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Porquê do limite do défice ser 3%

MensagemEnviado: 29/7/2005 9:19
por pessoa
À 1ª vista parece 1 número arbitrário, mas não o será assim tanto...
A lógica que presidiu à obrigatoriedade de cada Estado-Membro elaborar um Pacto de Estabilidade e Crescimento que respeite os 3% de défice e 60% de dívida pública e tendencialmente o défice fosse 0 (zero) adveio da constatação que o crescimento sustentável precisa de contas equilibradas.
Assim, nas últimas 2 décadas o crescimento médio europeu foi cerca de 3% (quer dizer anos 80+90, pq os últimos 5 foi inferior), e assim havendo 1 crescimento de 3% e um défice de 3% significa que não se agrava o rácio da dívida pública no PIB: o crescimento da dívida seria tb de 3% (isto não havendo itens extraordinários que não passem pelo orçamento)...

Assim, foi assumido como valores-alvo 1 défice abaixo dos 3%, dívida abaixo dos 60% do PIB, inflacção abaixo dos 2% e crescimento acima de 3%

É óbvio que esses montantes deveriam ser ajustados ao ciclo económico, e, como tal, em 2000/2001 o défice poderia e deveria estar nos 0a 1%, e na recessão de 2003-2004

Cumprimentos

Pessoa

Claro que não!!!

MensagemEnviado: 28/7/2005 23:21
por mcarvalho
As virgens são todas para o JAS

abraço
mcarvalho

Re

MensagemEnviado: 28/7/2005 18:14
por JAS
Notoriamente, o dr. Campos e Cunha ainda não conhece o Governo que integra e o País que governa. Tivesse ele ouvido as raras, e sublimadas, intervenções do eng. Sócrates, o sr. ministro perceberia que este particular Executivo não aumenta (confessadamente) os impostos, não reduz pessoal (cria 150 mil empregos) e não foge das grandes obras públicas (a acreditar no ministro Mário Lino, atira-se a elas com sofreguidão).


Hoje andava à procura de outro post e achei graça recordar este.

Ele agora já conhece, já pagou o seu tributo á Nação, acham que já tem direito às virgens?

JAS

Re: O Dr. Campos e Cunha as Virgens e o Jas

MensagemEnviado: 18/5/2005 12:06
por pedrom
daviddias Escreveu:intervenções do eng. Sócrates, o sr. ministro perceberia que este particular Executivo não aumenta (confessadamente) os impostos, não reduz pessoal (cria 150 mil empregos)
[/b]

150 mil empregos é uma gota no oceano.. em Portugal sao criados milhoes de empregos por ano..150 mil nao é nd.. o que é preciso é medidas que aumentem a competitividade de Portugal no mundo.. isso sim, e nc as vejo ser tomadas, as escolas sao tratadas ao pontapé, aumenta-se a escolariedade obrigatoria so porque fica bonito, e que tal tornar menos rigido o mercado laboral ? Portugal é o pais da OCDE com maior rigidez no mercado de trabalho.. e ja agora, uma coisa, sabiam que em portugal o prémio por se ter um curso superior é o maior em toda a OCDE, deviam criar niveis de escolariedade intermedios de modo a alterar isto um pc..
atenção, nao tou a dizer isto só pq ele é do PS ou deixa de ser..



Ele (Sócrates) enganou-se quando disse 150 mil novos empregos, porque o que ele queria dizer na realidade era 150 mil novos tachos, peço desculpa queria dizer 150 mil novos "postos de trabalho"

Re: correcção

MensagemEnviado: 18/5/2005 10:07
por William Wallace
jotabil Escreveu:quis dizer...movimento concentracionário...e não concêntrico ...como referi.



Isto é muito bom material, muito bom material mesmo!



