Caldeirão da Bolsa

EDP sai da gestão da Galp quando gás for liberalizado

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 2/3/2005 2:07

O maior jogador sem bola

João Paulo Guerra


Joaquim Francisco Alves Oliveira, de 58 anos, natural de Penafiel, fundou a Olivedesportos em 1984, então em sociedade com o seu irmão, o antigo futebolista e seleccionador nacional, António Oliveira.

A empresa tinha como objectivo a exploração da publicidade estática nos campos de futebol. Em 1994, a Olivedesportos detinha a concessão da publicidade de 14 dos 18 clubes da I Divisão.

A partir da Olivedesportos, Joaquim Oliveira desenvolveu os seus negócios. Criou a Jornalinveste, que publica o diário desportivo O Jogo, associou-se à PT Multimédia no capital da Sport TV, que detém o exclusivo das transmissões de jogos da Super Liga até 2008, tornou-se accionista de referência de diversas Sociedade Anónimas Desportivas. No final do ano passado, os irmãos Oliveira separaram os respectivos negócios. Joaquim Oliveira criou então a Controlinveste, ‘holding’ do grupo que agora concorreu à compra da Lusomundo.
 
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por marafado » 2/3/2005 2:06

Europa deve ver além das fraquezas dos EUA

Lawrence Freedman*


Desde Novembro que os europeus se esforçam por reconhecer, embora relutantes, que o segundo mandato de George W. Bush poderá não ser tão tenso quanto o primeiro.

Washington parece ter escolhido, agora, a via do diálogo, da consulta e das iniciativas partilhadas, contrariando a política unilateralista e agressiva que antes adoptara. É nessa qualidade que o presidente norte-americano visitou as capitais dos países que, nos últimos anos, têm defendido uma Europa independente e a uma só voz nas questões externas – precisamente para lhes dizer que sim, que concorda com esta visão.

O reequilíbrio da relação transatlântica não se deve a uma reedição de força da Europa e, sim, a uma manifestação de fraqueza dos EUA, devida em grande parte à guerra no Iraque. As tropas norte-americanas chegaram ao limite, o poder bélico – ‘hard power’ - dos EUA está depauperado e o poder diplomático – ‘soft power’ - deveras enfraquecido. A influência económica dos EUA tem sido vilipendiada pelos défices orçamentais e pela queda do dólar, a dependência do petróleo do Médio Oriente é maior do que nunca e a política de “mão pesada” dos últimos anos apenas conseguiu delapidar as reservas de boa-vontade diplomática dos EUA. A visita de Bush à Europa faz, pois, parte dessa estratégia de recapitalização da diplomacia.

Pode dizer-se, comparativamente falando, que a União Europeia tem vantagens ao nível do poder diplomático, pelo menos face aos países vizinhos. Isto releva, porém, de uma co-existência quotidiana e não tanto de uma política externa activa. Além disso, o magnetismo da adesão à UE encorajou numerosos países da sua periferia a liberalizar os mercados e a aperfeiçoar as práticas de governo para poderem ingressar na União.

Se pensarmos nos primeiros prognósticos do pós-guerra fria e na experiência nos Balcãs, é extraordinário que tantos países - em tempos vistos como conflituosos e economicamente inviáveis – sejam hoje estados membros ou tenham pretensões a tal. Este processo está, obviamente, longe de ter terminado, na medida em que cada candidato coloca novos e mais complexos desafios à UE, questionando-a sobre se estará à altura de lhes dar a tão desejada estabilidade ou se será o próprio candidato a introduzir no seio da União a sua instabilidade económica e política.

Acresce que além dos limites óbvios das fronteiras da UE se encontram, igualmente, vastas áreas que, sendo um foco de tensão e preocupação, carecem de uma política muito mais activa. Os governos europeus acordaram que, nestas áreas, não podem dar-se ao luxo de esperar pelos norte-americanos, devendo antes tomar a liderança – seja apoiando a Ucrânia a ultrapassar uma crise constitucional, seja negociando um acordo com o Irão sobre o seu programa nuclear, ou ainda canalizando recursos – que vão além da retórica – para os países que pretendem promover verdadeiras reformas políticas e económicas no Médio Oriente, designadamente nos territórios palestinianos. Com efeito, a questão que agora se coloca é saber se os EUA querem participar nas iniciativas da Europa – como no caso da Ucrânia – ou se preferem manter uma distância arrogante – como acontece com o Irão.

No fundo, o debate estéril sobre se a tarefa da Europa passa por complementar ou engrandecer o poder norte-americano será, entretanto, substituído pela discussão dos EUA sobre se complementam ou enriquecem o poder europeu. Ora, tal ambição é, por enquanto, demasiado prematura. Basta dizer que a UE carece de coerência interna, de desenvoltura e capacidade de decisão para desempenhar um papel comparável ao dos EUA. Os principais interlocutores de Bush serão, inevitavelmente, os governos dos maiores estados europeus - reflexo das dificuldades que a Europa tem em conquistar um consenso entre os Estados que a compõem e em criar o hábito de aguardar pelo que fazem os norte-americanos. Vendo bem, foram os EUA quem mais pressionou a UE no sentido do alargamento, via NATO, num processo que os europeus encaram agora com apreensão, antecipando o momento de adesão da Ucrânia e da Turquia. Se os esforços diplomáticos, que visam hoje o Irão, se reduzirem a um mero exercício de dissimulação, não haverá poder bélico para o sustentar, pelo que a postura norte-americana assume outra relevância. De facto, também não se pode falar num grande tema unificador, que possa ser comparado à promoção da democracia no mundo, como ficou patente no discurso de tomada de posse de Bush. Um tema subjacente será, porventura, o desejo de projectar a Europa como um “pólo” alternativo ao poder dos EUA, apesar desta atitude exigir um agudizar das diferenças e não a sua resolução ou esbatimento.

Exemplo disso é uma das iniciativas mais mediáticas da UE, que decidiu levantar o embargo da venda de armas à China. Não se pode, contudo, dissimular esta decisão arvorando razões comerciais, quando se trata de um país cujo currículo em direitos humanos tanto deixa a desejar e quando provoca a indignação de países como o Japão e a Austrália - que nem sequer foram consultados –, ou ainda os EUA.

Como se não bastasse, figuras de proa da política europeia apressaram-se a dizer que não há motivo para alarme e que o fim do embargo será, em termos práticos, puramente “simbólico” - declaração que denuncia a ausência de seriedade nesta matéria, apontando antes para estranhas prioridades. Com efeito, existem questões de política externa mais prementes, que colocam em cheque os interesses dos europeus. É o caso da Rússia, do seu crescente autoritarismo e más relações com os “países vizinhos”. Melhor, são também os europeus os directamente afectados pelos acontecimentos que têm lugar na região turbulenta que é o Médio Oriente. A ideia de que só os EUA devem recear um ataque terrorista em larga escala foi desmistificada em Março último com os atentados de Madrid, reforçando o absurdo dos que defendem que os preços do petróleo e as reservas petrolíferas apenas afectam os interesses norte-americanos. As populações islâmicas de muitos Estados europeus proporcionaram aos países anfitriões outra sensibilidade sobre a evolução dos acontecimentos no Médio Oriente. Assim, se a experiência democrática no Iraque for um fiasco, o prestígio dos EUA será fortemente penalizado, no entanto, se o impacto directo nos assuntos europeus for ditado pela guerra civil – e abrir caminho a um paraíso para os terroristas –, então, as consequências serão ainda mais gravosas.

O conceito de “pólo” alternativo, em que a Europa é o contra-peso do poder norte-americano, enquadra-se num tempo de afirmação de poder dos EUA e não de um contexto de fraqueza, que pode, ou não, ser temporário. Este conceito é, igualmente, aplicado a uma Europa nova e alargada. Esta nova Europa é notável pela sua diversidade e pelo facto de reconhecer que as possibilidades de uniformização política nos assuntos internos são cada vez mais reduzidas.

Pois bem, esta questão coloca-se também em termos de política externa. Muitos – para não dizer a maioria– preferem não ter que lidar com uma Europa que apenas meça forças com os EUA e que, por conseguinte, só ambicione trabalhar com Washington. Por estas razões, é pouco provável que a Europa venha a actuar como um pólo único. Melhor, nem deve tentar fazê-lo. O desafio que hoje se coloca aos europeus é desenvolver um estilo próprio para a sua política externa, capaz de reconhecer os interesses vitais envolvidos e de tomar prontamente a iniciativa. O essencial não é demonstrar a sua diferença ou coesão, mas sim a sua seriedade.

* Vice-reitor de Investigação no King’s College, de Londres, onde lecciona a cadeira de Estudos de Guerra.

