Livros do lado de lá do Atlântico
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Olá Thomas.
A minha opinião sobre a Cimpor permanece alterada desde a última vez que escrevi sobre ela. Transcrevo o que escrevi na altura e deixo os gráficos actualizados:
Uma das acções que deixou de ser objecto da maior parte das conversas dos investidores foi a Cimpor. A grande cimenteira portuguesa, pela sua diminuta volatilidade, deixou de concentrar as atenções sobre ela e muitos investidores consideram-na um “papel morto”.
Ao contrário da generalidade das acções da Bolsa portuguesa, a Cimpor começou a viver o seu momento de euforia a partir de Abril de 2000, numa altura em que os mercados mundiais iniciavam uma das maiores correcções de que há memória. Contudo, o início da luta pelo controlo da empresa, fez com que os grandes grupos interessados no controlo da Cimpor exercessem uma enorme pressão de compra, que fez a acção ganhar 150% no período de um ano. Este valor é ainda mais significativo se tomarmos em linha de conta que, durante o mesmo período, o PSI perdeu cerca de 30%.
O auge desse movimento de alta foi atingido em Abril de 2001, escassos dias após uma Assembleia Geral de contornos decisivos quanto ao posicionamento estratégico dos diferentes grupos no controlo da Cimpor. A partir daí, a queda foi rápida e, passado algum tempo, a cotação estabilizou. Uma vez que a maior parte das acções existentes no mercado estão “bloqueadas” por grandes grupos que não as negoceiam, o verdadeiro número de acções disponíveis no mercado é pequeno, o que tem retirado volatilidade e interesse à acção.
Discretamente, nos últimos tempos, a acção tem subido consistentemente e está a aproximar-se de uma importante zona de resistência entre os 4,45 e os 4,5 euros. Tem sido esta zona a travar a acção, sempre que tenta voar mais alto e é o ponto chave para o futuro do título.
Se a Cimpor quebrar os 4,5 euros, consistentemente, penso que dará um grande sinal de compra em termos de médio prazo. E se essa ruptura acontecer e a indiferença dos investidores se mantiver, ainda será mais positivo para a acção pois será sinal que a “multidão” ainda não entrou no papel.
Longe vão os tempos de glória e de emoção em torno da Cimpor, mas convém não a perder de vista, pois um sinal importante pode estar à porta. E quanto menos investidores tentarem entrarem por essa porta que está prestes a abrir-se, melhor. O verdadeiro perigo é quando uma multidão tenta entrar, ao mesmo tempo, por uma mesma porta.
Um abraço,
Ulisses
A minha opinião sobre a Cimpor permanece alterada desde a última vez que escrevi sobre ela. Transcrevo o que escrevi na altura e deixo os gráficos actualizados:
Uma das acções que deixou de ser objecto da maior parte das conversas dos investidores foi a Cimpor. A grande cimenteira portuguesa, pela sua diminuta volatilidade, deixou de concentrar as atenções sobre ela e muitos investidores consideram-na um “papel morto”.
Ao contrário da generalidade das acções da Bolsa portuguesa, a Cimpor começou a viver o seu momento de euforia a partir de Abril de 2000, numa altura em que os mercados mundiais iniciavam uma das maiores correcções de que há memória. Contudo, o início da luta pelo controlo da empresa, fez com que os grandes grupos interessados no controlo da Cimpor exercessem uma enorme pressão de compra, que fez a acção ganhar 150% no período de um ano. Este valor é ainda mais significativo se tomarmos em linha de conta que, durante o mesmo período, o PSI perdeu cerca de 30%.
O auge desse movimento de alta foi atingido em Abril de 2001, escassos dias após uma Assembleia Geral de contornos decisivos quanto ao posicionamento estratégico dos diferentes grupos no controlo da Cimpor. A partir daí, a queda foi rápida e, passado algum tempo, a cotação estabilizou. Uma vez que a maior parte das acções existentes no mercado estão “bloqueadas” por grandes grupos que não as negoceiam, o verdadeiro número de acções disponíveis no mercado é pequeno, o que tem retirado volatilidade e interesse à acção.
