A minha opinião sobre a Cimpor permanece alterada desde a última vez que escrevi sobre ela. Transcrevo o que escrevi na altura e deixo os gráficos actualizados:
Uma das acções que deixou de ser objecto da maior parte das conversas dos investidores foi a Cimpor. A grande cimenteira portuguesa, pela sua diminuta volatilidade, deixou de concentrar as atenções sobre ela e muitos investidores consideram-na um “papel morto”.
Ao contrário da generalidade das acções da Bolsa portuguesa, a Cimpor começou a viver o seu momento de euforia a partir de Abril de 2000, numa altura em que os mercados mundiais iniciavam uma das maiores correcções de que há memória. Contudo, o início da luta pelo controlo da empresa, fez com que os grandes grupos interessados no controlo da Cimpor exercessem uma enorme pressão de compra, que fez a acção ganhar 150% no período de um ano. Este valor é ainda mais significativo se tomarmos em linha de conta que, durante o mesmo período, o PSI perdeu cerca de 30%.
O auge desse movimento de alta foi atingido em Abril de 2001, escassos dias após uma Assembleia Geral de contornos decisivos quanto ao posicionamento estratégico dos diferentes grupos no controlo da Cimpor. A partir daí, a queda foi rápida e, passado algum tempo, a cotação estabilizou. Uma vez que a maior parte das acções existentes no mercado estão “bloqueadas” por grandes grupos que não as negoceiam, o verdadeiro número de acções disponíveis no mercado é pequeno, o que tem retirado volatilidade e interesse à acção.
Discretamente, nos últimos tempos, a acção tem subido consistentemente e está a aproximar-se de uma importante zona de resistência entre os 4,45 e os 4,5 euros. Tem sido esta zona a travar a acção, sempre que tenta voar mais alto e é o ponto chave para o futuro do título.
Se a Cimpor quebrar os 4,5 euros, consistentemente, penso que dará um grande sinal de compra em termos de médio prazo. E se essa ruptura acontecer e a indiferença dos investidores se mantiver, ainda será mais positivo para a acção pois será sinal que a “multidão” ainda não entrou no papel.
Longe vão os tempos de glória e de emoção em torno da Cimpor, mas convém não a perder de vista, pois um sinal importante pode estar à porta. E quanto menos investidores tentarem entrarem por essa porta que está prestes a abrir-se, melhor. O verdadeiro perigo é quando uma multidão tenta entrar, ao mesmo tempo, por uma mesma porta.
Um abraço,
Ulisses
Uma das acções que deixou de ser objecto da maior parte das conversas dos investidores foi a Cimpor. A grande cimenteira portuguesa, pela sua diminuta volatilidade, deixou de concentrar as atenções sobre ela e muitos investidores consideram-na um “papel morto”.
Ao contrário da generalidade das acções da Bolsa portuguesa, a Cimpor começou a viver o seu momento de euforia a partir de Abril de 2000, numa altura em que os mercados mundiais iniciavam uma das maiores correcções de que há memória. Contudo, o início da luta pelo controlo da empresa, fez com que os grandes grupos interessados no controlo da Cimpor exercessem uma enorme pressão de compra, que fez a acção ganhar 150% no período de um ano. Este valor é ainda mais significativo se tomarmos em linha de conta que, durante o mesmo período, o PSI perdeu cerca de 30%.
O auge desse movimento de alta foi atingido em Abril de 2001, escassos dias após uma Assembleia Geral de contornos decisivos quanto ao posicionamento estratégico dos diferentes grupos no controlo da Cimpor. A partir daí, a queda foi rápida e, passado algum tempo, a cotação estabilizou. Uma vez que a maior parte das acções existentes no mercado estão “bloqueadas” por grandes grupos que não as negoceiam, o verdadeiro número de acções disponíveis no mercado é pequeno, o que tem retirado volatilidade e interesse à acção.
Discretamente, nos últimos tempos, a acção tem subido consistentemente e está a aproximar-se de uma importante zona de resistência entre os 4,45 e os 4,5 euros. Tem sido esta zona a travar a acção, sempre que tenta voar mais alto e é o ponto chave para o futuro do título.
Se a Cimpor quebrar os 4,5 euros, consistentemente, penso que dará um grande sinal de compra em termos de médio prazo. E se essa ruptura acontecer e a indiferença dos investidores se mantiver, ainda será mais positivo para a acção pois será sinal que a “multidão” ainda não entrou no papel.
Longe vão os tempos de glória e de emoção em torno da Cimpor, mas convém não a perder de vista, pois um sinal importante pode estar à porta. E quanto menos investidores tentarem entrarem por essa porta que está prestes a abrir-se, melhor. O verdadeiro perigo é quando uma multidão tenta entrar, ao mesmo tempo, por uma mesma porta.
Um abraço,
Ulisses