WW

Re: O Dr. Campos e Cunha as Virgens e o Jas

MensagemEnviado: 18/5/2005 9:55
por daviddias
intervenções do eng. Sócrates, o sr. ministro perceberia que este particular Executivo não aumenta (confessadamente) os impostos, não reduz pessoal (cria 150 mil empregos)
[/b]

150 mil empregos é uma gota no oceano.. em Portugal sao criados milhoes de empregos por ano..150 mil nao é nd.. o que é preciso é medidas que aumentem a competitividade de Portugal no mundo.. isso sim, e nc as vejo ser tomadas, as escolas sao tratadas ao pontapé, aumenta-se a escolariedade obrigatoria so porque fica bonito, e que tal tornar menos rigido o mercado laboral ? Portugal é o pais da OCDE com maior rigidez no mercado de trabalho.. e ja agora, uma coisa, sabiam que em portugal o prémio por se ter um curso superior é o maior em toda a OCDE, deviam criar niveis de escolariedade intermedios de modo a alterar isto um pc..
atenção, nao tou a dizer isto só pq ele é do PS ou deixa de ser..

podem ter a certeza

MensagemEnviado: 18/5/2005 8:41
por vmerck
o q vale a este politicos de m##### é estarmos na "Europa" senão nem portugueses haveria para votar e certamente com o aprofundar da crise devido as constantes devalorizações da moeda , ja o sistema bancario tinha rebentado.
Agora os politicos (TODOS !!! ) vão chatear as pessoas com mais impostos e NOVAMENTE esta pior q o q estava.
Senhores com este discurso NOVAMENTE ponham JÁ o lugar a disposição , não cumprem as promessas eleitorais ,nem fazem um esforço para tal, quem paga é sempre o mesmo.
1 medida os politicos darem o exemplo.cortar nas despesas como por exemplo a frota de carros.qd um capitão da PSP tem carro do Estado???

Só me apetece gritar, como qd era estudante
NÂO PAGAMOS!!! NÂO PAGAMOS

Re: comentário

MensagemEnviado: 18/5/2005 0:20
por Surfer
jotabil Escreveu:Caro

O que nunca ninguém me soube dizer foi quais foram os critérios utilizados para definir como limite do défice orçamental do estado os tais peregrinos 3% do PIB....porquê 3% e não 5% ou 7% do PIB?.....Quem foi que definiu isso nessa europa magestática e inescrutável?...Quem são esses que nos impôem deste modo obscuro os limites, os modos e os ritmos da nossa vida e do nosso progresso.
Julgo que existe um modo concertado para fazer notar o estado orçamental de portugal para justificar o desenvolvimento de medidas liberais mais profundas e outrossim..dissolver o país na hispanidad.....onde diluiríamos a nossa identidade...no pró movimento concêntrico de uma anquilosada Roma...dos tempos hodiernos.
Mas resta a esperança nas novas tecnologias....sobra esse manancial de evidência e de racionalidade e tb alguma fé...para desmascaramos ..a vetustez dos que nos querem arregimentar...para as mais valias que nos querem retirar à socapa do nosso entendimento...temos
de começar a fazer perguntas antes de tudo mais.

cumps.


Jotabil, isso é para levar a sério ou é mais uma a juntar á história das virgens e passagens do Corão?!

Se não sabes as respostas para as duvidas que levantas, com todo o respeito, então poupa-te na escrita que espremida não "sai" nada....

Cumps!

correcção

MensagemEnviado: 17/5/2005 23:49
por jotabil
quis dizer...movimento concentracionário...e não concêntrico ...como referi.

comentário

MensagemEnviado: 17/5/2005 23:16
por jotabil
Caro

O que nunca ninguém me soube dizer foi quais foram os critérios utilizados para definir como limite do défice orçamental do estado os tais peregrinos 3% do PIB....porquê 3% e não 5% ou 7% do PIB?.....Quem foi que definiu isso nessa europa magestática e inescrutável?...Quem são esses que nos impôem deste modo obscuro os limites, os modos e os ritmos da nossa vida e do nosso progresso.
Julgo que existe um modo concertado para fazer notar o estado orçamental de portugal para justificar o desenvolvimento de medidas liberais mais profundas e outrossim..dissolver o país na hispanidad.....onde diluiríamos a nossa identidade...no pró movimento concêntrico de uma anquilosada Roma...dos tempos hodiernos.
Mas resta a esperança nas novas tecnologias....sobra esse manancial de evidência e de racionalidade e tb alguma fé...para desmascaramos ..a vetustez dos que nos querem arregimentar...para as mais valias que nos querem retirar à socapa do nosso entendimento...temos
de começar a fazer perguntas antes de tudo mais.



cumps.