Discretamente, nos últimos tempos, a acção tem subido consistentemente e está a aproximar-se de uma importante zona de resistência entre os 4,45 e os 4,5 euros. Tem sido esta zona a travar a acção, sempre que tenta voar mais alto e é o ponto chave para o futuro do título.
Se a Cimpor quebrar os 4,5 euros, consistentemente, penso que dará um grande sinal de compra em termos de médio prazo. E se essa ruptura acontecer e a indiferença dos investidores se mantiver, ainda será mais positivo para a acção pois será sinal que a “multidão” ainda não entrou no papel.
Longe vão os tempos de glória e de emoção em torno da Cimpor, mas convém não a perder de vista, pois um sinal importante pode estar à porta. E quanto menos investidores tentarem entrarem por essa porta que está prestes a abrir-se, melhor. O verdadeiro perigo é quando uma multidão tenta entrar, ao mesmo tempo, por uma mesma porta.
Um abraço,
Ulisses
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Amazon.com
Boa empresa, mas ainda uma criança... possivelmente se não fosse vitima dos especuladores das .com hoje estaria com uma saude bem melhor.
Já agora Ulisses ainda tens a mesma opinião sobre Cimpor? para mim é um titulo morto...
Já agora Ulisses ainda tens a mesma opinião sobre Cimpor? para mim é um titulo morto...
Todo o Homem tem um preço, nem que seja uma lata de atum
Livros do lado de lá do Atlântico
Falar de livros nos tempos modernos é falar de Amazon.com. Falar de um dos exemplos de sucesso na Internet é falar na Amazon. Aquela que é hoje a maior livraria on-line do mundo, continua a ver o seu número de utilizadores crescer e finalmente os lucros a florescerem.
Não eram muitos aqueles que, no Verão de 1997, conheciam a Amazon. A acção estava cotada a 1,5 dólares e era apenas mais um daqueles projectos cibernéticos de enormes sonhos, mas de sucesso duvidoso. Em dois anos tudo se alterou. A Internet teve um enorme crescimento e começou a perceber-se o enorme potencial existente nos projectos relacionados com esta área. A cotação da Amazon acompanhou esse incremento de expectativas e a acção em Abril de 1999 ultrapassa pela primeira vez os 100 dólares! Felizes aqueles tinham comprado a acção dois anos antes a 1,5 dólares.
A empresa era aquilo que eu considerava perfeita para o cliente. O atendimento era de uma eficácia impressionante e as encomendas feitas on-line chegavam ao seu destino com uma rapidez impressionante. Foi nessa altura, graças à Amazon, que me rendi às vantagens das compras on-line. Apesar disso, a empresa não dava lucros e vivia apenas do seu enorme potencial.
Vivíamos uma época de euforia em que tudo o que tivesse o símbolo “.com” parecia ouro. Todos tinham acções da Internet em carteira, pois o céu parecia o seu destino. E quando a unanimidade se instala no mercado, geralmente todos se enganam. Foi isso que sucedeu, com as acções do sector a iniciarem um autêntico massacre, perdendo quase todo o seu valor. Em pouco mais de um ano, a Amazon caía dos 100 para a casa dos 5 dólares!
Em finais de 2001, os investidores nem queriam ouvir falar de acções ligadas à Internet, pois a maioria tinha-as comprado perto do topo da euforia e sofreram na pele o autêntico pesadelo do seu regresso à Terra. Uma vez mais, o mercado fez questão de fintar a unanimidade e premiar os investidores que tinham vendido as suas acções com o regresso da Amazon às subidas.
