Vivo sem portugueses na gestão
A Vivo, empresa de telecomunicações brasileira detida em partes iguais pela PT e pela Telefónica, vai ter como presidente-executivo (CEO) Roberto Lima, um brasileiro nomeado pela PT para o lugar de Francisco Padinha, apurou o Jornal de Negócios online.
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Bárbara Leite
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Pedro S. Guerreiro
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Sérgio Figueiredo
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A Vivo, empresa de telecomunicações brasileira detida em partes iguais pela PT e pela Telefónica, vai ter como presidente-executivo (CEO) Roberto Lima, um brasileiro nomeado pela PT para o lugar de Francisco Padinha, apurou o Jornal de Negócios online.
É a primeira vez que esta "joint-venture" não conta com um português na sua gestão. Recorde-se que, no acordo parassocial entre espanhóis e portugueses, a Telefónica nomeia o presidente da administração (chairman) e o administrador com o pelouro financeiro (CFO).
Roberto Lima, 54 anos, exerceu anteriormente o cargo de presidente do Credicard, cujos accionistas eram o Unibanco, o Itaú e o Citigroup.
No início deste ano, em Janeiro, o Unibanco saiu e Roberto Lima foi substituído no cargo. Antes, este executivo brasileiro passou pela cadeia de hotéis do Grupo Accor (era responsável pelos tickets-restaurante) e pela Rodia.
Recorde-se que a PT inicialmente tinha proposto o nome de António Mexia para CEO da Vivo, mas este foi recusado pela Telefónica, que sempre quis um brasileiro naquele cargo. António Amorim, que lidera o negócio da rede fixa na Vivo, era o nome preferido pelos espanhóis. Roberto Lima acaba por ser a escolha de compromisso.
Fonte oficial da PT, contactada pelo Jornal de Negócios online, garante que a decisão não está ainda tomada.
*Correspondente em São Paulo