Exclusivo DE/Financial Times
Tradução Ana Pina
 
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por marafado » 2/3/2005 2:05

Obrigações indexadas ao PIB

Robert J. Shiller*


Há cerca de um ano, reuniram-se na Cimeira das Américas 34 chefes de Estado ocidentais, que se comprometeram a promover a criação de obrigações indexadas ao crescimento económico, cuja rentabilidade estaria intimamente ligada ao Produto Interno Bruto (PIB).

Da declaração de intenções à prática, o fiasco falou mais alto. Sublinhe-se, a propósito, que apenas a Argentina colocou sobre a mesa uma proposta digna de menção para o processo avançar. Esta oportunidade única para reforçar a estrutura financeira mundial e incrementar a eficiência económica a longo prazo parece, definitivamente, perdida.

Desde 1993, ano da publicação de Macro Markets, que defendo – nessa e noutras obras – a lógica relacional já mencionada. O PIB é a medida mais abrangente para avaliar o grau de sucesso de uma economia. A fórmula mais simples para obrigações indexadas ao crescimento económico seria, pois, emitir uma espécie de títulos da dívida pública a longo prazo, capazes de gerar dividendos regulares proporcionais ao PIB do país emissor.

Vamos supor que o governo argentino emitia títulos perpétuos que resultariam em dividendos anuais equivalentes a 1 peso por cada 10 mil milhões de pesos do PIB argentino, passíveis de ser pagos na mesma moeda. Como o PIB anual argentino ronda os 500 mil milhões de pesos, um título dessa natureza renderia, hoje, cerca de 50 pesos, isto é, perto de 13 euros/ano. A sua rentabilidade aumentaria ou diminuiria consoante a boa, ou má prestação, do crescimento económico do país.

O mercado das obrigações indexadas ao PIB acabaria por atingir preços que as tornariam atractivas aos olhos dos investidores, reflectindo expectativas e incertezas sobre a sua futura capacidade emissora. Todavia, enquanto não houver um mercado para esse tipo de títulos, não poderemos saber quais os preços a praticar. Em países como a Argentina, onde o futuro da economia é particularmente incerto, o mercado de obrigações a longo prazo indexadas ao crescimento económico seria, decerto, volátil, em função do ajustamento das expectativas dos investidores – em alta ou em baixa face ao crescimento do PIB.

Impõe-se, pois, perguntar o que acontecerá à Argentina nos próximos 25 anos? O crescimento a longo prazo do PIB argentino tem sido decepcionante. Com efeito, o PIB real per capita decresceu 15% no período de 25 anos que mediou entre 1965 e 1990. No entanto, o crescimento do PIB real de 8%, em 2004, poderá indiciar uma retoma do desempenho económico, à imagem do que aconteceu noutros países. Mas poderá ocorrer um novo arrefecimento económico na Argentina? Ou um forte e inequívoco crescimento? Ninguém sabe.

Os custos económicos subjacentes a estas incertezas poderiam ser reduzidos caso existisse um mercado para o risco de crescimento. De facto, a economia argentina estaria melhor hoje se o país tivesse contraído crédito indexado ao PIB e não a uma taxa de juro denominada em dólares. Se assim fosse, teria reduzido a sua dívida externa de acordo com o PIB, salvaguardando a economia do incumprimento e do desaire económico. Com efeito, não só os investidores teriam perdido a aposta no crescimento argentino, como teriam sido protegidos da inflação, ainda que as suas obrigações estivessem denominadas em dólares, uma vez que o PIB nominal do país acompanharia a subida da inflação.

Será possível acordar novos contratos de dívida para nações como a Argentina? O medo dos potenciais investidores tem sido, contudo, a principal força de bloqueio, pois receiam que os fiascos contabilísticos nos países emergentes possam transformar as obrigações num investimento extremamente inseguro. Quando não se confia nos números, é impossível confiar na dívida. Isto demonstra, pois, uma grande necessidade de melhorar a qualidade dos números, todavia, não podemos pôr de parte a criação de um mercado de obrigações indexadas ao crescimento económico. Melhor, deveriam ser os países industrializados a fazê-lo.

Exactamente, as economias mais avançadas são relativamente mais estáveis, ou seja, as suas obrigações acabariam por ter uma ligeira vantagem em termos de gestão do risco. Todavia, o seu efeito seria imediato. A partir do momento em que uma das grandes economias crie um mercado de obrigações indexadas ao PIB, o conceito passa a ter raízes e torna-se mais simples para outros países acompanharem esta tendência.

A expansão de obrigações indexadas à inflação serviu, aliás, de precedente histórico. A Finlândia foi a primeira nação a emitir obrigações indexadas à inflação, em 1946, para responder ao crescimento maciço dos preços durante a guerra. Seguir-se-iam Israel e a Islândia, em 1955, e mais tarde o Brasil, Colômbia, Argentina, Reino Unido, Austrália, México, Canadá, Suécia, Nova Zelândia, EUA, França, Japão e Itália. Levou algum tempo, mas, por fim, acabou por vingar a ideia de uma estrutura financeira sólida. No fundo, as obrigações indexadas ao crescimento económico permitiriam não só uma operação de cobertura (’hedging’) do risco de inflação como responder ao crescimento do PIB.

Haverá, com certeza, quem coloque objecções à emissão de obrigações indexadas ao crescimento económico nos países industrializados, pois nada indica que o PIB não venha a crescer. De realçar, contudo, que o crescimento a longo prazo do PIB real foi bastante variável nas nações mais industrializadas, mesmo nos tempos de estabilidade do pós-guerra.

Por exemplo, o PIB real per capita nos EUA cresceu à taxa de 1,87 – isto é, quase duplicou – entre 1961 e 1986, embora não tenha ido além de 1,58 pontos de 1978 a 2003. Estas diferenças nas taxas de crescimento em 25 anos são bastante significativas: se o PIB norte-americano crescer a uma taxa de 1,87 nos próximos 25 anos, o PIB anual rondará os 3,6 biliões de dólares (10.000 dólares por pessoa), ou seja, um valor superior ao alcançado se apenas crescer a uma taxa de 1,58 pontos.

Grande parte do debate sobre o futuro do velho sistema de pensões gira em torno desta incerteza. Se a economia crescer rapidamente, não haverá problemas de maior, se tal não acontecer, será inevitável uma crise nas pensões. Criar um mercado onde estas incertezas possam ser transaccionadas e cobertas (’hedged’) é um passo fundamental para gerir os riscos inerentes.

Se o investimento em contas pessoais de reforma ou fundos de previdência for canalizado para obrigações indexadas ao crescimento económico, os dividendos que os reformados arrecadarem dentro de 25 anos serão, também eles, o reflexo da taxa de crescimento da economia e do próprio valor da taxa base até essa mesma data. O sistema de pensões sueco estabeleceu, recentemente, uma ligação entre o crescimento do rendimento nacional e respectivos benefícios, mau grado as reformas não terem contemplado a possibilidade de emitirem obrigações indexadas ao crescimento económico – elemento essencial a um esquema desta natureza.

Numa época em que muitos países desenvolvidos estão a braços com graves défices públicos, decerto que as obrigações indexadas ao crescimento económico esbateriam a gestão do risco, bem como os custos financeiros. Mais, quiçá estimulariam os países industrializados a fazer o necessário para entrar nesse mercado.

* Professor de Economia na Universidade de Yale e autor de “Exuberância Irracional” e “!The New Financial Order: Risk in the 21st Century”.

Tradução Ana Pina
 
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por marafado » 2/3/2005 2:04

No Financial Times
O fim do sucesso da rentabilidade

Financial Times


Segundo Joseph Schumpeter, é provável que o capitalismo seja destruído pelo seu próprio sucesso, especialmente devido ao crescimento dos grandes monopólios.

Se tivermos em conta as previsões generalizadas em relação ao segmento accionista, podemos afirmar que o fim está próximo. Espera-se que as empresas cotadas mundialmente tenham uma rentabilidade do capital de 16% em 2005.

Com valores quase a duplicar o preço das acções, esta situação é inconsistente tendo em conta os níveis históricos e a concorrência sadia. A não ser que as barreiras iniciais sejam difíceis de ultrapassar, o excedente de rentabilidade nos sectores é um chamariz para os novos concorrentes. Numa economia em larga escala, uma elevada rentabilidade apela a novos investimentos, provocando excedentes e deflação. Em ambos os casos, as margens e a rentabilidade deverão descer rapidamente para níveis mais sustentáveis.

Esta situação não é necessária caso a elevada rentabilidade dos capitais seja apenas um reflexo dos lucros inflacionados indicados. Existem sinais de que a deterioração da qualidade dos lucros é parcialmente explicada pela recente melhoria nos EUA. Mas as estatísticas nacionais sobre o rendimento - agora mais fidedignas, uma vez que se baseiam nas declarações fiscais -, também sugerem que os lucros empresariais ajustados relativos ao produto interno bruto estão perto dos níveis registados nos anos 20 do século passado. Entretanto, na Europa, as margens operacionais estimadas em 11% para o presente ano, já superam em 40% as médias a longo prazo.

