Portugal não tem um mercado de capitais, defendeu hoje Belmiro de Azevedo, que assim diz que a expansão do Grupo Sonae passará por Espanha, acrescentando que os escritórios centrais existentes noutros países, como na Alemanha e França, serão fechados.
Com as alterações que a Sonae está a desenvolver «o nosso mercado de capitais vai ser em Espanha (?), porque Portugal não tem mercado de capitais», disse o líder da Sonae, na conferência Portugal em Exame, organizada pela revista «Exame», no Centro Cultural de Belém. Belmiro já tinha afirmado, há anos atras, que a Sonae não preceisava da Bolsa portuguesa.
O responsável afirmou ainda que os escritórios centrais, como o caso da Alemanha já foram encerrados e «França vai fechar nos próximos dois a três meses». «A última coisa que a Sonae quer perder é a competitividade mundial», defendendo que o sucesso passa pela gestão e execução dos projectos.
O problema das empresas, quer seja em Portugal, Espanha, ou no resto do mundo, não passará «por uma decisão política», mas sim pela competitividade, pelas próprias empresas e pela inovação, disse Belmiro de Azevedo.
Para o líder da Sonae, só os bons empresários têm capacidade para resolver os problemas das empresas, pelo que «não percebo porque é que o Estado se mete no que não sabe fazer», acrescentando que o Estado «deve não criar problemas ao bom funcionamento das empresas», apesar de admitir que «há empresa que não deviam existir».
Quanto à Sonae, no mercado espanhol, Belmiro de Azevedo disse que «adaptámo-nos ao modelo espanhol», acrescentando que «estamos bem distribuídos em todas as regiões» espanholas mais importantes.
Portugal não pode transformar-se em «trading» permanente
«Precisamos [Portugal] de mais massa crítica» em Espanha, «precisamos de mais empresas, de mais homens capazes» e «não podemos transformarmo-nos em ‘trading’ permanentes», segundo Belmiro de Azevedo.
O responsável da Sonae afirmou que o problema das empresas portuguesas face às espanholas, passa por o facto dos espanhóis estarem melhor servidos logística e comercialmente e a nível de distribuição.
Belmiro de Azevedo recordou uma afirmação feita pelo primeiro-ministro, José Sócrates, «vamos tentar salvar aquilo que poder ser salvo», afirmando que não entende, visto não valer a pena sustentar empresas que estão a fechar.
As empresas «têm de ser candidatas a ser cada vez maior, mais globais» e ganhar a guerra da competitividade, acrescentando que «se não adaptarmos as empresas para exportar» corremos o risco que Espanha tome conta das empresas e do mercado.
Espanha tem «mais ambição de crescimento»
«Espanha tem sido uma oportunidade perdida para as empresas portuguesas e acho que a culpa não é dos espanhóis», afirmou o português António Viana Baptista, presidente da Telefónica Móviles, afirmando que há um «rigor maior em Espanha» e que Portugal poderia ter aproveitado o crescimento económico registado em Espanha nos últimos anos, o que não conseguiu fazer.
Os «espanhóis têm mais ambição de crescimento», defendeu o responsável da operadora, e «nem conseguem admitir, por exemplo, que os franceses, por estarem há mais tempo na UE têm mais hipóteses» do que eles, nem «porque é que as empresas nacionais não podem crescer» além fronteiras.
O responsável da Telefónica Móviles, que é parceira da Portugal Telecom no mercado brasileiro e em Marrocos, acrescentou que as empresas espanholas «já não têm ambição de liderar o mercado espanhol, têm muito mais», apontando o caso do Santander, que é o maior banco da América Latina e realizou uma aquisição de grande dimensão no Reino Unido.
«Ter uma visão mais global, rigor na execução e utilizar o mercado de capitais» é fundamental para as empresas e «aplica-se a qualquer empresário». «As empresas que têm tido sucesso em Espanha têm esta visão global». O responsável acrescentou ainda que se as empresas portuguesas se focassem mais num mercado, em vez de espalharem lojas e sedes, «teriam mais sucesso».
António Baptista afirmou ainda que a Catalunha é um bom exemplo para Portugal, pois tem conseguido levar para a região «centros de decisão» nacionais, em parte devido ao La Caixa, acrescentando que este seria «um papel que a CGD pode desempenhar». O banco espanhol tem importantes posições accionistas nas maiores empresas espanholas, como a Iberdrola e a Telefónica.
Critérios para a internacionalização
António Baptista definiu alguns critérios para a internacionalização de uma empresa, sendo determinante «a dimensão do projecto», sendo necessário uma empresa saber se consegue comportar o projecto, acrescentando que este passo «só vale a pena se transformar a empresa».
A «capacidade de gestão» também é fundamental, saber até que ponto consegue gerir a empresa tendo uma dependência em Espanha, por exemplo. O responsável acrescentou ainda que uma empresa não deve deixar de se internacionalizar «por falta de capitais», pois a Península Ibérica tem muitos fundos dispostos a financiar.

