A TAP
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Varig escolhe TAP para sanear passivo (act2)
Abre caminho para entrada no capitalVarig escolhe TAP para sanear passivo (act2)
A Varig assinou um «memorando de intenções» com a companhia aérea portuguesa TAP com vista ao saneamento do seu passivo, confirmou ao Jornal de Negócios Online, David Zylbersztajn, novo presidente da transportadora brasileira. Em comunicado, a empresa diz que não há garantia da conclusão das negociações.
A Varig assinou, na sexta-feira, no Rio de Janeiro, esse «memorando», mas Zylbersztajn descarta entrar em pormenores devido ao «acordo de confidencialidade» assinado entre as duas partes.
O acordo foi assinado pelo próprio Fernando Pinto, presidente da TAP, que rumou ao Brasil para acertar o negócio.
Segundo a imprensa brasileira de hoje, os termos do acordo são sucintos e é apenas mencionada a intenção de capitalizar a Varig. Mas Zylbersztajn adiantou que «toda a negociação tem que ter um começo».
Em facto relevante, publicado no jornal brasileiro «Estado de São Paulo» a Varig diz que «foi celebrado com a TAP, um memorando de entendimentos com o objectivo de concluir negociação que levem à capitalização directa ou indirecta» da transportadora aérea brasileira.
Este «memorando» seria assim um «começo» para uma futura entrada da TAP no capital da Varig, onde poderá deter no máximo 20% do capital e uma aproximação ao controlo da gestão.
O comunicado oficial refere, no entanto que «essas negociações estão apenas se iniciando sem que haja garantia da sua conclusão, razão pela qual ainda não temos maiores detalhes a serem informados».
A TAP mostrou interesse em fazer parte da reestruturação da Varig, referindo que teria apresentado «soluções» para reduzir o passivo da companhia que ascende a seis mil milhões de reais (dois mil milhões de euros), num rol de outras propostas que a administração tinha para reestruturar a empresa.
Este ano, a TAP passou a integrar a Star Alliance, da qual a Varig já faz parte, pela mão de Fernando Pinto, o actual presidente da Varig que dirigiu os destinos da Varig entre 1996 a 2000.
A TAP tem 40 voos semanais para o Brasil, o maior número de frequências de uma empresa estrangeira no Brasil.
O presidente brasileiro, numa carta a trabalhadores sobre esse interesse de ligação à Varig garantiu que os interesses da empresa portuguesa seriam sempre defendidos.
No mercado, uma aproximação entre as duas companhias aéreas era vista como a melhor solução para os problemas da Varig que chegou a parar oito dos 84 aviões por falta de dinheiro para pagar a fornecedores que começavam a apertar na escolha de um parceiro.
Outros accionistas
A imprensa brasileira também destaca que a nova administração da Varig considera outras hipóteses para reestruturar a empresa, como a entrada de outros accionistas e a venda de activos rentáveis para abater a dívida.
A Fundação Ruben Berta venderia a maior parte da sua participação de 87,7% do capital da Varig.
Parceria operacional
A TAP e a Varig, num primeiro momento, devem enveredar por uma parceria operacional com vista a dar fôlego à Varig, isto porque a empresa estatal portuguesa acabou de concluir o seu processo de reestruturação e vive com a possibilidade de entrar em processo de privatização, de acordo com a imprensa brasileira.
Os voos da Varig para a Europa, por hipótese, passariam a operar em «code share» com a TAP, o que libertaria aviões da Varig para serem devolvidos ou direccionados para outras rotas.
A credibilidade da empresa portuguesa também será útil para ajudar na negociação com as empresas de «leasing» que ameaçam penhorar aviões da Varig por falta de pagamento.
2005/05/16 - 12:48
Fonte: Canal de Negócios
Abre caminho para entrada no capitalVarig escolhe TAP para sanear passivo (act2)
A Varig assinou um «memorando de intenções» com a companhia aérea portuguesa TAP com vista ao saneamento do seu passivo, confirmou ao Jornal de Negócios Online, David Zylbersztajn, novo presidente da transportadora brasileira. Em comunicado, a empresa diz que não há garantia da conclusão das negociações.
A Varig assinou, na sexta-feira, no Rio de Janeiro, esse «memorando», mas Zylbersztajn descarta entrar em pormenores devido ao «acordo de confidencialidade» assinado entre as duas partes.
O acordo foi assinado pelo próprio Fernando Pinto, presidente da TAP, que rumou ao Brasil para acertar o negócio.
Segundo a imprensa brasileira de hoje, os termos do acordo são sucintos e é apenas mencionada a intenção de capitalizar a Varig. Mas Zylbersztajn adiantou que «toda a negociação tem que ter um começo».
Em facto relevante, publicado no jornal brasileiro «Estado de São Paulo» a Varig diz que «foi celebrado com a TAP, um memorando de entendimentos com o objectivo de concluir negociação que levem à capitalização directa ou indirecta» da transportadora aérea brasileira.
Este «memorando» seria assim um «começo» para uma futura entrada da TAP no capital da Varig, onde poderá deter no máximo 20% do capital e uma aproximação ao controlo da gestão.
