Ex-dividendos atiram bolsa para queda de quase 1%
Ex-dividendos atiram bolsa para queda de quase 1%
A entrada no período de «ex-dividendos» de quatro das cotadas do PSI-20 vai pressionar a bolsa hoje em 0,84%. Mantendo-se o valor das restantes acções, o índice recua para perto do mínimo de três meses.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
A entrada no período de «ex-dividendos» de quatro das cotadas do PSI-20 vai pressionar a bolsa hoje em 0,84%. Mantendo-se o valor das restantes acções, o índice recua para perto do mínimo de três meses.
A Cofina, a Corticeira Amorim, a Energias de Portugal (EDP) e a Jerónimo Martins vão hoje entrar no período de «ex-dividendos», ou seja, os investidores que comprarem acções destas empresas a partir de hoje já não serão contemplados com a remuneração que vai começar a ser distribuída a partir desta sexta-feira.
Como existe transferência de valor das empresas para os accionistas, os títulos vão sofrer hoje uma correcção percentual idêntica ao «dividend yield», com um impacto negativo no PSI-20. O principal índice accionista da bolsa nacional fechou ontem nos 7.817,09 pontos.
Segundo os cálculos do Jornal de Negócios, a entrada no período de «ex-dividendos» das quatro emitentes vai levar o índice hoje para os 7.751,37 pontos, caso as restantes emissões da amostra mantenham a cotação de segunda-feira.
A confirmar-se esta correcção, o índice vai recuar para perto do mínimo de três meses, ou seja, a apenas 12 pontos do valor mais baixo desde 14 de Janeiro, a última vez que o «benchmark» quebrou a barreira dos 7.700 pontos.
EDP nos últimos seis meses
Eléctrica pode recuar para mínimo de 11 meses
O maior impacto para a queda do PSI-20 será provocado pela correcção das acções da EDP que, a partir desta sexta-feira vai remunerar cada acção com um dividendo bruto de 0,09243 euros.
Caso a oscilação do papel hoje se faça só à conta dos dividendos, a cotação da eléctrica vai cair para os 2,11 euros, o nível mais baixo desde Maio de 2004.
A maior eléctrica nacional, em 2004, registou resultados líquidos de 440,2 milhões de euros, um valor que representou um crescimento de 15,5% face ao obtido em 2003.
Deste montante, será distribuído aos accionistas um total de 338 milhões de euros em forma de dividendos, a que corresponde um «payout» de 77%.
As empresas com maior peso no índice são as que mais pressionam a bolsa aquando da entrada no período de «ex-dividendos».
O Banco Comercial Português, quando destacou os dividendos intercalares a 1 de Abril, sofreu um deslize de 1,9%. A Portugal Telecom, também com um peso de quase 20% no PSI-20, devido ao adiamento da assembleia geral de accionistas, ainda não desvendou a data a partir da qual vai remunerar os accionistas.
As acções da Jerónimo Martins também, a partir de hoje, negoceiam sem o dividendo ilíquido unitário de 0,36 euros, sendo o primeiro dividendo que a empresa paga desde o exercício de 2000. O «chairman» Alexandre Soares dos Santos já disse que pretende manter uma política de distribuição numa percentagem entre 40 e 50% dos lucros. Em 2004, os lucros da distribuidora cresceram 59% para um valor recorde de 92,5 milhões de euros.
A empresa de cortiça é outra que, depois de um período de interregno, volta a distribuir parte dos resultados. Em 2001, a sociedade distribuiu um dividendo ilíquido por acção de 0,035 euros.
Desde então, a companhia citou a «necessidade de manutenção de um adequado equilíbrio financeiro» para não pagar. Nesta sexta-feira, a Corticeira regressa com a distribuição de um dividendo de 0,035 euros, o que vai retirar 3,07% do valor do título.
O destaque dos dividendos na Cofina, por seu lado, deverá provocar uma correcção de 1,48% nos títulos. A empresa liderada por Paulo Fernandes registou resultados de 15,5 milhões de euros, em 2004, mais 27,1% que no ano anterior, tendo aumentado o valor dos dividendos dos 0,04 euros para os 0,05 euros.
