Impacto do pagamento das portagens nas SCUTS
Com portagens nas SCUT
Avaliação da Brisa aumenta em 24 milhões com menor desvio de tráfego da A1
A introdução de portagens na Costa da Prata poderá fazer com que o preço-alvo das acções da Brisa aumente em 0,04 euros, consideram os analistas do Banif Investimento que, na sequência desta notícia, subiram a recomendação para a concessionária de «neutro» para «compra». As acções da Brisa seguiam a subir quase 2%.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt
A introdução de portagens na Costa da Prata poderá fazer com que o preço-alvo das acções da Brisa aumente em 0,04 euros, consideram os analistas do Banif Investimento que, na sequência desta notícia, subiram a recomendação para a concessionária de «neutro» para «compra». As acções da Brisa seguiam a subir quase 2%.
O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, esclareceu hoje, na comissão parlamentar de Obras Públicas que o programa do Governo socialista já admitia a introdução de portagens nas SCUT – vias sem custos para o utilizador – quando deixasse de existir as condições descritas no documento que justificam a sua existência. Quando deixarem de se aplicar esses critérios definidos no programa do Governo, a introdução de portagens será ponderada em algumas vias.
O Jornal de Negócios noticiou ontem que o Executivo está a avaliar a introdução de portagens nas SCUT do litoral, ou seja, na Costa da Prata e da Via do Infante.
Os analistas do Banif Investimento explicam que a Brisa tem estado a ser afectada pela SCUT da Costa da Prata, que concorre directamente com a A1 da concessionária (59 quilómetros no total) perto do Porto. Segundo os especialistas, a Costa da Prata «roubou» 4% do tráfego da Brisa na A1, que é o mais importante motor em termos de receitas de tráfego e portagens (cerca de 50%).
No percurso específico entre Albergaria e o Porto, o tráfego caiu em 20% na A1, afirma o Banif, acrescentando que, «reflectindo esta pressão, juntamente com a previsão menos inspiradora para a economia portuguesa, estamos a prever uma diminuição de 1,8% na média de tráfego diário da A1».
«Assumindo um impacto menos negativo, ou seja menos 50%, [ou apenas um impacto negativo de 2% em vez de 4%] por parte da Costa da Prata no tráfego da A1 nos próximos anos iria adicionar 0,04 euros ao nosso preço-alvo», esclarecem os analistas. Segundo cálculos do Jornal de Negócios Online, esta subida faz com que a avaliação da Brisa aumente em 24 milhões de euros. O preço-alvo do Banif para a Brisa é de 7,58 euros.
Investidores voltam a olhar para a Brisa
A mesma fonte acrescenta que, «apesar deste pequeno impacto em termos de avaliação, acreditamos que os investidores vão olhar novamente para a Brisa e reajustar as suas avaliações da concessionária».
Para além disso, «apesar das incertezas a curto prazo na tendência do tráfego, a Brisa oferece boas perspectivas de crescimento: tem cerca de 130 quilómetros concessionados para construção e está bem posicionada para ganhar as mais importantes concessões nos próximos anos (Grande Lisboa e Porto)».
Neste contexto, os analistas aumentaram a recomendação para as acções da Brisa de «neutro» para «compra» e acreditam que os investidores vão rever as suas avaliações para a concessionária porque o desempenho recente da Brisa «esteve relacionado com a fraca performance da economia portuguesa, que prejudicou o tráfego nos últimos dois trimestres».
Para além disso, explicam que as questões governamentais em torno das portagens nas SCUT, que eram para ir para a frente com o anterior governo mas que foram rejeitados pelo actual, também prejudicaram a concessionária. No entanto, com a eventual introdução de portagens, admitida pelo governo, os analistas mostram-se confiantes.
As acções da Brisa fecharam a subir 2,88% para os 6,44 euros.
Avaliação da Brisa aumenta em 24 milhões com menor desvio de tráfego da A1
A introdução de portagens na Costa da Prata poderá fazer com que o preço-alvo das acções da Brisa aumente em 0,04 euros, consideram os analistas do Banif Investimento que, na sequência desta notícia, subiram a recomendação para a concessionária de «neutro» para «compra». As acções da Brisa seguiam a subir quase 2%.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt
A introdução de portagens na Costa da Prata poderá fazer com que o preço-alvo das acções da Brisa aumente em 0,04 euros, consideram os analistas do Banif Investimento que, na sequência desta notícia, subiram a recomendação para a concessionária de «neutro» para «compra». As acções da Brisa seguiam a subir quase 2%.
O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, esclareceu hoje, na comissão parlamentar de Obras Públicas que o programa do Governo socialista já admitia a introdução de portagens nas SCUT – vias sem custos para o utilizador – quando deixasse de existir as condições descritas no documento que justificam a sua existência. Quando deixarem de se aplicar esses critérios definidos no programa do Governo, a introdução de portagens será ponderada em algumas vias.
O Jornal de Negócios noticiou ontem que o Executivo está a avaliar a introdução de portagens nas SCUT do litoral, ou seja, na Costa da Prata e da Via do Infante.
Os analistas do Banif Investimento explicam que a Brisa tem estado a ser afectada pela SCUT da Costa da Prata, que concorre directamente com a A1 da concessionária (59 quilómetros no total) perto do Porto. Segundo os especialistas, a Costa da Prata «roubou» 4% do tráfego da Brisa na A1, que é o mais importante motor em termos de receitas de tráfego e portagens (cerca de 50%).
No percurso específico entre Albergaria e o Porto, o tráfego caiu em 20% na A1, afirma o Banif, acrescentando que, «reflectindo esta pressão, juntamente com a previsão menos inspiradora para a economia portuguesa, estamos a prever uma diminuição de 1,8% na média de tráfego diário da A1».
«Assumindo um impacto menos negativo, ou seja menos 50%, [ou apenas um impacto negativo de 2% em vez de 4%] por parte da Costa da Prata no tráfego da A1 nos próximos anos iria adicionar 0,04 euros ao nosso preço-alvo», esclarecem os analistas. Segundo cálculos do Jornal de Negócios Online, esta subida faz com que a avaliação da Brisa aumente em 24 milhões de euros. O preço-alvo do Banif para a Brisa é de 7,58 euros.
Investidores voltam a olhar para a Brisa
A mesma fonte acrescenta que, «apesar deste pequeno impacto em termos de avaliação, acreditamos que os investidores vão olhar novamente para a Brisa e reajustar as suas avaliações da concessionária».
Para além disso, «apesar das incertezas a curto prazo na tendência do tráfego, a Brisa oferece boas perspectivas de crescimento: tem cerca de 130 quilómetros concessionados para construção e está bem posicionada para ganhar as mais importantes concessões nos próximos anos (Grande Lisboa e Porto)».
Neste contexto, os analistas aumentaram a recomendação para as acções da Brisa de «neutro» para «compra» e acreditam que os investidores vão rever as suas avaliações para a concessionária porque o desempenho recente da Brisa «esteve relacionado com a fraca performance da economia portuguesa, que prejudicou o tráfego nos últimos dois trimestres».
Para além disso, explicam que as questões governamentais em torno das portagens nas SCUT, que eram para ir para a frente com o anterior governo mas que foram rejeitados pelo actual, também prejudicaram a concessionária. No entanto, com a eventual introdução de portagens, admitida pelo governo, os analistas mostram-se confiantes.
As acções da Brisa fecharam a subir 2,88% para os 6,44 euros.