Talvez não seja coincidência o facto de, nessa altura, a Amazon ter feito uma série de despedimentos e de cortes nos custos. A qualidade no atendimento ressentiu-se um pouco. Deixou de ser a empresa perfeita para o cliente mas começou a caminhar para os lucros. A acção voltou às subidas e ganhou mais de 1000% em 2 anos. Impressionante desempenho para uma acção que era dada como morta…
Neste momento, depois de uma correcção que dura há longos meses, a acção encontra-se num ponto que considero crucial:a zona entre os 33 e os 34 dólares.Uma quebra deste suporte deixa a acção numa situação técnica muito fragilizada e abre portas para mais quedas. É, por isso, importante que os touros consigam defender este suporte senão a acção pode sofrer mais dissabores e continuar a tendência descendente de médio prazo em que se encontra.
Bem sei que para os accionistas é bastante melhor ver a acção dos dias de hoje do que como estava deprimida nos finais de 2001, mas eu confesso que tenho saudades desses tempos em que a empresa era exemplar para os clientes. Tenho dúvidas se algum dia voltarei a encontrar alguma empresa assim.
Um abraço,
Ulisses
Não eram muitos aqueles que, no Verão de 1997, conheciam a Amazon. A acção estava cotada a 1,5 dólares e era apenas mais um daqueles projectos cibernéticos de enormes sonhos, mas de sucesso duvidoso. Em dois anos tudo se alterou. A Internet teve um enorme crescimento e começou a perceber-se o enorme potencial existente nos projectos relacionados com esta área. A cotação da Amazon acompanhou esse incremento de expectativas e a acção em Abril de 1999 ultrapassa pela primeira vez os 100 dólares! Felizes aqueles tinham comprado a acção dois anos antes a 1,5 dólares.
A empresa era aquilo que eu considerava perfeita para o cliente. O atendimento era de uma eficácia impressionante e as encomendas feitas on-line chegavam ao seu destino com uma rapidez impressionante. Foi nessa altura, graças à Amazon, que me rendi às vantagens das compras on-line. Apesar disso, a empresa não dava lucros e vivia apenas do seu enorme potencial.
Vivíamos uma época de euforia em que tudo o que tivesse o símbolo “.com” parecia ouro. Todos tinham acções da Internet em carteira, pois o céu parecia o seu destino. E quando a unanimidade se instala no mercado, geralmente todos se enganam. Foi isso que sucedeu, com as acções do sector a iniciarem um autêntico massacre, perdendo quase todo o seu valor. Em pouco mais de um ano, a Amazon caía dos 100 para a casa dos 5 dólares!
Em finais de 2001, os investidores nem queriam ouvir falar de acções ligadas à Internet, pois a maioria tinha-as comprado perto do topo da euforia e sofreram na pele o autêntico pesadelo do seu regresso à Terra. Uma vez mais, o mercado fez questão de fintar a unanimidade e premiar os investidores que tinham vendido as suas acções com o regresso da Amazon às subidas.
Talvez não seja coincidência o facto de, nessa altura, a Amazon ter feito uma série de despedimentos e de cortes nos custos. A qualidade no atendimento ressentiu-se um pouco. Deixou de ser a empresa perfeita para o cliente mas começou a caminhar para os lucros. A acção voltou às subidas e ganhou mais de 1000% em 2 anos. Impressionante desempenho para uma acção que era dada como morta…
Neste momento, depois de uma correcção que dura há longos meses, a acção encontra-se num ponto que considero crucial:a zona entre os 33 e os 34 dólares.Uma quebra deste suporte deixa a acção numa situação técnica muito fragilizada e abre portas para mais quedas. É, por isso, importante que os touros consigam defender este suporte senão a acção pode sofrer mais dissabores e continuar a tendência descendente de médio prazo em que se encontra.
Bem sei que para os accionistas é bastante melhor ver a acção dos dias de hoje do que como estava deprimida nos finais de 2001, mas eu confesso que tenho saudades desses tempos em que a empresa era exemplar para os clientes. Tenho dúvidas se algum dia voltarei a encontrar alguma empresa assim.
Um abraço,
Ulisses
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