O declínio do trabalho organizado foi sem dúvida um garante para que as empresas americanas conquistassem uma quota crescente dos rendimentos nacionais. Similarmente, as empresas europeias beneficiaram de uma maior margem de manobra, após as recentes reformas laborais, a par da pressão sobre os sindicatos.

Mas isto não significa que todas as empresas mundiais obriguem ao monopólio. Os mercados de trabalho flexíveis dificultaram o relacionamento entre as empresas e o mercado, mas facilitou o arranque dos empresários. O aumento da concorrência internacional também originou uma forte pressão nos preços. A globalização mais parece uma variante de destruição criativa do que um fomentador do monopólio - pergunte-se aos fabricantes de telefones móveis, ‘chips’ ou outros que se debatem com a concorrência chinesa, por exemplo.

Tudo isto indica que o crescimento dos lucros será inferior ao crescimento económico global em vez de o ultrapassar nos próximos anos. Também afecta os investidores mais motivados, enquanto as empresas fazem lances entre elas sobre alvos inverosímeis a curto prazo.
 
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por marafado » 2/3/2005 2:03

Bolsa
Fevereiro trava série de cinco meses de ganhos do PSI 20

Pedro Ferreira Esteves


Naquele que foi o segundo mês do ano mais apático desde 1996, o volume de negócios também sofreu um recuo.

O principal índice bolsista português sofreu uma desvalorização de 1,5% durante o último mês, interrompendo assim um sequência de subidas mensais que já durava desde Agosto do ano passado. Os analistas explicam esta evolução com uma natural correcção ao desempenho das suas pares europeias e internacionais, e indicam que o comportamento de Março dependerá da equipa escolhida por José Sócrates para o governo, mas também da conjuntura internacional.

O PSI 20 terminou Fevereiro nos 7869,74 pontos, a cair 1,5% no mês. Esta evolução acontece em total contraciclo com as suas congéneres europeias e internacionais, depois de um mês de Janeiro em que a bolsa de Lisboa liderou os ganhos na Europa. Os operadores contactados pelo DE sublinham que o principal índice bolsista “corrigiu ao exterior”, num movimento esperado de recolha de lucros pelos investidores.

Os números dão razão a esta interpretação, uma vez que, desde o início do ano, o PSI 20 apresenta uma subida de 3,9%, em linha com as valorizações na casa dos três pontos percentuais das bolsas de Madrid, Londres e do índice pan-europeu Euro Stoxx 50, e acima do comportamento das praças de Frankfurt, Milão e Nova Iorque. Apenas os ganhos de 5% de Paris ultrapassam Lisboa.

A queda de Fevereiro, que se explica pelas correcções dos principais títulos do PSI 20, representa a variação menos pronunciada neste período desde 1998. Em Fevereiro do ano passado, o PSI 20 subiu 8,8%, depois de quedas de 6% e quase 3% nos três anos anteriores. No segundo mês de 2000, o índice registou a maior subida mensal de sempre, acima dos 18%.

O volume do mês passado também sofreu uma queda, apresentando o desempenho mensal mais fraco desde Maio do ano passado. O mercado de cotações oficiais negociou menos 9% para um total de 2,137 mil milhões de euros.

Em Março, para além de uma reacção do mercado doméstico à equipa de governo designada por José Sócrates, os operadores dizem que os investidores estarão atentos a duas questões: uma subida adicional do preço do petróleo e a evolução das taxas de juro.

Maiores capitalizações em terreno negativo
Num mês em que BCP, PT e EDP sofreram correcções, era praticamente impossível ao PSI 20 terminar com uma valorização. Se não fosse suficiente o recuo de papéis que representam quase 60% no cálculo do índice, as acções que lhes seguem em termos de capitalização - Sonae SGPS, BPI ou Brisa - também corrigiram em Fevereiro.

O último mês ficou marcado pelo regresso do PSI 20 à fasquia dos 8000 pontos, algo que não acontecia desde meados de 2001. Este desempenho foi suportado pelas valorizações do sector bancário, que apresentou resultado anuais em Fevereiro, mas também por alguma recuperação da EDP e da PT, numa tentativa de acompanhar os ganhos das suas congéneres.

No entanto, na última semana do mês, a generalidade dos papéis inverteu a tendência e o PSI 20 baixou dos 8000 pontos. As maiores perdas verificaram-se nos títulos da Cofina, numa quebra explicada pela cisão da sua actividade entre as áreas de media e de industrial.

Pequenas capitalizações dominam valorizações
A Media Capital e o BES estiveram em foco pela positiva em Fevereiro, período no qual foram oito os papéis do PSI 20 que apresentaram uma evolução em alta.

A empresa de Pais do Amaral fechou o mês a negociar no seu valor mais elevado de sempre, numa altura em que a corrida pelos activos da Lusomundo Media parece ter chegado ao fim com a Olivedesportos na frente. A perspectiva do prolongamento de resultados positivos durante este ano continua a alimentar a subida da empresa.

O BES foi o único banco cotado no PSI 20, e a maior capitalização bolsista, a registar uma subida do seu valor em bolsa. Esta evolução aconteceu num período de apresentação de resultados anuais.

As maiores valorizações verificaram-se nas acções da Pararede, Gescartão e Jerónimo Martins, algumas das menores capitalizações (’small caps’) do índice. Este comportamento foi, contudo, acompanhado por um volume de negócios muito fraco face à média.
 
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por marafado » 2/3/2005 2:02

Telecomunicações
Optimus impulsiona primeiros lucros da Sonaecom

Hermínia Saraiva


Sonaecom com lucros de 39 milhões, impulsionados por um aumento de receitas da Optimus e da Novis.

A Sonaecom, a ‘holding’ do grupo de Belmiro de Azevedo para as telecomunicações, obteve pela primeira vez resultados líquidos positivos em 2004, num total de 39 milhões de euros, superando as expectativas da empresa e dos analistas. Este valor compara com os prejuízos de 20 milhões de euros registados em 2003.

Durante o exercício de 2004, e de acordo com os números apresentados ontem em conferência de imprensa, a empresa liderada por Paulo Azevedo registou um crescimento de 5% no volume de negócios, para os 880 milhões de euros, com as receitas da Optimus a aumentar 4%, para os 660 milhões e a facturação da Novis a subir 20%, para 183 milhões de euros. Os resultados acabaram por ser influenciados por um acréscimo das receitas da Optimus, pelo aumento do negócio grossista da Novis e pela ajuda da KPNQwest Portugal, bem como da subida de 8% dos negócios da SSI.

Também a contenção das despesas – com os custos operacionais a desceram 1%, para os 670,6 milhões de euros, valor agravado em cinco milhões de euros pela aquisição da KPNQwest, em Abril de 2004 – e os benefícios resultantes das sinergias contribuiram positivamente para os resultados.

Em termos consolidados, a Sonaecom registou um EBITDA de 201 milhões de euros, um crescimento de 38% face a 2003, com todas as empresas do grupo a apresentarem resultados positivos, excepto o Clix.

“Foi um ano muito positivo, apesar das dificuldades que continuamos a enfrentar no mercado, nomeadamente em termos regulatórios”, explicou Luís Reis, administrador-executivo da empresa. Declarações feitas no rescaldo da decisão da Anacom de dar luz verde à comercialização do Optimus Home. “Achamos absolutamente inaceitável que a Anacom tenha demorado 10 dias a retirar o serviço do mercado, e 90 dias a decidir”, afirmou.

A Sonaecom frisou que visa avançar, ainda este semestre, com uma queixa formal em Bruxelas, relativamente às questões concorrenciais. “Continuamos a ter dos custos de contexto mais elevados da Europa, muito por causa da regulação”, afirma Luís Reis, referindo que apesar das alterações introduzidas ao nível dos prazos de desagregação do lacete local, “continua a ser muito difícil fazer o ‘unbundling’ de um cliente, sendo que este processo continua a demorar cerca de 90 dias”.

‘Triple play’ avança este ano
A Sonaecom pretende avançar ainda este ano com a oferta de televisão sobre a rede de cobre, adiantou durante a conferência de imprensa de apresentação de resultados Luís Reis, administrador-executivo da empresa. Com o lançamento deste serviço a empresa de Paulo Azevedo irá disponibilizar aos consumidores uma oferta ‘triple play’, serviço que agrega voz, dados e televisão. Sem avançar com datas para a comercialização, o mesmo responsável afirmou que o serviço já está em testes técnicos.

Luís Reis justifica o atraso no projecto com falta “de acesso à totalidade conteúdos”, mas garante que a Sonaecom só irá avançar para o ‘triple play’, com uma oferta claramente diferenciadora da concorrência. Chris Lawrie, administrador financeiro, estimou para este projecto um investimento que poderá rondar os três milhões de euros em 2005. De acordo com este responsável, o investimento a realizar irá depender quase em exclusivo da “agressividade comercial” na angariação de novos clientes.

