Segundo analistas do BPI, ESR e BCP
Reforço na Optimus com impacto positivo na avaliação da Sonaecom entre 2 a 3%
O reforço da participação da Sonaecom no capital da Optimus tem um impacto positivo na sua avaliação que vai de 2% a 3%, consideram a generalidade dos analistas, com os do Millennium bcp a consideraram esta operação «positiva tanto a nível da avaliação como de impacto nos resultados».
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Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt
O reforço da participação da Sonaecom no capital da Optimus tem um impacto positivo na sua avaliação que vai de 2% a 3%, consideram a generalidade dos analistas, com os do Millennium bcp a consideraram esta operação «positiva tanto a nível da avaliação como de impacto nos resultados».
A participada da Sonae SGPS anunciou ontem que reforçou a sua posição na estrutura accionista no capital da Optimus para 49,06% e 55,11% dos direitos de voto, ao adquirir a totalidade da posição detida pela Maxistar de 2,77%.
A Sonaecom pagou por essa posição 18,6 milhões de euros, segundo um comunicado ontem emitido pela «sub-holding» do Grupo Sonae para as telecomunicações. Antes desta operação, a Sonaecom já detinha a maioria dos direitos de voto, com 52,34%, apesar de ter menos de metade (46,29%) do capital social.
Os analistas do Millennium bcp estimam um impacto positivo desta operação na avaliação da empresa entre 2% e 3% e, caso a empresa consiga comprar a posição que o IPE detém na operadora móvel, ao mesmo preço, o impacto na capitalização bolsista da Sonaecom «seria positivo em cerca de 5%».
Os mesmos especialistas acreditam que «este negócio poderá servir como referência para uma eventual venda da participação do IPE na Optimus» cuja dimensão «é semelhante à da participação da Maxistar».
Para os analistas do Espírito Santo Research, o impacto positivo do negócio será de 23,2 milhões de euros, ou 10 cêntimos por acção na sua avaliação da Sonaceom, ou 2,7% a preços correntes e de 2,3% face ao preço-alvo de 4,40 euros por acção.
Acções da Sonaecom em seis meses
ESR avalia Optimus em 1,508 mil milhões
A Espírito Santo Research explica que o acordo foi feito avaliando a Optimus em 671,5 milhões de euros, face à sua avaliação de 1,508 mil milhões de euros, «o que significa que o preço pago pela Sonaecom representa um desconto de 56% na nossa avaliação da empresa».
Os analistas do BPI revelam que o reforço da participada da Sonae implica uma subida da avaliação de 2,5%, ou 12 cêntimos, tendo em conta o seu preço-alvo e de 2%, ou oito cêntimos, face aos preços actuais de mercado, «assumindo que o peso da Optimus na capitalização bolsista da Sonaecom é equivalente à nossa avaliação do preço-alvo: 70%».
Os especialistas não ficariam surpresos se os preços actuais de mercado da Sonaecom subissem mais de 2%, «o que significava que os investidores estão já a descontar acordos semelhantes que poderão surgir», acrescentando que caso a Sonaecom replicasse este acordo a outros accionistas minoritários, situação improvável na opinião dos especialistas, «isto implicaria uma avaliação de 38% tendo em conta os preços de mercado e de 46% face ao preço-alvo».
As acções da Sonaecom seguiam a subir 1,30% para 3,89 euros.