Lucros da Brisa aumentam 9% apesar de queda no tráfego (act)
26/04/2005 18:32
Acima do esperado Lucros da Brisa aumentam 9% apesar de queda no tráfego (act)
A Brisa registou um resultado líquido de 40 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, mais 9% que no período homólogo de 2004 e acima das estimativas dos analistas. A empresa conseguiu aumentar os lucros apresar da queda no tráfego nas suas auto-estradas.
Num comunicado a Brisa [brisa] diz que os resultados do primeiro trimestre deste ano comparam com resultados líquidos de 36,6 milhões de euros no período homólogo, um valor que tem já em conta as novas normas contabilísticas IAS/IFRS.
Os analistas consultados pela Reuters aguardavam que os lucros oscilassem entre os 32 e os 38,7 milhões de euros. Para além das alterações contabilísticas, o perímetro de consolidação da Brisa sofreu alterações, com a incorporação da Tyco Engenharia Unipessoal, que originou um acréscimo de 2,3 milhões de euros nas receitas, e a venda da BCI.
«Estes crescimento nos resultados foi obtido numa conjuntura difícil, em que as receitas operacionais cresceram apenas 2%», refere a empresa num comunicado. Estas atingiram 130,8 milhões de euros, com o EBITDA a aumentar 1% para 96,2 milhões de euros e os resultados antes de impostos a totalizaram 52,1 milhões de euros, mais 5% que no período homólogo.
A margem EBITDA piorou 0,07 pontos percentuais para 73,6%. Os custos operacionais aumentaram 1,5% para 61,2 milhões de euros, com o agravamento dos fornecimentos e serviços externos a diluir o impacto da queda de 7% nos custos com pessoal. Em Março a Brisa tinha 2.971 colaboradores, a que corresponde uma descida de 10%. Com o mesmo perímetro de consolidação o quadro de pessoal manteve-se.
Os resultados financeiros, negativos em 17,5 milhões de euros, desceram em 4%, um movimento explicado pela empresa pelo facto de não terem ocorrido «grandes variações da dívida. Esta, contra Dezembro de 2004, cresceu 3% para 2,27 mil milhões de euros.
No primeiro trimestredeste ano a Brisa realizou investimentos de 120 milhões de euros, mais 211% que o ocorrido nos primeiros três meses do ano passado. Na sua rede actual de auto-estradas os investimentos aumentaram 67%.
Tráfego cai economia fraca e combustíveis mais caros
As receitas com portagens da Brisa desceram 1% para 116 milhões de euros, mas a empresa salienta que no ano passado o primeiro trimestre teve mais um dia, por ser bissexto. Sem este efeito as receitas com portagens teriam ficam estáveis.
Apesar disso, o tráfego médio diário, um indicador que permite analisar com mais detalhe o tráfego nas auto-estradas da Brisa e olhado com muita atenção pelos analistas, caiu 1,5%.
Nos primeiros três meses deste ano o tráfego total na rede da Brisa desceu 2,1% e a empresa afirma que «o comportamento do tráfego espelha a situação económica difícil em Portugal, bem como a significativa subida dos preços dos combustíveis».
Com a escalada dos preços do petróleo as gasolineiras portuguesas têm efectuado aumentos consideráveis nos preços do gasóleo e gasolina. Depois de terminar 2004 em recessão técnica, os últimos indicadores apontam para que a fraca actividade económica em Portugal tenha continuado em 2005.
As acções da Brisa fecharam a subir 0,82% para os 6,18 euros.
26/04/2005 18:32
Acima do esperado Lucros da Brisa aumentam 9% apesar de queda no tráfego (act)
A Brisa registou um resultado líquido de 40 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, mais 9% que no período homólogo de 2004 e acima das estimativas dos analistas. A empresa conseguiu aumentar os lucros apresar da queda no tráfego nas suas auto-estradas.
Num comunicado a Brisa [brisa] diz que os resultados do primeiro trimestre deste ano comparam com resultados líquidos de 36,6 milhões de euros no período homólogo, um valor que tem já em conta as novas normas contabilísticas IAS/IFRS.
Os analistas consultados pela Reuters aguardavam que os lucros oscilassem entre os 32 e os 38,7 milhões de euros. Para além das alterações contabilísticas, o perímetro de consolidação da Brisa sofreu alterações, com a incorporação da Tyco Engenharia Unipessoal, que originou um acréscimo de 2,3 milhões de euros nas receitas, e a venda da BCI.
«Estes crescimento nos resultados foi obtido numa conjuntura difícil, em que as receitas operacionais cresceram apenas 2%», refere a empresa num comunicado. Estas atingiram 130,8 milhões de euros, com o EBITDA a aumentar 1% para 96,2 milhões de euros e os resultados antes de impostos a totalizaram 52,1 milhões de euros, mais 5% que no período homólogo.
A margem EBITDA piorou 0,07 pontos percentuais para 73,6%. Os custos operacionais aumentaram 1,5% para 61,2 milhões de euros, com o agravamento dos fornecimentos e serviços externos a diluir o impacto da queda de 7% nos custos com pessoal. Em Março a Brisa tinha 2.971 colaboradores, a que corresponde uma descida de 10%. Com o mesmo perímetro de consolidação o quadro de pessoal manteve-se.
Os resultados financeiros, negativos em 17,5 milhões de euros, desceram em 4%, um movimento explicado pela empresa pelo facto de não terem ocorrido «grandes variações da dívida. Esta, contra Dezembro de 2004, cresceu 3% para 2,27 mil milhões de euros.
No primeiro trimestredeste ano a Brisa realizou investimentos de 120 milhões de euros, mais 211% que o ocorrido nos primeiros três meses do ano passado. Na sua rede actual de auto-estradas os investimentos aumentaram 67%.
Tráfego cai economia fraca e combustíveis mais caros
As receitas com portagens da Brisa desceram 1% para 116 milhões de euros, mas a empresa salienta que no ano passado o primeiro trimestre teve mais um dia, por ser bissexto. Sem este efeito as receitas com portagens teriam ficam estáveis.
Apesar disso, o tráfego médio diário, um indicador que permite analisar com mais detalhe o tráfego nas auto-estradas da Brisa e olhado com muita atenção pelos analistas, caiu 1,5%.
Nos primeiros três meses deste ano o tráfego total na rede da Brisa desceu 2,1% e a empresa afirma que «o comportamento do tráfego espelha a situação económica difícil em Portugal, bem como a significativa subida dos preços dos combustíveis».
Com a escalada dos preços do petróleo as gasolineiras portuguesas têm efectuado aumentos consideráveis nos preços do gasóleo e gasolina. Depois de terminar 2004 em recessão técnica, os últimos indicadores apontam para que a fraca actividade económica em Portugal tenha continuado em 2005.
As acções da Brisa fecharam a subir 0,82% para os 6,18 euros.