Ainda no primeiro semestre, a Soanecom propõe-se “trabalhar de maneira diferente” as três áreas de telecomunicações, propondo um reposicionamento da Optimus, e uma integração do Clix, que será a marca par ao mercado residencial, na Novis, que irá trabalhar o mercado empresarial.

‘Roaming’ anima receitas do móvel
O elevado nível de penetração da telefonia móvel em Portugal, conjugado com os atrasos no arranque da penetração dos serviços de terceira geração (UMTS) estão na origem de um crescimento moderado das receitas da Optimus. No total, os serviços de telefonia móvel registaram um crescimento de 4%, de 580 milhões de euros facturados em 2003, para 602 milhões de euros durante o último ano. O maior contribuinte acabou por ser o serviço de roaming, cujas receitas foram impulsionadas em Junho pelo Euro 2004, que subiram 14%, totalizando, ao longo do ano, 39 milhões de euros. A Optimus registou um resultado líquido de 50,5 milhões de euros, o que corresponde a uma subida de 102% relativamente ano anterior, com o EBITDA a crescer 30%, de 146,5 milhões de euros para 190 milhões.

Novis cresce com acessos directos
A Novis apresentou pela primeira vez um EBITDA positivo de 7 milhões de euros, com a KPN Qwest a contribuir com 2 milhões. Os resultados líquidos da empresa saíram beneficiados pelo crescimento do negócio grossista e pela compra da KPNQwest, tendo fechado o ano com um volume de negócios de 182,7 milhões de euros, uma variação de 20% relativamente a 2003. De assinalar um descida nas receitas provenientes do negócio de voz de acesso indirecto (através da rede da Portugal Telecom) devido ao facto da operadora ter decidido apostar na sua própria rede. No final de 2004, a Novis detinha 4 mil clientes de acesso directo, um crescimento de 109% relativamente a 2003. Ainda assim, o crescimento conseguido por via do negócio de acesso directo, valor que subiu para os não foi suficiente para compensar as perdas do acesso indirecto.

Clix perde receitas na banda larga
O Clix, marca da Sonaecom para o mercado de Internet continua a ser a única empresa da Sonaecom a apresentar resultados negativos- No último exercício a empresa acumulou prejuízos nas ordem dos 6,9 milhões de euros, contra 8,7 milhões em 2003, tendo sido afectada por um forte decréscimo das receitas de acessos internet para clientes residenciais. Neste caso, a empresa saiu claramente prejudicada “pela continuada migração de utilizadores de banda estreita para soluções de banda larga” e pelo facto de ter cancelado, no início de 2004, a sua oferta de ADSL. O Clix agravou o EBITDA de 1,9 milhões de euros negativos em 2003 para 3,1 milhões de euros negativos no ano passado. A Sonaecom prepara para este semestre o relançamento das três marcas de telecomunicações prevendo a integração do Clix, que se dedicará ao mercado empresarial, na Novis.
 
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por marafado » 2/3/2005 2:01

Confiança
Famílias mais preocupadas com situação financeira

Luís Reis Ribeiro


Maioria das famílias não acredita na melhoria da situação económica, revela a CE.

Os consumidores portugueses confessaram, no mês de Fevereiro, estar mais preocupados com a situação financeira futura dos respectivos agregados familiares e com a capacidade de poupança ao longo dos próximos 12 meses. De acordo com a Comissão Europeia, o índice de confiança dos consumidores nacionais estabilizou nos 34 pontos negativos (saldo de respostas extremas), um ponto acima do valor registado em Janeiro e ainda a recuperar do mínimo histórico (-48) alcançado em Março de 2003.

A maioria das famílias inquiridas continua a não acreditar numa melhoria significativa da situação económica geral, nem numa retracção do desemprego, embora o saldo de respostas tenha melhorado nestas duas categorias.

A crise de confiança, mas essencialmente o cepticismo em relação ao futuro de médio prazo, é também evidente noutros sectores, como a construção, a indústria e o comércio a retalho, por exemplo. Pelo contrário, os serviços foram a única área de actividade que conseguiu inverter a avaliação negativa de Janeiro (de -2 para 5 pontos), o que acabou por contribuir para uma recuperação do indicador geral de sentimento económico para Portugal (até 91,9 pontos em Fevereiro), depois de dois meses consecutivos de queda.

No inquérito à indústria, também pode-se verificar que estes empresários voltam a estar mais preocupados com a evolução das carteiras de encomendas e maioritariamente pessimistas em relação à produção futura.

O indicador de expectativas do comércio a retalho também se degradou, até ao valor mais baixo desde Junho do ano passado, e o barómetro da construção relativo à perspectivas de criação de emprego deslizou até ao pior nível desde Outubro de 2004.

A deterioração generalizada das expectativas, sobretudo as que estão ligadas ao emprego, são consistentes com os sinais conjunturais recentes que colocaram a economia Portuguesa à beira de uma nova recessão técnica, no quarto trimestre de 2004, e deram conta de um aumento do nível de desemprego para um valor acima dos 7% da população activa, o mais alto dos últimos sete anos.
 
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por marafado » 2/3/2005 1:58

Função Pública emagrece em 2004 por causa de limpeza de cadastro

Raquel Martins e António Costa


No final do ano passado havia menos 41 mil funcionários no activo, dos quais apenas 13 mil passaram à situação de reforma.

A Administração Pública chegou ao final do ano passado com menos 41 mil funcionários no activo, de acordo com os números oficiais de subscritores da Caixa Geral de Aposentações (CGA). Esta diminuição, a mais significativa da última década, deve-se em grande parte à actualização dos ficheiros da CGA, uma vez que, no final de 2004, apenas passaram à situação de reforma e de aposentação 13.581 funcionários públicos.

Uma fonte oficial do Ministério das Finanças explicou ao Diário Económico que a CGA procedeu à “limpeza” dos ficheiros devido a obrigações legais que apenas entraram em vigor no ano passado.

O ministério tutelado por Bagão Félix esclareceu ainda que o número de subscritores da CGA corresponde aos funcionários que descontam efectivamente para o sistema de pensões público, mas que este critério “só em 2004 se mostrou viável”, com a obrigatoriedade de os organismos enviarem à CGA as relações dos descontos em suporte digital ou através de correio electrónico.

De acordo com os dados da caixa de aposentações relativos ao ano passado, e que serão divulgados pelo Ministério das Finanças no relatório anual daquela instituição, verifica-se uma diminuição do número líquido de subscritores de 778 mil, em 2003, para 737 mil no final de Dezembro de 2004. Já o número de aposentados e reformados sofreu uma evolução positiva de 355 mil para 368 mil.

Estes valores reforçam a tendência de diminuição do rácio entre activos e inactivos na Administração Pública, agravando-se assim o problema da sustentabilidade financeira do sistema de pensões dos funcionários do Estado e das autarquias e regiões (ver texto em baixo).

Desde 1996, o número de trabalhadores da Administração Pública vinha a aumentar e só em 2003 se sentiu uma diminuição, devido ao congelamento das entradas de novos funcionários, decretado por Manuela Ferreira Leite.

A medida classificada de “estúpida” pela própria antiga ministra das Finanças teve apenas um ligeiro impacto nos valores totais. O ano de 2003 chegou ao fim com menos 425 funcionários públicos.

Actualmente, apenas se pode obter o número de funcionários tendo por base o número subscritores da CGA, uma vez que a última base de dados da Administração Pública data de 1999 e nunca chegou a ser actualizada. O Governo social-democrata tinha-se comprometido a contabilizar o número de trabalhadores existentes e os serviços a que pertencem, com vista a iniciar uma política de recursos humanos consistente no sector público e a fomentar a mobilidade entre serviços e geográfica. Esse trabalho não foi concluído, apesar das sucessivas promessas.

A regra de ouro do PS

Até 2009, o primeiro-ministro indigitado, José Sócrates, compromete-se a diminuir em 75 mil o número de funcionários públicos.

No seu programa eleitoral, o PS propõe a entrada de um funcionário por cada dois que se reformem.


Sustentabilidade da CGA continua ameaçada

O problema da sustentabilidade da Caixa Geral de Aposentações (CGA) agravou-se em 2004. A diferença entre os trabalhadores activos – que contribuem para o sistema de pensões dos funcionários públicos – e a população que beneficia de pensões de aposentação e de reforma sofreu uma diminuição. Este rácio tem vindo cair ao longo dos últimos anos, passando de 2,69% em 1994 para 2% no ano passado.

Este movimento deve-se maioritariamente à política de contenção de admissões na função pública, iniciada pelo Governo social-democrata, e à existência de legislação que permitia a aposentação antecipada. Esta segunda razão acabou por ser atenuada com a publicação, em Janeiro de 2004, da lei que penaliza os trabalhadores que optem por se aposentar com 36 anos de serviço e antes dos 60 anos de idade.