Ainda sobre o defice

MensagemEnviado: 17/5/2005 23:01
por Aragorn
Boas... nestes ultimos dias tem vindo a publico mais uma onda de alerta para o grave estado do nosso defice e previsões que apontam para a aproximação dos 7% do mesmo.

No entanto, achei curioso uma noticia daquelas "escondidas" do negocios.pt ontem que me fez pensar, que passo a transcrever e que agradecia comentarios dos ilustres pensadores deste forum...

Défice orçamental baixa 21% para 1,8 mil milhões euros até Abril
A Direcção-geral do Orçamento (DGO) informou hoje que o défice orçamental até Abril baixou 21,3% em termos homólogos para 1.823,5 milhões de euros.

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Jornal de Negócios Online
negocios@mediafin.pt


A Direcção-geral do Orçamento (DGO) informou hoje que o défice orçamental até Abril baixou 21,3% em termos homólogos para 1.823,5 milhões de euros.

Esta melhoria do saldo orçamental resulta da conjugação das melhorias verificadas nos défices corrente e de capital.

A redução mais acentuada foi no défice corrente, que baixou 34,2%, para 849,3 milhões de euros, graças ao aumento da receita em 8,8% para 9.797,8 milhões de euros, que superou o crescimento das despesas, que foi de 3,4%, para um total de 10.647,1 milhões de euros.

Já o défice do saldo de capital baixou 5,2%, para 974,2 milhões de euros.

Crescimento da despesa duplica previsões e receita aumenta mais de 10%

Nos primeiros quatro meses do ano, a despesa corrente primária duplica a previsão constante no Orçamento do Estado, ao aumentar aumentou 3,7% para 9.799,2 milhões de euros, em termos homólogos, quando o documento elaborado pelo anterior Governo prevê um aumento anual de 1,8%.

Em relação à última informação da execução orçamental nota-se uma melhoria, uma vez que o ritmo de crescimento baixou dos 5,8% que apresentava no fim do primeiro trimestre.

A despesa corrente, que soma a despesa corrente primária, com os encargos com a dívida pública, apresenta um crescimento de 3,4%, para 10.647,1 milhões de euros, a beneficiar da baixa daqueles encargos em 0,2%, para 847,9 milhões de euros.

A receita fiscal cresceu 10,7%.

Para este aumento agregado, que totalizou 9.107,8 milhões de euros, contribuíram em particular as receitas oriundas dos impostos incidentes sobre o valor acrescentado (IVA) e o consumo de tabaco.

A DGO alerta contudo para o facto de as fortes taxas de crescimento na cobrança de alguns impostos deverem começar a fraquejar.

O comportamento daqueles dois impostos indirectos permitiu que o total desta classe de impostos aumentasse 14,3%, para 5.762,9 milhões de euros.

O IVA viu as receitas subirem 16% para 3.459,8 milhões de euros e o do tabaco 56,2% para 372,3 milhões de euros.

Abaixo da percentagem de crescimento agregado, surgem os outros impostos indirectos.

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Questiono-me:

:arrow: Um defice que melhora homologamente 21% (!) num trimestre, será que anualmente vai ser assim tão pior que o ano anterior?
:arrow: Fazendo um mero calculo simplista, significa que a este ritmo de -1,8mM€ * 4 = 7,2mM€
:arrow: Será uma mera questão sazonal?
:arrow: Não haverá também um pouco de manipulação de opiniões (sei lá, de modo a abrir caminho a medidas menos populistas como aquelas que estão agora na forja?)

Jas

MensagemEnviado: 17/5/2005 22:36
por mcarvalho
ih"ih"!!!! :) :)

um abraço
mcarvalho

Re: Homem lobo

MensagemEnviado: 17/5/2005 22:26
por JAS
mcarvalho Escreveu:O Artigo é interessante mas, não percebo o que faz o JAS no meio do Dr Campos e Cunha e das virgens

No meio salvo seja...
Mas diz o Corão que além das 70 virgens também são distribuídos alguns eunucos.
Esses não sei a quem servirão.