O comunicado oficial refere, no entanto que «essas negociações estão apenas se iniciando sem que haja garantia da sua conclusão, razão pela qual ainda não temos maiores detalhes a serem informados».
A TAP mostrou interesse em fazer parte da reestruturação da Varig, referindo que teria apresentado «soluções» para reduzir o passivo da companhia que ascende a seis mil milhões de reais (dois mil milhões de euros), num rol de outras propostas que a administração tinha para reestruturar a empresa.
Este ano, a TAP passou a integrar a Star Alliance, da qual a Varig já faz parte, pela mão de Fernando Pinto, o actual presidente da Varig que dirigiu os destinos da Varig entre 1996 a 2000.
A TAP tem 40 voos semanais para o Brasil, o maior número de frequências de uma empresa estrangeira no Brasil.
O presidente brasileiro, numa carta a trabalhadores sobre esse interesse de ligação à Varig garantiu que os interesses da empresa portuguesa seriam sempre defendidos.
No mercado, uma aproximação entre as duas companhias aéreas era vista como a melhor solução para os problemas da Varig que chegou a parar oito dos 84 aviões por falta de dinheiro para pagar a fornecedores que começavam a apertar na escolha de um parceiro.
Outros accionistas
A imprensa brasileira também destaca que a nova administração da Varig considera outras hipóteses para reestruturar a empresa, como a entrada de outros accionistas e a venda de activos rentáveis para abater a dívida.
A Fundação Ruben Berta venderia a maior parte da sua participação de 87,7% do capital da Varig.
Parceria operacional
A TAP e a Varig, num primeiro momento, devem enveredar por uma parceria operacional com vista a dar fôlego à Varig, isto porque a empresa estatal portuguesa acabou de concluir o seu processo de reestruturação e vive com a possibilidade de entrar em processo de privatização, de acordo com a imprensa brasileira.
Os voos da Varig para a Europa, por hipótese, passariam a operar em «code share» com a TAP, o que libertaria aviões da Varig para serem devolvidos ou direccionados para outras rotas.
A credibilidade da empresa portuguesa também será útil para ajudar na negociação com as empresas de «leasing» que ameaçam penhorar aviões da Varig por falta de pagamento.
2005/05/16 - 12:48
Fonte: Canal de Negócios
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A TAP
A TAP
Filipe Rodrigues da Silva
Parece quase surreal, mas a nossa TAP está muito perto de entrar no capital da brasileira Varig, uma das grandes transportadoras aéreas mundiais, mas que vive na actualidade uma crise financeira análoga à sua dimensão.
Parece quase surreal porque são conhecidas as dificuldades que a própria TAP atravessa, ainda que Fernando Pinto tenha feito muito – próximo do que parecia impossível - pela recuperação da empresa nos últimos quatro anos, quando o buraco financeiro e os resultados operacionais negativos da transportadora nacional foram exponencialmente alargados após o caso SwissAir.
A assinatura do memorando de entendimento entre as duas companhias tem pelos vistos a benção do Governo. O processo será complexo. Muito delicado. E certamente deveras polémico.
O mercado brasileiro já representa quase um quarto das receitas da TAP. Aumentar e potenciar esses proveitos seria algo muito tentador, inclusive devido a uma série de rotas que a Varig faz a nível mundial e onde a TAP não está presente, possibilitando alargar a rede de oferta da Star Alliance e apostar na denominada zona sul do Atlântico. Mas entrar – de forma directa ou indirecta, total ou parcial – numa empresa que tem um endividamento na casa dos três mil milhões de euros será a solução mais racional para uma transportadora cuja privatização e o respectivo peso nas contas do Estado ainda não foram resolvidos?
Filipe Rodrigues da Silva
Parece quase surreal, mas a nossa TAP está muito perto de entrar no capital da brasileira Varig, uma das grandes transportadoras aéreas mundiais, mas que vive na actualidade uma crise financeira análoga à sua dimensão.
Parece quase surreal porque são conhecidas as dificuldades que a própria TAP atravessa, ainda que Fernando Pinto tenha feito muito – próximo do que parecia impossível - pela recuperação da empresa nos últimos quatro anos, quando o buraco financeiro e os resultados operacionais negativos da transportadora nacional foram exponencialmente alargados após o caso SwissAir.
A assinatura do memorando de entendimento entre as duas companhias tem pelos vistos a benção do Governo. O processo será complexo. Muito delicado. E certamente deveras polémico.
O mercado brasileiro já representa quase um quarto das receitas da TAP. Aumentar e potenciar esses proveitos seria algo muito tentador, inclusive devido a uma série de rotas que a Varig faz a nível mundial e onde a TAP não está presente, possibilitando alargar a rede de oferta da Star Alliance e apostar na denominada zona sul do Atlântico. Mas entrar – de forma directa ou indirecta, total ou parcial – numa empresa que tem um endividamento na casa dos três mil milhões de euros será a solução mais racional para uma transportadora cuja privatização e o respectivo peso nas contas do Estado ainda não foram resolvidos?
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