Outro dos problemas apontados para a falta de sustentabilidade financeira do sistema de reformas do sector público prende-se também com o próprio regime de financiamento da CGA, uma vez que apenas a autarquias e alguns institutos públicos descontam todos os meses uma percentagem da sua massa salarial para o sistema. O défice é depois reposto anualmente através da transferência de verbas por parte da Direcção-Geral do Tesouro.

Na tentativa de alterar esta situação, o Governo aprovou já este ano um diploma que obriga as entidades, serviços e organismos, independentemente do seu estatuto jurídico e grau de autonomia administrativa e financeira, a pagar mensalmente à CGA um valor correspondente a 13,1% da massa salarial para financiar a aposentação dos funcionários públicos.


Descida de funcionários do Estado sem impacto nas contas públicas

A redução do número de funcionários públicos registada em 2004 não teve um particular impacto nas contas do sub-sector Estado, uma vez que ficou a dever-se, sobretudo, a uma limpeza de ficheiros.

Os valores da execução orçamental de 2004 revelam que as remunerações certas e permanentes tiveram uma subida de 0,3%, mesmo com uma diminuição de cerca de 40 mil colaboradores estatais, o congelamento dos salários acima dos mil euros e uma subida de 2% para os vencimentos abaixo de mil euros. Um ano antes, com uma redução do número de funcionários públicos muito menos significativa (425) e uma política salarial semelhante, a subida das remunerações certas e permanentes tinha-se fixado em 0,9%. Ou seja, o intensificar da redução dos funcionários públicos em 2004 não teve o reflexo devido na rubrica das remunerações, talvez porque a baixa tenha sido motivada pela uma limpeza dos ficheiros.
 
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por marafado » 2/3/2005 1:56

Monovolumes podem pagar tarifas de portagem mais baixas
01.03.2005 - 23h23 Lusa



Os monovolumes podem começar a pagar tarifas de portagem mais baixas a partir de amanhã depois de o Governo ter definido que será a Direcção-geral de Viação a comprovar as características dos veículos, apurou a Lusa de diversas fontes ligadas ao processo.

A Brisa - Auto-estradas de Portugal anunciou também hoje que a compensação da concessionária por esta medida será feita através da actualização das tarifas de portagem no valor da inflação, a partir deste ano e até 2011.

"Por forma a preservar o equilíbrio económico-financeiro" concessão, a Brisa "acordou com o Estado português um mecanismo de actualização de tarifas (...), nos termos do qual o valor das taxas de portagem é actualizado, em Janeiro de cada ano, em função da taxa de inflação apurada para o ano imediatamente anterior".

O contrato de concessão previa que as portagens fossem actualizadas em 90 por cento da inflação.

O decreto-lei que determina que os monovolumes (veículos de classe 2) passem a pagar tarifa de portagem de classe 1 foi publicado a 17 de Fevereiro e entrou em vigor no dia seguinte, mas a sua aplicação prática estava dependente do despacho governamental que definia qual a entidade competente para dizer os veículos que cumprem as características de monovolumes.

Em despacho conjunto, os ministros das Finanças, da Administração Interna e das Obras Públicas determinam que será a Direcção-geral de Viação (DGV) a comprovar as características dos veículos e a emitir o documento oficial que permitirá aos proprietários dos monovolumes beneficiarem da redução da tarifa de portagem.

De acordo com o decreto-lei, os veículos que se podem eleger ao desconto são "os veículos ligeiros de passageiros e mistos (...) com dois eixos, peso bruto superior a 2.300 quilos e inferior a 3.500 quilos com lotação igual ou superior a cinco lugares e uma altura, medida à vertical do eixo do veículo, igualou superior a 1,10 metros e inferior a 1,3 metros, desde que não apresentem tracção às quatro rodas permanente ou inserível".

Os beneficiários desta medida terão de ser clientes de um sistema electrónico de cobrança (Via Verde ou Via Card) e terão de apresentar à entidade gestora do sistema do documento passado pela DGV que os torna elegíveis.

A portagem de classe 2 é 75 por cento mais cara que a de classe 1.

Fonte da Brisa explicou à Lusa que a aplicação da nova fórmula de cálculo das tarifas de portagem na rede da Brisa provoca alterações apenas no troço da A-1 entre Vila Franca de Xira e o Carregado, no qual os veículos de Classe 1 passam a pagar 55 cêntimos, os de Classe 2 passam a pagar 95 cêntimos e os de Classe 3 pagarão 1,20 euros.

Nas restantes auto-estradas da Brisa não haverá actualizações de preços.
 
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por marafado » 2/3/2005 1:56

Fracos indicadores europeus penalizam euro

DE


A divisa europeia registou hoje uma descida significativa face ao dólar, com os dados macroeconómicos relativamente fracos hoje divulgados na zona euro a contrabalançarem os efeitos do crescimento abaixo do esperado do índice ISM nos Estados Unidos.

Deste modo, às 17h20 o euro era cotado a 1,3186 dólares, contra 1,3259 dólares no fecho de segunda-feira e depois de ter variado entre os 1,3169 e os 1,3233 dólares durante a madrugada.

Segundo os analistas, "os números do ISM foram mais fracos do que o estimado e isso ajudou o euro a aliviar dos mínimos. Mas a tendência é para o dólar recuperar, embora ainda não tenhamos saído das variações da noite passada".
 
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por marafado » 2/3/2005 1:54

Defendem economistas contactados pela Lusa
BCE deverá manter taxas de juro inalteradas na reunião de quinta-feira
01.03.2005 - 17h25 Lusa



O Banco Central Europeu (BCE) deverá manter a taxa de juro de referência inalterada nos dois por cento na reunião de quinta-feira, de acordo com os economistas contactados hoje pela Lusa, que continuam a admitir uma subida apenas em meados do ano.

A taxa de juro de dois por cento corresponde ao valor mínimo de mais de seis décadas, com o BCE a privilegiar o crescimento económico em detrimento dos riscos de inflação.

A inflação parece estar controlada e os dados macroeconómicos continuam sem dar sinais de um crescimento económico claro e robusto, pelo que não é a altura certa para justificar uma subida das taxas, segundo vários analistas.

A valorização do euro combinada com o facto de os indicadores económicos não serem "muito favoráveis" justifica a manutenção das taxas de juro, disse à Lusa Ana Paula Carvalho do BPI.

Em Fevereiro, de acordo com a estimativa preliminar do Eurostat, a taxa de inflação da Zona Euro caiu para 1,9 por cento, abaixo da meta dos dois por cento definida pelo BCE.

No entanto, o economista-chefe do Finibanco, Carlos Firme, entende que existem "sinais de preocupação" na economia europeia ao nível da inflação, dada a aceleração do crédito concedido, da massa monetária e do preço do imobiliário.

O BCE vai ter que aumentar as taxas de juro, mas a procura interna ainda não o permite, disse Carlos Firme.

O economista-chefe do BCP, Gonçalo Pascoal, prevê que o banco central volte na quinta-feira a repetir o discurso das últimas reuniões do conselho de governadores, preparando o mercado para uma subida das taxas de juro dentro de alguns meses.

Os "excessos" em termos de crédito concedido, agregado monetário M3 e preços no mercado imobiliário devem pressionar o BCE a aumentar o preço do dinheiro, mas uma vez que o seu mandato é com a estabilidade dos preços, estes argumentos não seriam entendidos para aumentar agora as taxas, argumentou Gonçalo Pascoal.

A generalidade das instituições contactadas pela Lusa admite um aumento das taxas de juro a partir de meados do ano, em 0,25 pontos percentuais, embora o Santander preveja uma segunda subida de mais 0,25 pontos até ao final de 2005.

Esta decisão será mais "uma normalização das taxas de referência do que um verdadeiro endurecimento da política monetária", diz o Santander Negócios Portugal na sua "Perspectiva Mensal" de Fevereiro, dando a entender que a política monetária precisa de se tornar mais neutral e menos expansionista.

O BCE cortou duas vezes as taxas de juro em 2003, no total de 0,75 pontos percentuais para os dois por cento (taxa refi).

Nos EUA a Reserva Federal já subiu seis vezes, desde Junho de 2004, a taxa directora relativa aos empréstimos "overnight", encontrando-se esta em 2,5 por cento.

A próxima reunião do conselho de governadores do BCE está agendada para 7 de Abril.
 
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por marafado » 2/3/2005 1:51

Lucro da EDP sai na tranche mais baixa das estimativas

DE


A energética nacional revelou hoje ter registado no ano passado um resultado líquido consolidado de 440,2 milhões de euros (M€), contra os 381,1 M€ obtidos em 2003 e perto dos valores mais baixos calculados pelos analistas.

Segundo os dados hoje divulgados pela EDP-Energias de Portugal, em 2004 os proveitos e ganhos operacionais da empresa ascenderam a 7,22 mil milhões de euros, contra os 6,97 mil milhões de euros verificados no ano anterior.

