Ausência de debate sobre perspectivas pode redundar em pânic
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Ausência de debate sobre perspectivas pode redundar em pânic
Ausência de debate sobre perspectivas pode redundar em pânico
DE com Lusa
O ex-ministro britânico do Ambiente, Michael Meacher, considera, em entrevista à agência Lusa, que a ausência de "um debate sério" sobre a situação e as perspectivas no sector da energia pode provocar pânico na sociedade.
O titular da pasta do Ambiente no governo trabalhista entre 1997 e 2003 prevê "um cenário apocalíptico" se a liderança política não fizer nada em resposta ao designado 'pico' da produção de petróleo e gás natural.
O 'pico' designa a situação em que se extraiu metade das reservas de um recurso natural, momento a partir do qual a tendência da produção é descendente.
"Tudo está assente no petróleo", constata Meacher, actual deputado, que adianta que o problema no futuro "não é uma questão de preço, mas de disponibilidade" [do produto].
Sem prevenção da situação, disse, "haverá pessoas que terão de viver sem petróleo", no que considerou ser "um cenário apocalíptico".
Meacher, que participou na IV conferência da Associação para o Estudo do Pico do Petróleo e Gás Natural (Aspo), que decorreu quinta-feira e hoje na Fundação Calouste Gulbenkian, recomenda "um debate sério" e salienta o papel dos políticos na apreciação das opções.
Sugere, em todo o caso, "uma mudança de economia", mais atenção à conservação, porque a quantidade de energia desperdiçada "é prodigiosa, o que é inaceitável" e o fomento das fontes renováveis de energia.
Meacher lamenta que haja alternativas, "mas não determinação política".
Independentemente da acção ou inacção dos políticos, as consequências sociais do fim da era do petróleo são inevitáveis, realça.
"Temos de passar a mensagem que o petróleo, que consumimos há 150 anos, vai acabar", sintetiza.
DE com Lusa
O ex-ministro britânico do Ambiente, Michael Meacher, considera, em entrevista à agência Lusa, que a ausência de "um debate sério" sobre a situação e as perspectivas no sector da energia pode provocar pânico na sociedade.
O titular da pasta do Ambiente no governo trabalhista entre 1997 e 2003 prevê "um cenário apocalíptico" se a liderança política não fizer nada em resposta ao designado 'pico' da produção de petróleo e gás natural.
O 'pico' designa a situação em que se extraiu metade das reservas de um recurso natural, momento a partir do qual a tendência da produção é descendente.
"Tudo está assente no petróleo", constata Meacher, actual deputado, que adianta que o problema no futuro "não é uma questão de preço, mas de disponibilidade" [do produto].
Sem prevenção da situação, disse, "haverá pessoas que terão de viver sem petróleo", no que considerou ser "um cenário apocalíptico".
Meacher, que participou na IV conferência da Associação para o Estudo do Pico do Petróleo e Gás Natural (Aspo), que decorreu quinta-feira e hoje na Fundação Calouste Gulbenkian, recomenda "um debate sério" e salienta o papel dos políticos na apreciação das opções.
Sugere, em todo o caso, "uma mudança de economia", mais atenção à conservação, porque a quantidade de energia desperdiçada "é prodigiosa, o que é inaceitável" e o fomento das fontes renováveis de energia.
Meacher lamenta que haja alternativas, "mas não determinação política".
Independentemente da acção ou inacção dos políticos, as consequências sociais do fim da era do petróleo são inevitáveis, realça.
"Temos de passar a mensagem que o petróleo, que consumimos há 150 anos, vai acabar", sintetiza.
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