Com as alterações que a Sonae está a desenvolver «o nosso mercado de capitais vai ser em Espanha (?), porque Portugal não tem mercado de capitais», disse o líder da Sonae, na conferência Portugal em Exame, organizada pela revista «Exame», no Centro Cultural de Belém. Belmiro já tinha afirmado, há anos atras, que a Sonae não preceisava da Bolsa portuguesa.
O responsável afirmou ainda que os escritórios centrais, como o caso da Alemanha já foram encerrados e «França vai fechar nos próximos dois a três meses». «A última coisa que a Sonae quer perder é a competitividade mundial», defendendo que o sucesso passa pela gestão e execução dos projectos.
O problema das empresas, quer seja em Portugal, Espanha, ou no resto do mundo, não passará «por uma decisão política», mas sim pela competitividade, pelas próprias empresas e pela inovação, disse Belmiro de Azevedo.
Para o líder da Sonae, só os bons empresários têm capacidade para resolver os problemas das empresas, pelo que «não percebo porque é que o Estado se mete no que não sabe fazer», acrescentando que o Estado «deve não criar problemas ao bom funcionamento das empresas», apesar de admitir que «há empresa que não deviam existir».
Quanto à Sonae, no mercado espanhol, Belmiro de Azevedo disse que «adaptámo-nos ao modelo espanhol», acrescentando que «estamos bem distribuídos em todas as regiões» espanholas mais importantes.
Portugal não pode transformar-se em «trading» permanente
«Precisamos [Portugal] de mais massa crítica» em Espanha, «precisamos de mais empresas, de mais homens capazes» e «não podemos transformarmo-nos em ‘trading’ permanentes», segundo Belmiro de Azevedo.
O responsável da Sonae afirmou que o problema das empresas portuguesas face às espanholas, passa por o facto dos espanhóis estarem melhor servidos logística e comercialmente e a nível de distribuição.
Belmiro de Azevedo recordou uma afirmação feita pelo primeiro-ministro, José Sócrates, «vamos tentar salvar aquilo que poder ser salvo», afirmando que não entende, visto não valer a pena sustentar empresas que estão a fechar.
As empresas «têm de ser candidatas a ser cada vez maior, mais globais» e ganhar a guerra da competitividade, acrescentando que «se não adaptarmos as empresas para exportar» corremos o risco que Espanha tome conta das empresas e do mercado.
Espanha tem «mais ambição de crescimento»
«Espanha tem sido uma oportunidade perdida para as empresas portuguesas e acho que a culpa não é dos espanhóis», afirmou o português António Viana Baptista, presidente da Telefónica Móviles, afirmando que há um «rigor maior em Espanha» e que Portugal poderia ter aproveitado o crescimento económico registado em Espanha nos últimos anos, o que não conseguiu fazer.
Os «espanhóis têm mais ambição de crescimento», defendeu o responsável da operadora, e «nem conseguem admitir, por exemplo, que os franceses, por estarem há mais tempo na UE têm mais hipóteses» do que eles, nem «porque é que as empresas nacionais não podem crescer» além fronteiras.
O responsável da Telefónica Móviles, que é parceira da Portugal Telecom no mercado brasileiro e em Marrocos, acrescentou que as empresas espanholas «já não têm ambição de liderar o mercado espanhol, têm muito mais», apontando o caso do Santander, que é o maior banco da América Latina e realizou uma aquisição de grande dimensão no Reino Unido.
«Ter uma visão mais global, rigor na execução e utilizar o mercado de capitais» é fundamental para as empresas e «aplica-se a qualquer empresário». «As empresas que têm tido sucesso em Espanha têm esta visão global». O responsável acrescentou ainda que se as empresas portuguesas se focassem mais num mercado, em vez de espalharem lojas e sedes, «teriam mais sucesso».
António Baptista afirmou ainda que a Catalunha é um bom exemplo para Portugal, pois tem conseguido levar para a região «centros de decisão» nacionais, em parte devido ao La Caixa, acrescentando que este seria «um papel que a CGD pode desempenhar». O banco espanhol tem importantes posições accionistas nas maiores empresas espanholas, como a Iberdrola e a Telefónica.
Critérios para a internacionalização
António Baptista definiu alguns critérios para a internacionalização de uma empresa, sendo determinante «a dimensão do projecto», sendo necessário uma empresa saber se consegue comportar o projecto, acrescentando que este passo «só vale a pena se transformar a empresa».
A «capacidade de gestão» também é fundamental, saber até que ponto consegue gerir a empresa tendo uma dependência em Espanha, por exemplo. O responsável acrescentou ainda que uma empresa não deve deixar de se internacionalizar «por falta de capitais», pois a Península Ibérica tem muitos fundos dispostos a financiar.
Espero bem que a seguir a ele, os outros sigam o exemplo 