O EBITDA da empresa passou de 1,82 para os 1,96 mil milhões de euros, enquanto os Custos Operacionais cresceram de 5,15 para os 5,25 mil milhões de euros no mesmo período de tempo.

Os analistas esperavam que o lucro da EDP em 2004 se tivesse situado entre os 420 e os 527 M€, ao passo que as vendas deveria ter oscilado entre os 6,73 e os 8,75 mil milhões de euros.

A Dívida Líquida da EDP aumentou no ano passado para os 8,32 mil milhões de euros, ao passo que o Investimento Operacional aumentou de 860,4 M€ em 2003 para os 1,12 mil milhões de euros em 2004.

A EDP encerrou a sessão de hoje no Euronext Lisbon inalterada nos 2,21€.
 
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por marafado » 2/3/2005 1:50

China vai continuar a desempenhar um papel importante na economia mundial

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O director da revista norte-americana, Fortune, considerou hoje que o desenvolvimento económico do gigante asiático nas últimas duas décadas não tem paralelo na história. Segundo ele, a China vai continuar a ter um papel importante na economia mundial, nos próximos anos.

De acordo com Rik Kirkland, a China "tem sido uma das duas ou três histórias mais importantes que a Fortune tem coberto" nos 26 anos que o jornalista nova-iorquino conta ao serviço da revista.

"E continuará a ser das histórias mais importantes nos próximos 25 anos", declarou, num encontro com a imprensa, argumentando que, "além do fenómeno" do mercado chinês, as empresas chinesas já começaram a provocar sensação no palco internacional, como foi o caso da Lenovo, que adquiriu o departamento de computadores da IBM.

Por outro lado, o jornalista refere que "a China é uma grande história" pela "extensão com que emergiu como um motor o crescimento de toda a economia da Ásia nos últimos anos".

Nos últimos 25 anos, a economia chinesa bateu um recorde mundial, tendo crescido a uma taxa média anual de 9,4% o que a transformou na sexta maior economia do mundo e destino "número um" de investimento estrangeiro, tornando-a na terceira potência comercial do planeta.
 
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por marafado » 2/3/2005 1:49

Autonomização face à Sonae SGPS concluída em 2005

DE


O processo de autonomização da Sonae Indústria face à Sonae SGPS, anunciado há dois anos, ficará concluído este ano, revelou hoje o novo presidente da comissão executiva da empresa.

Carlos Bianchi de Aguiar, que será eleito na próxima assembleia-geral de accionistas da Sonae Indústria, a 5 de Abril, afirmou que o 'demerger' (cisão) está apenas pendente do "desamarrar" de duas operações de financiamento: um empréstimo sindicado e garantias bancárias prestadas conjuntamente com a Sonae SGPS.

"Desamarrar os laços com a Sonae SGPS é um dos objectivos para 2005", afirmou, destacando que para tal é essencial alcançar a autonomia financeira da Sonae Indústria, único aspecto do processo de reestruturação financeira da empresa iniciado em 2003 que falta ainda concluir.
 
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por marafado » 2/3/2005 1:48

Separação das actividades permite valorização em 17,5 milhões de euros

DE


A separação das actividades industriais e de media da Cofina em duas empresas distintas já rendeu uma valorização de 17,5 milhões de euros.

Na quarta-feira da semana anterior, a Cofina negociou pela última vez integrando os activos industriais e de comunicação social, fechando nos 4,27 euros por acção, correspondentes a uma capitalização bolsista de 218,97 milhões de euros.

Após a separação das actividades, e com a Altri a negociar hoje pela primeira vez, o conjunto das duas actividades vale 236,4 milhões de euros. O preço de fecho estava hoje nos 179,5 milhões de euros, enquanto a Altri tinha uma capitalização bolsista de 56,9 milhões de euros.

Em conjunto, as duas empresas valem 236,4 milhões de euros, o que está 17,5 milhões de euros acima da anterior avaliação da Cofina, enquanto conglomerado das duas actividades.

Na sessão de hoje da Euronext Lisboa, as acções da Cofina fecharam em baixa de 1,41%, para 3,5 euros, enquanto os papéis da Altri encerraram nos 1,11 euros, não sendo possível a comparação por ser o primeiro dia de negociação.
 
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por marafado » 2/3/2005 1:47

Solução para Parque Mayer e Feira Popular aprovada depois de quase três anos

DE


A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) aprovou hoje por maioria, com os votos contra da CDU, a permuta entre os terrenos do Parque Mayer e da Feira Popular, uma solução procurada há quase três anos.

O processo ficou marcado por diversos avanços e recuos, que envolveram a instalação de um casino em Lisboa, que mereceu inicialmente o veto do Presidente da República, a aprovação de uma primeira permuta e a sua posterior anulação e o chumbo da criação de um fundo de investimento imobiliário.

Com a aprovação desta proposta, a Câmara de Lisboa já poderá dar luz verde ao arquitecto norte-americano Frank Gehry, que deverá ter o projecto de reabilitação do Parque Mayer concluído dentro de oito meses ou um ano, adiantou o presidente da autarquia, Carmona Rodrigues.

A permuta hoje aprovada resulta de um compromisso entre a maioria PSD-CDS/PP na Câmara de Lisboa e os vereadores do PS, que sugeriram várias alterações à proposta inicial apresentada pelo presidente.

A medida prevê a troca de 61.000 metros quadrados de área de construção nos terrenos municipais de Entrecampos, onde funcionava a Feira Popular, por 50.000 metros quadrados de terreno no Parque Mayer, propriedade da Bragaparques.

Segundo a proposta da Câmara de Lisboa, irão também a hasta pública parte dos terrenos de Entrecampos que não são afectos à permuta, com 59.000 metros quadrados e com o valor base de 950 euros por metro quadrado, uma das reivindicações do PS.

No Parque Mayer, 18.000 metros quadrados serão destinados ao projecto de Frank Gehry, que planeou a construção de três teatros, um anfiteatro, uma mediateca, um clube de jazz, e seis salas de ensaio, num projecto que deverá ser construído em quatro anos e estimado em 117 milhões de euros, que serão pagos pelas contrapartidas do casino.

Os restantes 32.000 metros quadrados no Parque Mayer e os terrenos de Entrecampos receberão serviços, habitação e comércio
 
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por marafado » 2/3/2005 1:46

Tecnológicas levam mercados para fecho positivo

DE


Os mercados norte-americanos terminaram hoje o dia em alta, suportados pelo sector tecnológico, após boas recomendações para a área dos semicondutores.

Deste modo, o Nasdaq Composite fechou a ganhar 0,95% para 2.071,19 pontos, depois de ter fechado na segunda-feira a perder 0,66% para 2.051,72 pontos.

O Dow Jones Industrial Average subiu 0,6% para 10.830,89 pontos, após ter encerrado a cair 0,7% para 10.766,23 pontos, na sessão anterior.

O destaque do dia pertenceu ao sector dos semicondutores, depois de a casa de investimento JP Morgan ter subido a recomendação sobre a Intel e a Texas Instruments, beneficiando estes títulos e outros como a Advanced Micro Devices.

A Johnson & Johnson ajudou parte do sector farmacêutico a corrigir em alta, depois de uma subida de recomendação por parte da Merrill Lynch.
 
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por marafado » 2/3/2005 1:45

Talone diz que empresa não faz política económica
EDP pode comprar gás a Espanha e quer liberalização do sector
A Energias de Portugal (EDP) equaciona a possibilidade de recorrer a um fornecedor de gás alternativo à Galp se a lacuna de matéria que tem para os próximos cinco anos não for coberta, disse João Talone, presidente da eléctrica, em conferência de imprensa.

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Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt


A Energias de Portugal (EDP) equaciona a possibilidade de recorrer a um fornecedor de gás alternativo à Galp se a lacuna de matéria que tem para os próximos cinco anos não for coberta, disse João Talone, presidente da eléctrica, em conferência de imprensa.

«A EDP tem por cobrir três quartos das suas necessidades de gás para os próximos cinco anos» disse o responsável, explicando que se não for a Galp a fornecer a energética, pode recorrer a outra empresa adiantando que tem uma alternativa em Espanha. Através da Hidrocantábrico, a EDP controla a Naturcorp, a segunda maior empresa de gás de Espanha.

A empresa «precisa de reforçar a sua capacidade para conjugar a (venda de) electricidade e gás como os nossos concorrentes fazem».

Sobre uma possível parceria futura com a Galp, João Talone, afirmou que a EDP «está disponível para tudo, desde que crie valor para os accionistas»


EDP «não faz política económica»
João Talone afirmou, sobre o novo contexto político vigente em Portugal, que a EDP «não faz política económica e tem de submeter a sua actividade à política económica que actua em Portugal», acrescentando que a EDP «terá de adaptar e optimizar a actividade às mudanças em função da envolvente» com que se deparar.