JAS

Homem lobo

MensagemEnviado: 17/5/2005 21:58
por mcarvalho
O Artigo é interessante mas, não percebo o que faz o JAS no meio do Dr Campos e Cunha e das virgens
Compreendo que o Dr Campos e Cunha ponha as "virgens
a render" para resolver a crise

Re: O Dr. Campos e Cunha as Virgens e o Jas

MensagemEnviado: 17/5/2005 21:44
por TraderAT
wolfmen Escreveu:Boas,
...Se quiser prestar um efectivo serviço à nação e manter o toque magrebino e alucinado das metáforas, o dr. Campos e Cunha devia usar o paraíso islâmico, com as setenta virgens da praxe. Ou, em nome do rigor e do pragmatismo, apenas umas trinta e cinco.
" de Alberto Gonçalves CM "
wolf,


Com todo o respeito...quanto à parte das virgens, aposto que o Dr.Campos e Cunha não se importava :mrgreen: :mrgreen: !?

Cumprimentos a todos :wink:

O Dr. Campos e Cunha as Virgens e o Jas

MensagemEnviado: 17/5/2005 20:41
por wolfmen
Boas,

Antes mais desculpem-me abrir um topico só por uma noticia, mas não resisti ás virgens.

Ó Jas desculpe eu mete-lo no meio desta gente da politica, mas como me parece que gosta de uma boa ironia e quando as coisas correm mal tbm chama pelas virgens, aqui vaí:



O dr. Campos e Cunha meteu na cabeça que é prioritário reduzir o défice orçamental, aliás astronómico. E depois é vê-lo, em Lisboa ou no Luxemburgo, a desabafar às massas que “isto” vai mal, e que pior ficará se não se tomarem medidas urgentes. Com vasto descaramento, o homem chega ao ponto de enunciar as medidas: evitar o investimento público; aumentar os impostos; reduzir benefícios sociais.

Escandalosamente, o senhor ministro das Finanças pretende inclusive cortar na despesa do Estado com pessoal, a qual representa 15% do PIB e pertence à esfera do sagrado.

De um ponto de vista “reaccionário”, estas trivialidades podem fazer sentido: não é descabido pedir sacrifícios, e, desde que se perceba o milagre, tentar subtrair, até 2008, quatro mil milhões de euros ao pandemónio dos gastos estatais. Do ponto de vista eleitoral, o dr. Campos e Cunha é maluco, donde o merecido sermão que o primeiro-ministro – para efeitos de protocolo “muito preocupado” com a penúria vigente – lhe administrou.

Notoriamente, o dr. Campos e Cunha ainda não conhece o Governo que integra e o País que governa. Tivesse ele ouvido as raras, e sublimadas, intervenções do eng. Sócrates, o sr. ministro perceberia que este particular Executivo não aumenta (confessadamente) os impostos, não reduz pessoal (cria 150 mil empregos) e não foge das grandes obras públicas (a acreditar no ministro Mário Lino, atira-se a elas com sofreguidão).

O problema não é novo, e vem com o cargo. Ao iniciar funções, certos titulares das Finanças convencem-se de que lhes compete endireitar as contas públicas. Abençoados sejam os pobres de espírito. Como qualquer sujeito lúcido sabe, a pasta das Finanças tem uma única finalidade: legitimar à tripa forra que reina nos ministérios vizinhos. Enquanto uns arrasam o que há e o que não há, convém existir quem pareça assegurar a seriedade do exercício, de forma a relaxar o povo. Em meio ao pagode, é de bom-tom simular “rigor” e “pragmatismo”.

Mas sem exageros. Às vezes, sobretudo quando as coisas dão para o torto, é mesmo aconselhável temperar o “rigor” com uma nota optimista. Em 1993, Braga de Macedo descobriu o “oásis” no exacto momento em que a nossa economia entrava em processo de desidratação. Hoje, o cenário é tão negro que um oásis não basta. Se quiser prestar um efectivo serviço à nação e manter o toque magrebino e alucinado das metáforas, o dr. Campos e Cunha devia usar o paraíso islâmico, com as setenta virgens da praxe. Ou, em nome do rigor e do pragmatismo, apenas umas trinta e cinco.

" de Alberto Gonçalves CM "

wolf,