar o BCP a alcançar resultados adicionais de 310 milhões de euros entre 2004 e o final de 2006. Um objectivo que o novo presidente do banco reafirmou na sexta-feira.
Neste sentido, o BCP vai voltar a fazer uma “reavaliação do seu portfólio de participações financeiras”, à excepção da posição na EDP (ver páginas 18 e 19). O objectivo é fazer uma realocação de capital que permita ao banco crescer organicamente. Assim, Teixeira Pinto admite avançar com novas alienações de activos não estratégicos, para além do desinvestimento no Interbanco, processo que está em curso.
O crescimento do banco poderá também vir a ser financiado, ainda este ano, por novas operações de titularização de créditos que o BCP está a estudar.
Banco quer aumentar ROE para 23% em 2006
O BCP pretende chegar ao final de 2006 com um retorno sobre os capitais próprios (ROE) entre os 22% e os 23%, contra os 21,6% registados no final do primeiro trimestre deste ano. Este foi um dos objectivos anunciados pelo presidente do banco no encontro anual com analistas e investidores institucionais. A meta pressupõe que o ROE das operações desenvolvidas na Grécia e na Polónia se fixe acima dos 11%. No que diz respeito ao rácio de eficiência, o grupo quer chegar aos 55% em termos consolidados e aos 50% ou 52% em Portugal, a 31 de Dezembro de 2006, incluindo receitas relativas à recuperação de créditos. No final do primeiro trimestre deste ano, aquele indicador fixou-se em 59,1%. A nível de rácios de capital, o BCP espera chegar ao final de 2006 com um Core Tier 1 de 6% a 6,5%, contra os 5,6% de Março último ou os 5,8% estimados para 31 de Dezembro deste ano. Dentro de seis anos, o banco espera alcançar um ‘core capital’ de 5,5 mil milhões de euros, o que corresponderá a um Core Tier 1 entre 8% e 8,5%. "
Maria João Gago
Integração da plataforma informática, sedeada no TagusPark, é a primeira a avançar. Gregos e polacos vão fazer parte da alta direcção.
O Banco Comercial Português vai centralizar nas três capitais dos mercados eleitos como prioritários – Portugal, Polónia e Grécia – diversos centros de competência que, neste momento, são duplicados em cada um destes países. O primeiro passo nesse sentido será dado com a integração plena da plataforma de tecnologias de informação do grupo no TagusPark, na região de Lisboa. De seguida, o banco avançará com alguma centralização das áreas de gestão de risco, auditoria e ‘compliance’ (“bons procedimentos”).
“A integração [dos bancos português, grego e polaco] será cada vez mais total. Progressiva mas rápida”, sublinhou Paulo Teixeira Pinto, num encontro com jornalistas, a propósito do encontro anual com analistas e investidores institucionais. Desta forma, o presidente do BCP pretende concretizar o seu objectivo de médio prazo de afirmar o carácter multi-doméstico e supra-nacional do grupo.
O processo de afirmação do BCP como um banco com três mercados domésticos vai passar também pela integração de colaboradores polacos e gregos na alta direcção do grupo, uma proposta recentemente aprovada pela administração . “Não serão definidas quotas” de directores não portugueses. Teixeira Pinto quer que a designação desses colaboradores seja feita em função do seu mérito profissional. Daí que o BCP tenha contratado uma consultora de recursos humanos, cuja missão é fazer uma avaliação completa da alta direcção da instituição.
Venda de activos não estratégicos prossegue
A centralização de processos e serviços a nível multi-doméstico mas também apenas a nível nacional visa ainda reduzir os custos do banco e potenciar o crescimento de receitas, por forma a ajudar o BCP a alcançar resultados adicionais de 310 milhões de euros entre 2004 e o final de 2006. Um objectivo que o novo presidente do banco reafirmou na sexta-feira.
Neste sentido, o BCP vai voltar a fazer uma “reavaliação do seu portfólio de participações financeiras”, à excepção da posição na EDP (ver páginas 18 e 19). O objectivo é fazer uma realocação de capital que permita ao banco crescer organicamente. Assim, Teixeira Pinto admite avançar com novas alienações de activos não estratégicos, para além do desinvestimento no Interbanco, processo que está em curso.
O crescimento do banco poderá também vir a ser financiado, ainda este ano, por novas operações de titularização de créditos que o BCP está a estudar.
Banco quer aumentar ROE para 23% em 2006
O BCP pretende chegar ao final de 2006 com um retorno sobre os capitais próprios (ROE) entre os 22% e os 23%, contra os 21,6% registados no final do primeiro trimestre deste ano. Este foi um dos objectivos anunciados pelo presidente do banco no encontro anual com analistas e investidores institucionais. A meta pressupõe que o ROE das operações desenvolvidas na Grécia e na Polónia se fixe acima dos 11%. No que diz respeito ao rácio de eficiência, o grupo quer chegar aos 55% em termos consolidados e aos 50% ou 52% em Portugal, a 31 de Dezembro de 2006, incluindo receitas relativas à recuperação de créditos. No final do primeiro trimestre deste ano, aquele indicador fixou-se em 59,1%. A nível de rácios de capital, o BCP espera chegar ao final de 2006 com um Core Tier 1 de 6% a 6,5%, contra os 5,6% de Março último ou os 5,8% estimados para 31 de Dezembro deste ano. Dentro de seis anos, o banco espera alcançar um ‘core capital’ de 5,5 mil milhões de euros, o que corresponderá a um Core Tier 1 entre 8% e 8,5%. "