José Sócrates, futuro primeiro-ministro de Portugal, já afirmou que era contra a reestruturação do sector energético português, que previa a compra da Gás de Portugal por parte da EDP e foi chumbado pela Comissão Europeia.

Quanto ao aumento da concorrência, o responsável da EDP afirmou que a energética realizou «um conjunto de iniciativas para se preparar para a concorrência» adiantando-se à existência da mesma.

A EDP já perdeu quota de mercado, «mas cada cliente que perdermos aqui (em Portugal) temos de ganhar em Espanha».

João Talone explicou ainda que a EDP está a competir com empresas espanholas cujo «in put» de gás está liberalizado, o que significa que a empresa está em desvantagem em relação aos concorrentes.

«Gostávamos que a liberalização de gás entre o mais depressa possível», afirmou o mesmo responsável, que adiantou que «no dia em que o mercado for liberalizado a EDP sai do conselho de administração da Galp», pois as empresas passam a ser concorrentes. A EDP controla mais de 10% do capital da Galp.

E «apesar de termos opção de nomear um administrador, saímos do conselho de administração», tal como a empresa fez na Tejo Energia, explicou o mesmo. Em relação ao capital da Galp, a EDP mantém-se.

Quanto ao sector de gás em Portugal, João Talone afirmou que «não posso fazer mais nada enquanto não houver liberalização».

Recurso de Bruxelas é uma vitória mesmo que a EDP perca

O recurso da EDP ao chumbo da Comissão Europeia em relação à aquisição do gás natural à Galp não está relacionado com as eleições. O facto de haver alterações políticas «não pode afectar o nosso dia-a-dia».

A EDP recorreu no dia 24 de Fevereiro ao Tribunal da Primeira Instância das Comunidades Europeias ao veto da Comissão Europeia que impede a eléctrica de adquirir a Gás de Portugal à Galp Energia, um negócio que representa a reestruturação do sector energético em Portugal.

«Nunca pedi a nenhum ministro, nem peço, autorização para fazer seja o que for» afirmou João Talone, explicando que a empresa tem de defender o valor para os accionistas e que a EDP tem de actuar enquanto empresa responsável.

«Sempre dissemos que íamos pedir a uma equipe independente para rever todo o processo (à luz das leis) da Comissão Europeia para dizer se a decisão foi correcta ou não», e por isso a empresa recorreu aos «melhores especialistas jurídicos e economistas» (dentro da concorrência».

A equipe «chegou à conclusão que havia fundamentos sérios para recorrer» e, por isso, a empresa decidiu avançar com o apelo.

«Quando a EDP recorre é porque está convencida que é isso que deve fazer», com base na defesa de valor para o accionista. O dossier apresentado foi chumbado e «consideramos que foi mal chumbado e que a EDP foi lesada», explicou o responsável.

Outra razão para o recurso apresentado pela empresa liga-se ao facto da Comissão, «quando chumbou, não fundamentou, nem quantificou os critérios» da decisão, o que significa, segundo João Talone, que «amanhã a decisão poderá ser diversa».

Seja qual for a decisão da Comissão «ganhamos», afirmou o responsável, porque tomamos conhecimento do «quadro objectivo», das razões do chumbo. Passam a ser conhecidos «critérios objectivos que têm de ser aplicados» em casos futuros.

Se «aparecer outra solução que seja interessante e que implique que a EDP retire a acção» a empresa poderá a aceitar, desde que seja «compensada». «Podemos retirar a acção sem ter custos adicionais» explicou o mesmo responsável.

A EDP anunciou hoje que os lucros de 2004 subiram 15,5% para 440,2 milhões de euros, em linha com as previsões dos analistas. As acções da empresa fecharam inalteradas nos 2,21 euros.
 
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por marafado » 2/3/2005 1:44

Vai investir 1,6 milhões de euros
Sonae Indústria diz Tafisa lança OPA sobre participada alemã
A Sonae Indústria anunciou hoje que a sua participada espanhola, a Tafisa, vai convocar uma a Assembleia Geral de accionistas da Glunz, com vista a adquirir as acções que ainda não controla na empresa alemã.

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Jornal de Negócios Online
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A Sonae Indústria anunciou hoje que a sua participada espanhola, a Tafisa, vai convocar uma a Assembleia Geral de accionistas da Glunz, com vista a adquirir as acções que ainda não controla na empresa alemã.

A Tafisa, que é controlada pela Sonae Indústria, diz que «o objectivo é adquirir as acções Glunz detidas pelos accionistas minoritários, nos termos previstos na lei alemã».

Na empresa alemã a Tafisa já controla 99,1% do capital social, e para passar a controlar 100%m terá de investir 1,6 milhões de euros.
 
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por marafado » 2/3/2005 1:43

Tecnologias de informação da EDP com resultados líquidos negativos de 45,1 milhões
Oni agrava prejuízos para 155,6 milhões em 2004
A Oni, operadora de telecomunicações controlada pela EDP, registou prejuízos de 155,6 milhões de euros em 2004, o que representa um agravamento face aos resultados líquidos negativos de 119,3 milhões de euros obtidos em 2003.

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A Oni, operadora de telecomunicações controlada pela EDP, registou prejuízos de 155,6 milhões de euros em 2004, o que representa um agravamento face aos resultados líquidos negativos de 119,3 milhões de euros obtidos em 2003.

Segundo anunciou a EDP, o tráfego de voz comutado pela ONI aumentou 16,4% no ano passado, com o tráfego residencial a subir 29,8%, devido ao contributo da espanhola Comunitel, onde o tráfego cresceu 45,54%.

Os proveitos operacionais da Oni totalizaram 325,4 milhões de euros, acima dos 312,9 milhões de euros obtidos em 2003. A Comunital cresceu 9,2% e as receitas da Oni Telecom ficaram estáveis, com a empresa a citar o aumento da concorrência em Portugal.

No ano passado a ONI realizou investimentos de 33,4 milhões de euros, menos 27,6% do que em 2003. O resultados operacionais aumentaram em «18,1 milhões de euros, quando comparado com o ano 2003, no seguimento de uma redução de 6,5% nas amortizações, reflectindo o fim do período de amortização de alguns activos do Grupo ONI bem como menores necessidades de investimento», refere a empresa.

A empresa acrescenta que no final de 2004, com a realização de suprimentos no valor de 65 milhões de euros, os accionistas da ONI cumpriram a primeira fase de um plano de financiamento de 100 milhões de euros», sendo que «os remanescentes 35 milhões de euros serão realizados em 2005».

No final do ano 2004, para satisfazer o cumprimento do artigo 35 do Código das Sociedades Comerciais, a ONI S.G.P.S. incorporou no seu Capital Social 324,1 milhões de euros de perdas acumuladas e emitiu subsequentemente 24 milhões de novas acções, que foram subscritas através da incorporação de dívidas aos accionistas, o que resultou num novo capital social de 100 milhões de euros.

Nas tecnologias de informação, onde a EDP controla a Edinfor, a os prejuízos ascenderam a 45,1 milhões de euros, mais que os 6,2 milhões de euros registados em 2003.

O EBITDA foi positivo em 35,5 milhões de euros (acima dos 34,1 milhões de euros em 2003), mas os resultados antes de impostos foram negativos em 49,6 milhões de euros, devido a resultados extraordinários negativos de 43,3 milhões de euros.

A EDP acordou vender 60% do capital da Edinfor à Lógica CMG.
 
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por marafado » 2/3/2005 1:42

Acções americanas sobem com recomendações positivas para Intel e J&J
As acções norte-americanas fecharam com ganhos, a beneficiar das recomendações positivas lançadas para a Intel e a Johnson & Johnson. O Nasdaq somou 0,95% para os 2.071,25 pontos e o Dow Jones subiu 0,59% para os 10.830 pontos.

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As acções norte-americanas fecharam com ganhos, a beneficiar das recomendações positivas lançadas para a Intel e a Johnson & Johnson. O Nasdaq somou 0,95% para os 2.071,25 pontos e o Dow Jones subiu 0,59% para os 10.830 pontos.

A Intel liderou os ganhos dos índices, com uma subida de 2,79%, depois da JP Morgan ter elevado a recomendação da empresa para «overweight», o que impulsionou todas as empresas da «chips».

A Texas Intruments progrediu 2,83% e a AMD avançou 2,69%.

A Merrill Lynch também melhorou a recomendação da Johnson & Johnson para «comprar», provocando uma subida de 1,39% nas acções da empresa.

Ainda a impulsionar os índices, a General Motors avançou 1,01%, a Pfizer subiu 1,07% e a Cisco Systems avançou 1, 26%.
 