A entrada no período de «ex-dividendos» de quatro das cotadas do PSI-20 vai pressionar a bolsa hoje em 0,84%. Mantendo-se o valor das restantes acções, o índice recua para perto do mínimo de três meses.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
A entrada no período de «ex-dividendos» de quatro das cotadas do PSI-20 vai pressionar a bolsa hoje em 0,84%. Mantendo-se o valor das restantes acções, o índice recua para perto do mínimo de três meses.
A Cofina, a Corticeira Amorim, a Energias de Portugal (EDP) e a Jerónimo Martins vão hoje entrar no período de «ex-dividendos», ou seja, os investidores que comprarem acções destas empresas a partir de hoje já não serão contemplados com a remuneração que vai começar a ser distribuída a partir desta sexta-feira.
Como existe transferência de valor das empresas para os accionistas, os títulos vão sofrer hoje uma correcção percentual idêntica ao «dividend yield», com um impacto negativo no PSI-20. O principal índice accionista da bolsa nacional fechou ontem nos 7.817,09 pontos.
Segundo os cálculos do Jornal de Negócios, a entrada no período de «ex-dividendos» das quatro emitentes vai levar o índice hoje para os 7.751,37 pontos, caso as restantes emissões da amostra mantenham a cotação de segunda-feira.
A confirmar-se esta correcção, o índice vai recuar para perto do mínimo de três meses, ou seja, a apenas 12 pontos do valor mais baixo desde 14 de Janeiro, a última vez que o «benchmark» quebrou a barreira dos 7.700 pontos.
EDP nos últimos seis meses
Eléctrica pode recuar para mínimo de 11 meses
O maior impacto para a queda do PSI-20 será provocado pela correcção das acções da EDP que, a partir desta sexta-feira vai remunerar cada acção com um dividendo bruto de 0,09243 euros.
Caso a oscilação do papel hoje se faça só à conta dos dividendos, a cotação da eléctrica vai cair para os 2,11 euros, o nível mais baixo desde Maio de 2004.
A maior eléctrica nacional, em 2004, registou resultados líquidos de 440,2 milhões de euros, um valor que representou um crescimento de 15,5% face ao obtido em 2003.
Deste montante, será distribuído aos accionistas um total de 338 milhões de euros em forma de dividendos, a que corresponde um «payout» de 77%.
As empresas com maior peso no índice são as que mais pressionam a bolsa aquando da entrada no período de «ex-dividendos».
O Banco Comercial Português, quando destacou os dividendos intercalares a 1 de Abril, sofreu um deslize de 1,9%. A Portugal Telecom, também com um peso de quase 20% no PSI-20, devido ao adiamento da assembleia geral de accionistas, ainda não desvendou a data a partir da qual vai remunerar os accionistas.
As acções da Jerónimo Martins também, a partir de hoje, negoceiam sem o dividendo ilíquido unitário de 0,36 euros, sendo o primeiro dividendo que a empresa paga desde o exercício de 2000. O «chairman» Alexandre Soares dos Santos já disse que pretende manter uma política de distribuição numa percentagem entre 40 e 50% dos lucros. Em 2004, os lucros da distribuidora cresceram 59% para um valor recorde de 92,5 milhões de euros.
A empresa de cortiça é outra que, depois de um período de interregno, volta a distribuir parte dos resultados. Em 2001, a sociedade distribuiu um dividendo ilíquido por acção de 0,035 euros.
Desde então, a companhia citou a «necessidade de manutenção de um adequado equilíbrio financeiro» para não pagar. Nesta sexta-feira, a Corticeira regressa com a distribuição de um dividendo de 0,035 euros, o que vai retirar 3,07% do valor do título.
O destaque dos dividendos na Cofina, por seu lado, deverá provocar uma correcção de 1,48% nos títulos. A empresa liderada por Paulo Fernandes registou resultados de 15,5 milhões de euros, em 2004, mais 27,1% que no ano anterior, tendo aumentado o valor dos dividendos dos 0,04 euros para os 0,05 euros.