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por marafado » 2/3/2005 1:41

Talone afirma intenção de concluir mandato à frente da EDP


Notícia agenciafinanceira.com
(01/03/05)-(Agência Financeira) Questionado sobre se, face à discordância do Governo PS sobre a integração do gás e da electricidade, Talone teria condições para se manter e terminar o mandato à frente da comissão executiva da EDP, o responsável respondeu «totalmente». João Talone fundamentou esta resposta dizendo que «tenho um compromisso com o mercado de capitais e com os accionistas de fazer três anos (falta aproximadamente um ano). Não prometi mais. Não me pediram para fazer mais. Estamos a trabalhar como se cá ficássemos uma eternidade.»

Assim sendo, o CEO diz não haver qualquer razão para «drama» por parte do mercado ou dos investidores, uma vez que a última palavra caberá sempre aos accionistas «que no fim do mandato decidirão quem querem ver à frente da empresa
 
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por marafado » 2/3/2005 1:40

Troço entre Vila Franca de Xira-Carregado aumentou hoje
Portagens na Brisa vão subir mais até 2011 para compensar isenções aos monovolumes
A Brisa anunciou hoje que renegociou o contrato de concessão das suas auto-estradas, sendo que as portagens passarão a ser actualizadas anualmente tendo em conta a inflação registada no ano anterior e não apenas 90% do IPC. Esta nova fórmula entrou hoje em vigor, mas, para já apenas terá reflexo num troço da A1.

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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt


Nuno Miguel Silva
nmsilva@mediafin.pt


A Brisa anunciou hoje que renegociou o contrato de concessão das suas auto-estradas, sendo que as portagens passarão a ser actualizadas anualmente tendo em conta a inflação registada no ano anterior e não apenas 90% do IPC. Esta nova fórmula entrou hoje em vigor, mas, para já apenas terá reflexo num troço da A1.

Num comunicado a Brisa afirma que na sequência da alteração ao seu Contrato de Concessão (?) acordou com o Estado Português um mecanismo de actualização de tarifas, para vigorar no período compreendido entre 1 de Março de 2005 e 31 de Dezembro de 2011, nos termos do qual o valor das taxas de portagem é actualizado, em Janeiro de cada ano, em função da taxa de inflação apurada para o ano imediatamente anterior».

Antes, a actualização das portagens tinha em conta apenas 90% da inflação sem habitação do ano anterior, pelo que este novo método vai representar uma actualziação mais ampla das portagens.

Esta alteração no contrato de concessão «deve-se à aplicação das tarifas da classe 1, mais baixas, a veículos da classe 2, com determinadas características [monovolumes], quando utilizem o sistema de pagamento automático e visa «preservar o equilíbrio económico-financeiro da respectiva Concessão».

Este acordo – que visa apenas neutralizar os impactos financeiros decorrentes da mencionada alteração legislativa – foi formalizado através do Despacho Conjunto dos Ministros das Finanças e da Administração Pública e das Obras Públicas, Transportes e Comunicações que deu sequência ao Decreto Lei nº 39/2005 de 17 Fevereiro, segundo a mesma fonte.

Troço entre Vila Franca de Xira e o Carregado mais caro

As tarifas da Brisa, este ano, já sofreram um agravamento de 1,83%, pelo que a alteração no método de cálculo das portagens em Março, vai apenas afectar três sub-lanços da A1.

Segundo fonte oficial da Brisa, o sub-lanço desta auto-estrada, entre Vila Franca de Xira e o Carregado, passa a custar 0,55 euros para a Classe 1, 0,95 euros para a Classe 2 e 1,20 euros para a Classe 3.

Nas restantes auto-estradas da Brisa não haverá actualizações a partir de Março.

Mas em 2006 as portagens vão sofrer um agravamento superior ao que aconteceria se o método não fosse alterado, pois passará a contar toda a inflação do ano anterior, e não apenas 90%.

As acções da Brisa fecharam a descer 0,74% para os 6,67 euros.
 
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por marafado » 2/3/2005 1:39

OCDE diz que Portugal está a trabalhar pouco



rudolfo Rebêlo

Decréscimo do tempo de trabalho não é um exclusivo português. O mesmo sucede na Europa

Em oito anos, o número de horas trabalhadas em Portugal caiu 6,0%, de acordo com os dados ontem divulgados pela OCDE. Em média, os portugueses trabalharam, em 2003, menos 100 horas do que o contabilizado em 1995. Mas, surpresa, os números da organização internacional, que agrupa 35 países, indicam que produtividade do trabalho em Portugal aumentou, em média, 1,8% de 1994 a 2003 .

O aumento do desemprego e a recessão de 2003, como realça o economista Carlos Andrade, do research do Banco Espírito Santo, podem estar na origem da diminuição do número de horas trabalhadas. A OCDE, por isso, volta a reafirmar a necessidade de introduzir maior "mobilidade no mercado de trabalho" e apela a uma "aceleração de reformas na administração pública" (ver caixa).

No mesmo documento, a OCDE realça o aumento da produtividade da economia portuguesa, nos últimos dez anos. Portugal aparece a meio da tabela, ao acusar um acréscimo médio anual de quase 1,8% na produtividade do trabalho. Mas isto pode ser fogo de vista e está longe de ser uma tendência positiva para a economia portuguesa, como explica Jaime Lacerda, vice-presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP). " Num período de longo prazo, o crescimento do produto é razoável. O mesmo não se passa quando se analisam os prazos mais curtos. Se entre 1994 e 2003 - de acordo com o paper da OCDE -, a produtividade do trabalho aumentou na casa dos 1,8%, "já entre 2000 e 2003 o crescimento da produtividade foi de 0,3%", salienta Jaime Lacerda.

"Tem existido uma certa tendência para a diminuição das horas de trabalho na Europa", afirma Diogo Leite Campos, embora ressalve a qualidade de algumas estatísticas produzidas. Mas o professor de Direito chama a atenção para a necessidade de combater a erosão das horas de trabalho, na Europa e em Portugal. "A França e a Alemanha já estão a reagir contra isto", afirma, destacando "que a Europa, com a população a envelhecer, terá de "trabalhar mais". A concorrência de países emergentes, diz o docente universitário, "tem resultado na perda de postos de trabalho" na Europa. Soluções? "Ganhar o mesmo, mas trabalhar mais." Essa é mesmo a única receita para alguns sectores da economia europeia, como por exemplo, a indústria de computadores, a atravessar momentos difíceis com a concorrência asiática.

Existem outros dossiers a alterar, como a rigidez no mercado laboral e a idade de reforma. "As 35 horas semanais não são aceitáveis", diz Diogo Leite Campos, para quem a Europa, "está a trabalhar com know-how acumulado e isso está a esgotar-se". Por outras palavras, a Europa está a viver do passado. A curto prazo, as pessoas terão de trabalhar mais tempo. "Reformas entre os 62 e os 65 anos serão impensáveis."
 
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por marafado » 2/3/2005 1:37

Desemprego na Alemanha a níveis "catastróficos"



"Um dia catastrófico para a Alemanha." Foi desta maneira que o vice--presidente da União Cristã-Democrática (CDU, oposição), Ronald Profalla, classificou ontem o anunciado aumento do desemprego. O número de alemães sem trabalho, de acordo com os dados da Agência Federal do Emprego, atingiu 5,22 milhões em Fevereiro, mais 180 mil que no mês anterior e um novo recorde desde a II Guerra Mundial.

A taxa de desemprego na Alemanha não pára de aumentar desde Setembro, quando ainda se mantinha abaixo da fasquia dos 10%, um indicador que sugere a manutenção da crise naquela que é a maior economia da Europa. Em Fevereiro, a taxa avançou para os 12,6%, mais 0,5% do que em Janeiro. O ministro da Economia Wolfgang Clement, "sem fazer promessas ", espera uma descida destes valores em Março.

Frank-Jürgen-Weise, o presidente da Agência Federal do Emprego, deu como explicações para a escalada do desemprego a mudança do sistema de medição do número de desempregados, que entrou em vigor com a reforma laboral de Janeiro. O sistema passou a considerar desempregadas as pessoas que recebem apoios sociais e que têm condições para trabalhar. Apesar de ter considerado estes valores "depressivos", o chanceler alemão Gerhard Schroeder frisou que a reforma laboral que está a ser levada a cabo pelo governo é a correcta. O actual momento vivido pela economia alemã foram outros motivos apontados para a crise.

Quinze anos depois da reunificação alemã, as estatísticas mostraram ainda a brecha entre o oeste do país, com uma taxa de 10,4%, e a ex-República Democrática Alemã, onde a taxa de desemprego atingiu os 20,7%. Ronald Profalla considerou que estes números são uma prova do fracasso do governo, o responsável pela crise laboral.

Em Portugal, recorde-se, o desemprego alcançou os 7,1% no último trimestre de 2004, abaixo da média da União Europeia (8,9%), segundo o INE. Mas a crise está a afectar toda a Europa, não poupando o Reino Unido, com uma taxa de 4,7%, ou a França, que em Janeiro passou os 10%.
 
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